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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

CORREIO INFA Nº 66




Quando casais se dispõem a conversar sobre as dificuldades que encontram no casamento, vêm à tona as questões da tão apreciada liberdade e da independência de cada um. Como conciliar liberdade e independência com uma vida a dois, uma vida de casal? Como permanecer um EU, um TU, livres e independentes, com projetos pessoais fortalecidos, e ao mesmo tempo tornar-se um NÓS, criando e desenvolvendo projetos comuns, projetos de casal?

CASAL: EU, TU, NÓS
Deonira L. Viganó La Rosa
Terapeuta de Casal e Família. Mestre em Psicologia.

E
ste é um dos maiores desafios do casamento, hoje muito mais do que em tempos passados, já que antes quem casava se dispunha a renunciar a os projetos pessoais, ainda que fossem julgados essenciais, principalmente por um dos membros do casal, quase sempre a mulher.

Casais hodiernos dizem sentir-se oprimidos entre o desejo de fusão com o outro e o desejo de ser eles mesmos, de guardar um jardim secreto irredutível onde sua liberdade possa realizar-se plenamente, sem que o outro apareça como uma sombra toda vez que um dos dois deseja alçar um voo livre.

Na verdade o desejo secreto parece ser este: quero viver as regalias de solteiro, da independência total, da liberdade, quero crescer sem amarras, mas também quero ser casado, quero as regalias do companheirismo, dos filhos. E são especialmente atacados por este vírus os que casam com mais idade, acostumados a não depender de ninguém. “Não depender” é relativo, pois não existe quem não dependa de alguém e de alguma coisa, somos todos interdependentes, mas aqui tratamos da condição específica do casamento.

NOSSA HISTÓRIA NOS CONDICIONA
A origem destes conflitos muitas vezes se encontra em nossa história pessoal.  Cada um de nós carrega uma mala nas costas onde se aninha tudo o que já vivemos anteriormente e agora passa a influenciar nosso comportamento, sem que estejamos sempre conscientes disto. E muitos de nossos comportamentos são apenas uma projeção daquilo que está na mala. É como quando vamos ao cinema, nunca olhamos para trás onde está rodando o filme, só olhamos a projeção do filme que está na tela, na nossa frente. Mas ali não está o filme, apenas sua projeção. Frequentemente o que vemos nos outros é só uma projeção de nós mesmos.

A capacidade de encontrar a justa medida entre ser livre e independente e ao mesmo tempo ser interdependente, ser vinculado seriamente com alguém, está relacionada com a forma como estabelecemos os vínculos com nossa mãe, desde o ventre materno, até o jeito e a intensidade com a qual fomos formando, ou não, vínculos (laços), com a mãe, o pai, irmãos, e todas as pessoas com quem fomos convivendo.

HÁ PESSOAS QUE NÃO CONSEGUEM VINCULAR-SE NO CASAMENTO
São como hóspedes dentro de casa, cumprem tarefas - até responsavelmente -, mas não criam laços, não se vinculam. Toda vez que precisam apoiar, ceder, negociar, deixar de lado caprichos, fazem disto um fogaréu, pois não sabem unir-se ao outro com afeto, sem anular-se, não sabem fazer feliz a vida comum, sem prejudicar seus projetos essenciais. Claro que a renúncia necessária nunca será aquela que fere profundamente a individualidade de cada um, respeitar este princípio é fundamental. Resta identificar o que é essencial e o que é mero capricho...

Não faz tempo, o Globo Repórter mostrou um casal, já de idade, que não vivia em comum, embora na mesma casa, os dois eram apenas hóspedes, cada um vivendo sua vida, e nem sequer conversavam um com o outro. Sabe-se que a psicologia estuda a chamada síndrome da hospedagem, uma disfunção de pessoas que não conseguem criar e manter vínculos (laços afetivos profundos).

Ser casal é aceitar a interdependência, os próprios limites, as responsabilidades de cada um e viver pela felicidade de ambos. E isto nunca acontecerá sem que cada um dos dois tenha suas fontes saudáveis de prazer, seus projetos próprios, independentes do outro cônjuge. Sem um EU e um TU fortes e saudáveis não haverá NÓS que sobreviva feliz.

