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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O início de nossas atividades se aproxima!

Amigos Mefecistas,

Lembramos que a data da Missa de abertura das atividades do Movimento Familiar Cristão de Curitiba se aproxima. A nossa primeira celebração de 2015 será no dia 28/02 (sábado), às 18h30, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Rua Omílio Monteiro Soares, 847, Fanny). Todos os mefecistas estão convidados.

Convide os seus amigos e familiares para colocar mais um ano do MFC Curitiba como intensão. 2015 será com muitas atividades.

Após a celebração faremos um lanche de confraternização no salão paroquial do Igreja. Cada casal deverá levar um prato de doce ou salgado. As bebidas serão por conta do MFC Curitiba.

Paz e Bem
Coordenação de Cidade - ECCI
MFC Curitiba

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Lançamento do 19º ENA

O MFC – Movimento Familiar Cristão de Maringá convida a todos para participarem da Santa Missa e do Coquetel de Lançamento Oficial do 19º ENA – Encontro Nacional do MFC e da Abertura dos preparativos para o Jubileu de Ouro do MFC em Maringá, no dia 07/03 (sábado), às 19h30.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Liturgia do 1º Domingo da Quaresma - 22/02/2015



 1º DOMINGO DA QUARESMA




PRIMEIRA LEITURA (Gn 9,8-15)


Leitura do Livro do Gênesis:
8Disse Deus a Noé e a seus filhos: 9Eis que vou estabelecer minha aliança convosco e com vossa descendência,10com todos os seres vivos que estão convosco: aves, animais domésticos e selvagens, enfim, com todos os animais da terra, que saíram convosco da arca.11Estabeleço convosco a minha aliança: nunca mais nenhuma criatura será exterminada pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra.

12E Deus disse: Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as gerações futuras: 13ponho meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a terra. 14Quando eu reunir as nuvens sobre a terra, aparecerá meu arco nas nuvens. 15Então eu me lembrarei de minha aliança convosco e com todas as espécies de seres vivos. E não tornará mais a haver dilúvio que faça perecer nas suas águas toda criatura.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


RESPONSÓRIO (Sl 24)


— Verdade e amor, são os caminhos do Senhor.

— Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos,/ e fazei-me conhecer a vossa estrada!/ Vossa verdade me oriente e me conduza,/ porque sois o Deus da minha salvação.

— Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura/ e a vossa compaixão que são eternas!/ De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia,/ e sois bondade sem limites, ó Senhor!

— O Senhor é piedade e retidão,/ e reconduz ao bom caminho os pecadores./ Ele dirige os humildes na justiça,/ e aos pobres ele ensina o seu caminho.


SEGUNDA LEITURA (1Pd 3,18-22)


Leitura da Primeira Carta de São Pedro:
Caríssimos: 18Cristo morreu, uma vez por todas, por causa dos pecados, o justo pelos injustos, a fim de nos conduzir a Deus. Sofreu a morte, na sua existência humana, mas recebeu nova vida pelo Espírito.

19No Espírito, ele foi também pregar aos espíritos na prisão, 20a saber, aos que foram desobedientes antigamente, quando Deus usava de longanimidade, nos dias em que Noé construía a arca. Nesta arca, umas poucas pessoas — oito — foram salvas por meio da água.

21À arca corresponde o batismo, que hoje é a vossa salvação. Pois o batismo não serve para limpar o corpo da imundície, mas é um pedido a Deus para obter uma boa consciência, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo.

22Ele subiu ao céu e está à direita de Deus, submetendo-se a ele anjos, dominações e potestades.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


EVANGELHO (Mc 1,12-15)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 12o Espírito levou Jesus para o deserto. 13E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e aí foi tentado por Satanás. Vivia entre animais selvagens, e os anjos o serviam.

14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: 15O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!