UM OLHAR CRÍTICO SOBRE O MUNDO NÃO DEVE SUFOCAR NOSSA ESPERANÇA
Helio Amorim
“Descomplicando a Fé” (Ed.Paulinas)

D
evemos denunciar com indignação que a maioria das famílias vive, no mundo, em condições desumanas. E isto não obstante os dois milênios de pregação humanizadora da Igreja e ações corajosas empreendidas por tantos homens e mulheres, na luta pela justiça e solidariedade nas relações entre as pessoas, grupos, raças, povos e nações.

O modelo econômico de corte predominantemente neoliberal que se quer impor a todas as nações, num cenário de globalização da economia mundial, aponta para um agravamento das injustiças sociais e a consolidação do fosso profundo entre nações ricas (hoje menos ricas) e pobres.

Também nas classes privilegiadas, mesmo dos países ricos, a falta de perspectivas e ideais de vida, produzem fuga de jovens para as drogas e a violência. O consumismo só aumenta frustrações e destruição da natureza.

Esse quadro pessimista que os modernos meios de comunicação mostram cada dia, ao vivo, a todos os habitantes deste planeta, configura uma afronta à dignidade da pessoa humana e das famílias. Está em grave contradição com o projeto de Deus.

Também na vida da Igreja, ainda numa ótica pessimista, muitas contradições persistem, conspirando contra a humanização, gerando exclusões e discriminações, questões morais e sentimentos de culpa sem consistência, que fazem sofrer desnecessariamente muitos cristãos sinceramente comprometidos com a sua fé. Legalismo e autoritarismo pouco evangélicos sufocam a criatividade e alimentam divisões internas, mágoas e ressentimentos.

Entretanto, uma observação mais atenta sobre fatos importantes e menos destacados pelos meios de comunicação social, e inúmeros acontecimentos e ações concretas que ocorrem em todo o mundo e na Igreja, traduzindo importantes conquistas para a humanização, alimenta uma perspectiva bem mais otimista para o futuro da humanidade. O cristão sabe que Deus não abandonará Seu povo, interferindo na história humana, sempre através de homens e mulheres corajosos e comprometidos com o Seu projeto humanizador.

PENSAMENTOS
Antoine de Saint-Exupéry
Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem.
A terra ensina-nos mais acerca de nós próprios do que todos os livros. Porque ela nos resiste.
Cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável. Cada um é o único responsável por todos.
Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana... Mas o quê?
O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo.

O INFA É UMA ENTIDADE FILANTRÓPICA, SEM FINS LUCRATIVOS, UTILIDADE PÚBLICA FEDERAL, ESTADUAL, MUNICIPAL, REGISTRADA NOS CONSELHOS NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CNAS) E MUNICIPAL RIO DE JANEIRO (CMAS), E CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (CMDCA).

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

ALMOÇO DA PARTILHA


 Mais uma vez o Almoço da Partilha do Movimento Familiar Cristão de Curitiba foi um sucesso. Após as boas vindas do Colegiado e das palavras de carinho com que o amigo Zico nos presenteou sobre o casal Angela e Antonio Carlos, que não puderam estar presentes devido a recuperação da saúde de nossa amiga, nossos Jovens cantaram com vozes cheias de alegria e amor, e na sequencia contaram uma linda estória de Natal que encheu nossos corações de paz. A finalização deste momento foi com a música amigos pela fé, fechando com chave de ouro a apresentação da nossa meninada. Partilhamos de muitas delícias que todos trouxeram e do gostoso e tradicional picolé de frutas para sobremesa. Mais uma vez pudemos nos reunir e desfrutar de um bom bate papo, alegria e comida farta, sem esquecermos do verdadeiro sentido do Natal!
Obrigado á todos que participaram destes momentos, lembrem-se que a sua presença é sempre muito importante para nós!

 Colegiado MFC Curitiba






domingo, 25 de novembro de 2012

LITURGIA DA SOLENIDADE DE JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO - 25/11/2012




   
“CRISTO REI, AQUELE QUE É,
QUE ERA E QUE VEM!”
Diante de poderes opressivos, Jesus nos revela: “Meu reino não é deste mundo”. Qual mundo? O mundo gerador de violência, divisão, perseguição, mentira e morte. No Reino de Jesus a vida é partilhada! Atentos, escutemos a Palavra reveladora do poder e da glória de um Deus que é, que era e que vem, para que seu reinado de amor esteja em nós. 