HOMILIA
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília


No início deste tempo litúrgico da Quaresma, a Igreja proclama a Palavra de Jesus: Convertei-vos e crede no Evangelho (Mc 1,15). Quaresma é tempo especial de conversão em preparação para a Páscoa da Ressurreição do Senhor. Conversão implica em dar novo rumo à vida, voltar o coração para Deus e para o próximo. Por isso, na Quarta Feira de Cinzas já ouvimos o convite de Jesus à conversão, ao receber as cinzas. A conversão deve ser vivida através da oração, da penitência e da caridade. A cor litúrgica roxa utilizada no Tempo Quaresmal tem significado penitencial; quer ser sinal e recordação de penitência e conversão. O esforço de superação do pecado, sustentado pela graça de Deus, comporta sempre renúncias e sacrifícios. A busca de crescimento na vida cristã, como a vivência da fidelidade e da caridade ou uma participação maior na vida da Igreja, exige renúncias.

Quaresma é tempo de perdão e de reconciliação para se alcançar a vida nova em Cristo, dom do Ressuscitado ofertado a todos nós. Por isso, no período quaresmal, é muito importante buscar o perdão de Deus através do Sacramento da Reconciliação, assim como, oferecer o perdão aos irmãos, para chegar à festa da Páscoa reconciliados.

A liturgia dos domingos da Quaresma nos oferece um itinerário de catequese batismal, preparando para o batismo ou para a renovação da vida batismal, na noite pascal. Na liturgia de hoje, a referência ao batismo se encontra especialmente na Primeira Carta de Pedro, que faz alusão à arca de Noé, recordada na primeira leitura (Gn 9,8-15). Assim explica esse escrito do Novo Testamento: Á arca corresponde o batismo, que hoje é a vossa salvação(1Pd 3,21).

A vida nova batismal exige vigilância e combate contra o pecado. O Evangelho (Mc 1,12-15) nos apresenta o episódio das tentações de Jesus no deserto, fazendo-nos pensar nas tentações presentes no mundo de hoje e trazendo-nos a certeza da vitória de Cristo sobre satanás.  Jesus venceu; com ele, os que lutam contra as tentações também vencerão.

Uma das principais expressões de vivência do amor fraterno, no Tempo Quaresmal, é a Campanha da Fraternidade, promovida pela Igreja no Brasil desde 1964. A Campanha da Fraternidade está intimamente relacionada à Quaresma, embora deva ser vivida além dela. Neste ano, o tema éFraternidade: Igreja e Sociedade e o lema é: Eu vim para servir (cf Mc 10,45).

Não podemos deixar passar em vão este tempo de graça de Deus. É agora o tempo favorável; é agora o dia da salvação (2 Cor 6,2). Procuremos viver intensamente a Quaresma e a Campanha da Fraternidade!


ORAÇÃO

                             
Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder ao seu amor por uma vida santa Amém!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Igreja na Sociedade