   
JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

1ª Leitura: Dn 7,13-14
Salmo Responsório:  92
2ª Leitura: Ap 1,5-8
Evangelho: Jo 18,33b-37

EVANGELHO
JOÃO 18,33b-37
 Naquele tempo, 33bPilatos chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o rei dos judeus?”

34Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?”

35Pilatos falou: “Por acaso sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”

36Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.

37Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?”

Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.

 — Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

HOMILIA
Diácono Miguel A. Teodoro
Teologia Fé e Vida
  
Chegamos com a solenidade de JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO, que celebramos hoje, ao encerramento do ano litúrgico B, dedicado à reflexão do Evangelho de Marcos.

A festa de hoje tem um sentido eminentemente militante: o Reino de Cristo na Terra. A Liturgia realça o caráter transcendente e escatológico do reinado e Senhorio de Cristo, que encarna ao mesmo tempo, diante de Pilatos, a figura de Rei que está prestes a morrer na cruz pela remissão de todos os pecados da humanidade.

A Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo REI DO UNIVERSO foi instituída no Ano Santo de 1925, pelo Papa Pio XI, em comemoração aos 16º centenário de proclamação conciliar do Dogma da Consubstancialidade de Jesus Cristo ao Pai, ou seja, que Ele é consubstancial ao Pai, verdade legada pelo Concílio de Nicéia.

Portanto, a festa deste domingo nos leva a refletir sobre a convergência para Jesus Cristo. A convergência de todas as criaturas da terra e do céu, ainda que seja preciso ter presente que esta convergência é fruto de uma intensa atividade das criaturas, como as “obras de misericórdia”. Jesus é: “Aquele que é, que era e que vem, o todo-poderoso”.

Pergunta-se: Qual é o reino de Jesus Cristo?  Poderíamos imaginá-lo sob a forma de um reino terreno, onde os valores como riqueza e poder são os critérios de julgamento?  Certamente que não.

Respondendo a Pilatos, bem como, a todos nós, Jesus vai afirmar, conforme João 18, 36: “o meu reino não é deste mundo”.  Sim, não pode ser deste mundo um reino que prefere o pobre, o excluído, o cativo.  Não pode ser deste mundo o reino onde a justiça é instalada permanentemente, onde o amor ao próximo é a medida de julgamento, onde todos são iguais e merecem as mesmas oportunidades.  Por isso o confronto de nossa humanidade com a proposta de Jesus.

Instalar um reino nesses moldes entre nós ainda é um desafio.  É desafiador reconhecer Jesus Cristo naquele mais pobre, mais necessitado, naquele que cheira mal ou que nos interpela por justiça.  É desafiador pensar em um reino onde todos possam ser iguais, onde o que prevaleça seja o poder de serviço e não o poder autoritário que esmaga o outro.

Saberemos um dia viver assim?  Seremos capazes de assumir esta proposta em toda a sua radicalidade?  Seremos, nós, ativos construtores dessa nova ordem?  Este é o convite que a festa de Cristo Rei nos faz.  Que saibamos responder afirmativamente a ele.  Que possamos reconhecer em Jesus Cristo o convite à implementação de um novo reino e que sejamos seguidores fiéis de um rei de amor e de bondade.

Importante frisar que, sendo Jesus Cristo o Rei do Universo, todos nós somos convidados a participar deste Reinado. Mas como? Como leigos e leigas, como ministros instituídos e ministros ordenados, devemos ser presença e fermento de transformação da sociedade.

Fazendo isso, poderemos aspirar ao céu e procurar preparar e alcançar esta realidade, mas, para tanto, devemos relembrar que devemos estar atentos aos sinais dos tempos, que nos mostram a presença e a ação do Filho de Deus, conforme fomos orientados no domingo anterior.

Viver, segundo a Liturgia de hoje, é assumir a causa dos que mais precisam. Deus mesmo fez assim e este é o critério da participação garantida no senhorio de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois se somos “imitadores” dEle é provável que, desde já, teremos forças para chegarmos a uma eternidade com Ele.

ORAÇÃO
Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, Rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente. Amém!

LEMBRE-SE:
“SE NÃO PARTICIPARMOS DA MISSA, DE NADA VALE NOSSO ESFORÇO SEMANAL.”

Editado por MFC ALAGOAS

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

ALMOÇO DA PARTILHA



Amigos Mefecistas 
  
No próximo domingo dia 25/11 acontecerá nosso almoço da partilha, a partir das 11h. 
Segue anexo o mapa da ABESSFI, onde será realizado o evento. 
Teremos Papai Noel para as crianças. 
  
A sua presença e de sua família é muito importante para nós! 
  
Paz e Bem 
Colegiado MFC Curitiba 

CLICK NA FIGURA PARA AMPLIAR

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

MFC PARANÁ DEFINE NOVA COORDENAÇÃO ESTADUAL



Coordenadores e dirigentes de Telêmaco Borba-PR


A
 Equipe de Coordenação de Cidade e os Coordenadores dos Grupos de Base do Movimento Familiar Cristão de Telêmaco Borba – Paraná se reuniu na terça-feira, 06 de novembro, para elegerem o casal coordenador da Equipe de Coordenação Estadual para o triênio 2013/2016.

Com aproximadamente 75% dos votos foi eleito o casal Silvano e Lenir que venceu a eleição disputada com o casal Elias e Linda.  Nos próximos dias a coordenação eleita deve divulgar os nomes que formarão a Equipe para coordenar o MFC no Paraná.

A reunião eleitoral foi encerrada com a bênção do pároco e diretor espiritual do Movimento Familiar Cristão, Padre Henrique.

CONHEÇA O MFC NO CENTRO-OESTE LENDO O ATUAÇÃO Nº 156





D
ando sequencia a história do MFC no Brasil, a edição Nº 156 do Jornal Atuação nos apresenta o Movimento Familiar Cristão na Região Centro-Oeste, um belo trabalho desenvolvido nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O demonstrativo financeiro do CONDIN, “A Crise Paradigmática da Modernidade e as Implicações no Universo Familiar” - Texto produzido pelo professor Mario Antonio Betiato para o Encontro Nacional do MFC, noticias do EZO e muito mais você encontra nas páginas do JORNAL ATUAÇÃO que já está disponível para a família MeFeCista brasileira.


(Para melhor visualização clique na imagem)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia nacional da consciência negra



As palavras tem um encanto e um perigo inerentes a si, que quando mal usadas pode mais ferir do que apaziguar dores e mazelas. Pode mais segregar do que unir!

Digo isso por considerar que quando nomeamos estamos definindo partes de um todo, e nesse processo esquecemos que o todo se compõe também daquela parte nomeada, tornada até que independente do todo.

Mesmo assim, vamos classificando, nomeando, individualizando as coisas, pensamentos, sentimentos, etc.

Por outro lado quando definimos as coisas, restringimos a sua abrangência e seus efeitos, esquecidos talvez das consequências que isso pode acarretar...

No dia de hoje se comemora o Dia da Consciência Negra, mas com o perdão da palavra, consciências tem cor?

Nestes termos estamos restringindo de forma imprópria e imprecisa um acontecimento importante e de consequências vitais para milhares de pessoas, nossos irmãos de estrada, de jornada neste plano de existência, que vivem ao mesmo tempo que nós mesmos uma mesma oportunidade de vida.

Acredito firmemente que cada ser humano deve sim fazer valer as suas convicções e pensamentos, mas dai criar grupos e guetos é uma outra coisa.

As pessoas negras, por uma presença maior de certos pigmentos na pele, não são diferentes das que tem uma cutis mais clara.

Os que diferem as pessoas são os pensamentos que formulam, as atitudes que tomam, as posições na vida que com esforço se fazem valer.

As consciências em meu entender, são um atributo das almas, da psique, mas não lhe são atribuidas cores, matizes...

Assim, creio haver apenas a consciência humana!

E neste ponto, importante, crucial, pergunto; O que estamos fazendo conscientemente ou não com as nossas vidas?

Estamos em plena era de conhecimento vasto, amplo, divulgado aos quatro ventos, e através dos avanços tecnológicos presente instantaneamente no mundo inteiro e mesmo assim estamos divididos...

Somos grupos que se fecham em si mesmos, buscando uma certa representatividade mas ainda como gueto, como grupo fechado, quase isolado.

A problemática levantada como bandeira dos movimentos de consciência negra, são problemas que dizem respeito a todos.