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
É tempo da Quaresma, quando os discípulos e discípulas de Jesus são chamados a escutar a Palavra de Deus com redobrada atenção amorosa para alcançar uma qualificação humana e espiritual. Esse percurso educativo é indispensável para a conquista de uma vida mais saudável, construída na justiça como projeto de paz. Trata-se de um aperfeiçoamento que ocorre na interioridade de cada pessoa. Promove a superação de desgastes, sofrimentos e disputas que abatem a condição humana. Perdida a unidade interior, inevitáveis são os comprometimentos na vida cidadã, no testemunho da fé e na conduta individual e comunitária. Crescem os desvarios que ocorrem na sociedade contemporânea, marcada pela iluminação instrumental da razão e pelas possibilidades dos grandes avanços tecnológicos.
De um lado, o espetacular das conquistas e da modernização. Do outro, o cenário injusto da miséria e exclusão de tantos pobres, a vergonha da corrupção, o horror da violência e a superficialidade que a sociedade do descartável alimenta nos corações. É preciso silenciar, escutar com maior acuidade, recuperar o sentido determinante do outro na própria vida, o lugar inigualável de Deus na existência de cada um e no coração da história. Fundamental também é a disposição para remodelar-se, não exteriormente, nas aparências, mas no fundo do coração. A interioridade é o núcleo central de comando ético e moral que sustenta condutas balizadas pela justiça, pelo amor e pela coragem da solidariedade.
Por isso mesmo, a Igreja celebra o tempo quaresmal convidando todas as pessoas a percorrerem esse caminho de quarenta dias para vivenciar, de modo adequado, a Páscoa de Jesus Cristo, o único projeto de verdadeiro resgate e salvação da humanidade. Um tempo para a checagem da qualidade humana e espiritual, na certeza de que é possível encontrar as indicações das mudanças necessárias, capazes de fazer da própria vida uma base fundamental que sustenta a construção de uma sociedade mais justa.
Como ocorre há mais de cinquenta anos, a Igreja no Brasil vivencia o tempo da Quaresma promovendo a Campanha da Fraternidade. O tema e o lema da Campanha em 2015 - “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45) - constituem, neste ano, o horizonte inspirador e de confronto. A indicação da condição de servidor vem do próprio Jesus, o que Ele diz de si mesmo, na obediência amorosa a seu Pai. Trata-se, portanto, de característica inegociável e insubstituível de quem é discípulo de Cristo. Esse serviço é à vida, aos pobres, a cada pessoa, à cultura da paz. Busca a justiça e a superação das exclusões, que perpetuam a violência.
O despertar da consciência de estar a serviço, em nome do Mestre Jesus, em tudo o que se faz - no âmbito profissional, familiar, até naquele da vivência da fé e da disposição ao voluntariado para recuperar e promover a dignidade sagrada de toda pessoa - é o caminho revolucionário que a Igreja sabe que precisa trilhar. Nessa trajetória, a Igreja reconfigurará o seu verdadeiro rosto, superando suas incoerências, considerados os seus funcionamentos e a sua organização interna, particularmente a conduta de seus pastores, ministros e servidores. Essa é a coragem que a própria Igreja precisa revigorar, no mais íntimo de si, conforme indica o Papa Francisco ao dizer: “Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos”.
A Igreja Católica assume esse desafio em busca de conversão, de respostas novas e adequadas, de olhar para si no contexto da sociedade contemporânea para servir ainda mais, anunciando o Evangelho. Um compromisso com a vida de todos, sobretudo dos pobres e sofredores, que é iluminado pela convicção e pelo anúncio do Reino de Deus a caminho do qual estamos. Partilhamos a certeza de que há uma vida definitiva a desabrochar plenamente para além deste tempo, garantia incontestável da Páscoa do Senhor Jesus. Em espírito de escuta, de profunda humildade, a Igreja, congregação dos discípulos de Jesus, deixa-se interpelar pela indispensável revisão. Assim, busca avançar ainda mais na vivência e no testemunho da caridade, que transforma e efetiva a missão de servidora que tem a Igreja na sociedade.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Quarta-feira de Cinzas, o início da Quaresma


Pe. Sérgio Dinis

A
 cada ano, na QUARTA-FEIRA DE CINZAS, os católicos iniciam o tempo da QUARESMA, tempo no qual a liturgia da Igreja Católica nos convida a uma reflexão e atuação sobre as nossas vidas, sobre o seu sentido, a sua origem, a sua missão, o seu destino último.

Trata-se, portanto, de um tempo forte para a conversão que, em teologia e vida cristã,significa uma adequação de nosso ser, existir e atuar à própria vida de Jesus Cristo, ao seu evangelho, aos seus valores, às suas convicções, à sua proposta de vida: gastar a vida ao serviço do evangelho, ou seja, a favor dos outros, especialmente dos mais necessitados, para obter a vida eterna, a vida feliz, a vida plena.

Por isso, a Quaresma é um caminho bíblico, pastoral, litúrgico e existencial, para cada crente, pessoalmente, e para a comunidade cristã em geral, que começa com as cinzas e conclui com a noite da luz, a noite do fogo e da luz: a noite santa da Páscoa de Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Quaresma simboliza, assinala e recorda um passo, uma Páscoa, um itinerário a seguir de maneira permanente: a passagem do nada à existência, das trevas à luz, da morte à vida, do insignificante à vida abundante em Deus, por meio de seu Filho Jesus Cristo. E é que converter-nos significa destruir, deixar para trás, queimar, tornar cinzas o homem velho, o homem-sem-Cristo, para revestir-nos do homem novo, o homem-no-espírito, que é fogo novo no mundo.