De um lado são problemas causados pela parcela não negra aos negros, com a conivência ou não destes. Da mesma forma os problemas que envolvem outras parcelas da sociedade humana, digo parcelas, por serem uma parte do todo, mas não por querer distânciá-las do todo.

Assim, penso que o que temos mesmo é de derrubar as barreiras que ainda separam as pessoas, e estas barreiras estão enraizadas nas almas humanas.

Seja por força de uma formação educacional deficiente, seja por qual razão for.

Sei que surgirão argumentos a favor ou contra o que aqui exponho, um direito de todo leitor de minhas letras, um dever sobretudo de meus leitores ativos, uma possibilidade que deixo em aberto para leitores passivos, que devido a sua passividade nem se manisfestarão, mas o importante é debatermos, trocarmos idéias, buscarmos soluções que contemplem ao maior número de interessados...

Aqueles que sofrem algum tipo de violência, discriminação, preconceito, etc, são vitimas de algozes, que só se distinguem deles pela atitude e belicosidade, por seus instintos e pensamentos involuidos...

Tanto algozes quanto as suas vitimas são seres humanos!

São irmãos que se flagelam!

São consciências que se se conflitam... Consciências humanas, cegas, iradas, revoltadas, confusas, mal educadas, mal formadas...

Consciências não tem cor!

A alma humana se instala neste ou naquele corpo por um propósito divino, que cabe a cada um tentar desvendar qual é.

Avento a possibilidade de ser o da busca da iqualdade! Da totalidade! Da completude!

Que um dia exista o dia da Consciência Humana!

Por ora vou me contentando com a luta de meus irmãos na busca de visibilidade para a sua importante participação na construção de nosso pais, numa visão mais ampla, e da sua importância como criatura de Deus, numa visão mais individual e não restrita.

Desejo que sejamos todos uma expressão de amor de Deus e não de discórdias!

Nós não negros, nós " consciências brancas " somos tão responsáveis quanto os de " consciências negras " pelos caminhos e descaminhos por que se vão as vidas de todos os nossos irmãos de estrada, de tempo, de oportunidade de vida, neste planeta, neste momento, neste momento histórico.


(Edvaldo Rosa  )

domingo, 18 de novembro de 2012

LITURGIA DO 33º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 18/11/2012



  
  
   
“O CÉU E A TERRA PASSARÃO, MAS MINHAS PALAVRAS NÃO PASSARÃO!”
Os textos de hoje nos falam do sol que escurece, das estrelas que caem, dos anjos que convocam os escolhidos, dos mortos que ressuscitam, do Filho do Homem que vem sobre as nuvens. Não podemos permanecer de braços cruzados, esperando que as coisas aconteçam. Em Comunidade, celebremos a força redentora que nos convida a viver a esperança e proclamar entre as coisas passageiras aquilo que é definitivo.

  
33º DOMINGO COMUM
1ª Leitura: Dn 12,1-3
Salmo Responsório: 15
2ª Leitura: Hb 10,11-14.18
Evangelho: Mc 13,24-32

EVANGELHO
Marcos 13,24-32
   
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos:

24Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, 25as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas.

26Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra.

28Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto.

 29Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas.

30Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. 31O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.

— Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

HOMILIA
Dom Henique Soares da Costa
Bispo Auxiliar de Aracaju - Sergipe

LEITURAS DESTE DOMINGO: Dn 12,1-3 - Sl 15 - Hb 10,11-14.18 - Mc 13,24-32

Estamos no penúltimo domingo do ano litúrgico, ano da Igreja. Depois de termos celebrado o Advento, o Natal, a Quaresma e a Páscoa do Senhor, depois de mais de trinta domingos do chamado Tempo Comum, estaremos encerrando domingo próximo, com a Solenidade de Cristo Rei, o ano litúrgico. Dentro de quinze dias, entraremos num novo ano, com o primeiro domingo do Advento, preparando o santo Natal. O tempo passa, a vida passa... tudo passa!