Na quarta-feira de Cinzas, enquanto o sacerdote impõe as cinzas ao penitente, diz estas duas expressões alternadamente: Convertei-vos e acreditai no Evangelho e/ou Lembra-te, que és pó e ao pó hás de voltar. Sinal e palavras que expressam a nossa condição de criaturas, a nossa absoluta dependência de Deus, o nosso peregrinar rumo a uma pátria definitiva, a nossa caducidade…

A Quarta-Feira de Cinzas em particular e a Quaresma em geral, são um tempo litúrgico e um convite a voltar nosso olhar e vida para Deus e aos princípios do Evangelho. Assim, se a Quaresma é tempo para a conversão, para melhorar no processo de humanização pessoal e comunitário, então a Quaresma coincide com a própria vida de todo crente, com o ser e missão de toda a Igreja e com a vocação da comunidade humana inteira.

A Quaresma é um convite a mudar aquilo que temos de mudar, na busca de ser melhor e mais feliz, um convite a construir em vez de destruir e a olhar e voltar para formas de vida mais justas, mais solidárias, mais humanas. A Quaresma é um convite a buscar diligentemente novas formas de ser e fazer Igreja, sendo melhores e mais autênticos discípulos do Crucificado Ressuscitado.

O tempo litúrgico da Quaresma, como a nossa própria existência, é percorrido com o olhar dirigido para a Páscoa da Ressurreição e para a Páscoa definitiva em Deus. Páscoa de vida abundante que se opõe a toda forma de discriminação e de envelhecimento do ser humano, da sua dignidade, a toda forma de atropelo e violência, a toda forma de mentira, maldade e morte, a toda forma de corrupção e divisão, a toda forma de marginalização e opressão. Porque a Páscoa, como ponto de chegada, cume e superação da Quaresma, é absoluta novidade de vida, da vida abundante que Deus nos oferece e à qual Deus nos convida neste tempo e em todo momento.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A folia e os valores Cristãos

Dom Roberto Francisco Ferreria PazBispo de Campos (RJ) 
Se aproxima o Carnaval e fica sempre para o fiel cristão o desafio e as possibilidades diante deste evento tão marcante para a cultura brasileira. Uns se preparam para um momento de recolhimento nos chamados retiros de Carnaval ou Rebanhões, aprofundarão a oração e através do louvor e da intercessão renovarão a sua vida espiritual.

Outros menos avisados entrarão de cheio na mística de diversão, pensando que no Carnaval há férias para tudo, e como estava escrito nas cartografias da Renascença não existe pecado debaixo do Trópico. Assim seria lícito cometer toda espécie de exageros e desvios contra a vida e a família. Parece que não haveria outra opção para bem viver o Carnaval como tempo de alegria e festa, embora muito contaminada pelo hedonismo e os apelos para uma sexualidade desenfreada. É pena termos esquecido a origem desta palavra: " a carne vale", para expressar que este tempo que antecipava a Quaresma não era preciso fazer abstinência de comer carne, e todo o povo participava celebrando a paixão e a alegria de viver, valores profundamente evangélicos.
O homem e a mulher bíblica tinham uma dimensão marcadamente festiva como prova a festa do Purim, que celebrava a salvação do povo pela atuação da Rainha Éster. Hoje também é possível como o Rei Davi e João Batista no ventre materno pular com alegria, testemunhando o rosto amável, luminoso e belo do Bom Deus que nos chama a plenitude e a viver com inteireza a condição de filhos amados e sempre acompanhados por sua Presença.
Está faltando às vezes para os cristãos a vivência e a prática de uma verdadeira espiritualidade da alegria, que condiga desvelar e mostrar em quem acreditamos: o Deus da Paz e da Alegria. Uma espiritualidade capaz de apontar no Carnaval onde se encontram a beleza, a completude e a verdadeira festa, partilhando com os carnavalescos, a ginga, os enredos que enobrecem o ser humano, e a espontaneidade generosa e solidária de quem se diverte não prejudicando a saúde nem a felicidade do irmão, mas busca plenificar estes instantes com esperança e desejo da Festa sem fim. Deus seja louvado!

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Liturgia do 5º Domingo do Tempo Comum - 08/02/2015

     

 5º DOMINGO DO TEMPO COMUM

  


PRIMEIRA LEITURA (Jó 7,1-4.6-7)


Leitura do Livro de Jó:
Jó disse: 1“Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? Seus dias não são como dias de um mercenário?