            Pois bem, é próprio da Liturgia, nos últimos domingos do ano litúrgico, fazer-nos pensar sobre o fim de todas as coisas; “fim” no sentido de final; mas também fim no sentido de finalidade e, portanto, de plenitude. E nossa fé nos diz que a plenitude, o "fim" de tudo é o Cristo Jesus: ele é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, “através dele e para ele tudo foi criado no céu e na terra” (cf. Cl 1,15ss), é ele quem, no final dos tempos, virá como “Filho do homem, nas nuvens com grande poder e glória” (evangelho). Ou seja, Cristo morto e ressuscitado é a consumação e a finalidade, a plenitude e o sentido de tudo quanto existe! Para ele tudo corre, como o rio corre para o mar; e, no fim, ele entregará tudo a Deus, seu Pai, na potência do Espírito Santo (cf. 1Cor 15,28)! Vejamos:

(1) Com a vinda do Cristo, com seu aparecimento glorioso, toda a criação será transfigurada. É isto que o evangelho deste domingo afirma numa linguagem simbólica, impressionante, chamada apocalíptica: “O sol vai escurecer, e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas”. Em outras palavras: este mundo como nós conhecemos será transfigurado, será purificado de toda fragilidade, de toda maldade, de toda tirania: “Vi então um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21,1). A imagem é belíssima: passou o mundo antigo; o mar, símbolo do caos, foi destruído. Aquilo que já começou com a ressurreição de Cristo, aquilo que começou em nós com o Batismo acontecerá a toda a criação: “Se alguém está em Cristo, é criatura nova. O que era antigo passou, agora tudo é novo”(2Cor 5,17). Que consolo, que beleza: o mundo não caminha para o nada, para o vazio, para a destruição: por ocasião do aparecimento glorioso do Senhor Jesus Cristo, tudo será purificado com o fogo do Espírito Santo, será transfigurado, mais que nos dias de Noé, com a purificação pela água: “O Dia do Senhor chegará como um ladrão, e então os céus acabarão com um estrondo espantoso; os elementos, devorados pelas chamas, se dissolverão, e a terra será consumida com todas as obras que nela se encontrarem. O que esperamos são novos céus e nova terra” (2Pd 3,10.13). Mais uma vez, é preciso compreender: a linguagem é apocalíptica! No fogo do Espírito Santo, no qual o mundo será julgado (cf. Jo 16,8-11), tudo que não foi amor, que não foi segundo Cristo, será dissolvido; e o que foi amor, será transfigurado, e teremos novos céus e nova terra, livres de todo o pecado e de toda a maldade! Como não nos alegrar com tal esperança? Como não repetir, agradecidos, as palavras do Livro da Sabedoria? “Teu grande poder está sempre a teu serviço, e quem pode resistir à força do teu braço? O mundo inteiro está diante de ti como um nada na balança, como a gota de orvalho que de manhã cai sobre a terra. Mas te compadeces de todos, pois tudo podes, fechas os olhos diante dos pecados dos homens, para que se arrependam. Sim tu amas tudo o que criaste, não te aborreces com nada do que fizeste; se alguma coisa tivesses odiado, não a terias feito. E como poderia subsistir alguma coisa, se não a tivesses querido? Como conservaria sua existência se não a tivesses chamado? Mas a todos poupas, porque são teus: ó Senhor, amigo da vida!” (Sb 11,21-26).

(2) Mas, não é só! A manifestação gloriosa do Senhor será também o dia bendito da nossa ressurreição. É verdade que, logo após a morte, na nossa dimensão espiritual, a que chamamos “alma”, seremos glorificados da glória de Cristo. Por isso mesmo São Paulo afirma: “Estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. Por isso, também, nos empenhamos em ser agradáveis a ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado esta morada (2Cor 5,9). Aos filipenses, o Santo Apóstolo confessava: “O meu desejo é partir para estar com Cristo” (Fl 1,23). Que ninguém duvide: nem a morte nos separa do amor de Cristo (cf. Rm 9,38): imediatamente após deixarmos este mundo, estaremos com o Senhor na nossa alma. Mas, nosso corpo, somente será glorificado no Dia final, no Dia da Ressurreição, quando toda a matéria for glorificada! É a este dia final que chamamos Dia da Ressurreição: “Muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno. Mas os que tiverem sido sábios, brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a muitos os caminhos da justiça, brilharão como as estrelas, por toda a eternidade” (1a. leitura). Que imagem impressionante! No Dia de Cristo, todos estaremos vivos no corpo e na alma. Mas, há uma discriminação, uma diferença de destino, uma separação, um julgamento: os que tiverem sido abertos para Cristo, com seu corpo e sua alma, com todo o seu ser, estarão na glória de Cristo; os que se fecharam para ele, já logo após a morte, estarão longe dele e, no fim dos tempos, tal danação será também a do corpo! Que destino miserável, que sorte horrenda! Seria melhor nem existir mais! Isto nos recorda a necessidade da vigilância, a necessidade de nos abrirmos para o Cristo nos dias de nossa vida! Por isso mesmo Jesus previne cada geração: “Aprendei, pois da figueira! Quando virdes acontecer estas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas!
Esta geração não passará até que tudo isso aconteça. Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai!”(evangelho). Jesus nos previne: cada geração deve estar atenta aos sinais de Deus; cada geração deverá compreender que chegou o tempo, o momento de decidir-se por Cristo ou contra Cristo, pela vida ou contra a vida! Vigiai! Estai preparados! Cristo “sentou-se para sempre á direita de Deus” (2a. leitura); ele se ofereceu por nós. Não recebamos em vão a sua graça, o convite que ele nos faz!

(3) Finalmente, a vinda do Senhor será a glorificação de toda a Igreja, Comunidade dos eleitos de Cristo: O Filho do Homem “enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra” (evangelho). Então, a Igreja estará plena, totalmente completa, totalmente glorificada: “Vi também a Cidade Santa, a nova Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, vestida como noiva enfeitada para o seu Esposo. Então, ouvi uma voz forte que saia do trono e dizia: ‘Esta é a morada de Deus com os homens. Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será o seu Deus. Ele enxugará toda lágrima de seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas antigas passaram’. Aquele que está sentado no trono disse: ‘Eis que faço novas todas as coisas!’” (Ap 21,2-5). Que beleza: a Igreja será plenamente Corpo de Cristo, será plenamente santa no Espírito de Cristo, será plenamente católica, pois abarcará toda a humanidade salva, será totalmente una, pois toda a divisão trazida pelo pecado será superada, será totalmente apostólica, pois construída sobre os doze alicerces, que são os apóstolos do Cordeiro!

            Eis a nossa esperança! Eis a nossa certeza! Eis para onde caminhamos! Num mundo que dorme, vigiemos: “ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas!” (evangelho). Não durmamos, como os pagãos! Não somos da noite; somos filhos deste Dia bendito: Dia de Cristo, Dia da Ressurreição, Dia da Salvação: ‘Vós, meus irmãos, não andais em trevas, de modo que esse Dia vos surpreenda como um ladrão; pois que todos vós sois filhos da Luz, filhos do Dia. Não somos da noite nem das trevas. Portanto, não durmamos como os outros; mas vigiemos e sejamos sóbrios! “Deus não nos destinou para a ira, mas sim para alcançarmos a salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, a fim de que nós, na vigília ou no sono, vivamos em união com ele” (1Ts 5,4-6.9-10). Não esqueçamos: a Luz é Cristo, o Dia é Cristo. Vivemos na luminosidade dessa Luz, na perspectiva desse Dia!

            Que a certeza da nossa esperança em Cristo preencha os pobres dias de nossa vida, para que vivendo bem neste mundo, plantemos a nossa eternidade. A Cristo, Senhor dos tempos, a glória para sempre. Amém!

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Amém!
Editado por MFC ALAGOAS

sábado, 17 de novembro de 2012

Novidades sobre a amiga Angela

                                                                                                                  Amigos

Nossa querida amiga Angela, esposa do Antonio Carlos saiu do hospital no dia 13/11. Até o final deste mês ela ainda não poderá receber visitas, mas já esta se sentindo muito bem. Vamos continuar nossas orações pela rápida recuperação de nossa amiga, que volte o mais rápido possível ao nosso convívio!

Paz e Bem Colegiado MFC Curitiba

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

IDOSOS E VELHOS




Você se considera uma pessoa idosa, ou velha? Acha que é a mesma coisa? Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos.

Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade. A idade causa degenerescência das células. A velhice causa a degenerescência do espírito. Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso. Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme. Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina. Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.

Você é idoso quando ainda sente amor. É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse. Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida. É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.

Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens. O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.

Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.

O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina. O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina. O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram. O idoso tem planos. O velho tem saudades. O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.

O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade. O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega. O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.

Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.