2Como um escravo suspira pela sombra, como um assalariado aguarda sua paga,3assim tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimento. 4Se me deito, penso: Quando poderei levantar-me? E, ao amanhecer, espero novamente a tarde e me encho de sofrimentos até ao anoitecer.

6Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança.

7Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade!

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


RESPONSÓRIO (Sl 146)


— Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações.

— Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom,/ cantai ao nosso Deus, porque é suave:/ ele é digno de louvor, ele o merece!/ O Senhor reconstruiu Jerusalém,/ e os dispersos de Israel juntou de novo.

— Ele conforta os corações despedaçados,/ ele enfaixa suas feridas e as cura;/ fixa o número de todas as estrelas/ e chama a cada uma por seu nome.

— É grande e onipotente o nosso Deus,/ seu saber não tem medida nem limites./ O Senhor Deus é o amparo dos humildes,/ mas dobra até o chão os que são ímpios.


SEGUNDA LEITURA (1Cor 9,16-19.22-23)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 16Pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho!

17Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. 18Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o evangelho me dá. 19Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível.

22Com os fracos, eu me fiz fraco, para ganhar os fracos. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns.23Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


EVANGELHO (Mc 1,29-39)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André.

30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus.

31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los.

32À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa.

34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era.

35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto.

36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”.

38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”.

39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!


HOMILIA
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília


A Palavra de Deus nos faz pensar em nossas atitudes diante dos próprios sofrimentos ou dos sofrimentos do próximo. Há situações em que as suas causas são facilmente explicadas. Há outras, em que nos deparamos com o mistério do sofrimento humano. Jó interpela a Deus, buscando uma explicação para a sua triste situação. Na passagem proclamada, ele questiona o sentido da sua vida. Contudo, ao final de tantos questionamentos, reconhece a sua pequenez, colocando a mão na boca diante do mistério (Jó 40,4), numa atitude de fé. A resposta ao sofrimento humano acontece através da fé, da experiência do amor de Deus na oração, do silêncio humilde diante do mistério e da entrega confiante nas mãos de Deus. As situações de sofrimento não devem ser motivo para desânimo. Podem ser ocasião para crescimento e vida nova, para refletir sobre a vida e reorientar o caminhar cotidiano. A fé pode crescer, purificar-se e amadurecer em meio à provação.

A resposta da fé se completa e se expressa através do amor. A experiência do amor de Deus e de sentir-se amado pelos irmãos nos leva a superar situações de dor. A resposta cristã diante do sofrimento deve ser feita de amor, compaixão e solidariedade. Há muita gente precisando do nosso amor, de oração e presença solidária.  É preciso sair de si, deixando de pensar tanto nos próprios sofrimentos, para ir aos que mais sofrem, permitindo a Jó, em nós escondido, levantar-se e assumir a atitude do bom samaritano.  O Bom Samaritano, cuja figura ideal é o próprio Cristo, traz a caridade, o amor solidário, como resposta ao sofrimento.

O Evangelho, ao apresentar a cura da sogra de Simão Pedro, destaca os gestos de Jesus que dela se aproximou, segurou a sua mão e ajudou-a a levantar-se (Mc 1,31). A mão estendida a quem sofre é a resposta de Jesus e deve ser também a nossa. Foi de Jesus a iniciativa de aproximar-se daquela mulher que se encontrava enferma e acamada. A cura realizada é dom, é sinal do seu amor misericordioso pelos enfermos. Contudo, foi importante o papel de Simão e André que contaram a Jesus o que se passava e o levaram até ela. Dois amigos deles, os discípulos Tiago e João, foram também com Jesus visitar aquela que se encontrava doente. Em nosso tempo, há muita gente que sofre necessitada da presença dos irmãos, à espera de uma visita ou de outro gesto de solidariedade. É preciso repetir, hoje, a atitude de Jesus: aproximar-se de quem está sofrendo, estender-lhe as mãos e ajudar a levantar-se. Jesus quer continuar a entrar na casa dos doentes, dos pobres e dos sofredores, através de nossa visita, a estender-lhes as mãos através das nossas mãos, recordando-nos daquela sua palavra estive doente e cuidastes de mim (Mt 25,36).


ORAÇÃO

                             
Velai, ó Deus, sobre a vossa família, com incansável amor e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Amém!

Editado por JorgeMacielNews