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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

No Advento recordamos que nossa vida se orienta ao rosto de Deus, afirma o Papa

Em sua meditação prévia à oração do Angelus dominical, o Papa Bento XVI recordou que –com o início do Advento- começa um novo Ano Litúrgico para a Igreja e pediu aos fiéis que esperem o nascimento de Cristo com a certeza de que toda a vida se orienta ao encontro com Deus.
“Hoje, iniciamos com toda a Igreja o novo Ano Litúrgico: um novo caminho de fé, a se viver unidos nas comunidades cristãs, mas também, como sempre, a se percorrer no interior da história do mundo, para abri-la ao mistério de Deus, à salvação que vem do seu amor. O Ano Litúrgico inicia com o Tempo do Advento: tempo estupendo em que se desperta nos corações a expectativa do retorno de Cristo e a memória da sua primeira vinda, quando se despojou da sua glória divina para assumir a nossa carne mortal”, afirmou o Papa em sua alocução deste domingo.
Do mesmo modo, o Santo Padre refletiu sobre o Evangelho de hoje. “‘”Vigiai!”. Esse é o apelo de Jesus no Evangelho de hoje. Dirige-o não somente aos seus discípulos, mas a todos: “Vigiai!” (Mc 13,37). É um apelo salutar a recordar-nos que a vida não tem somente a dimensão terrena, mas é projetada rumo a um “além”, como uma muda que brota da terra e abre-se para o céu. Uma muda pensante, o homem, dotada de liberdade e responsabilidade, pelo que cada um de nós será chamado a dar conta de como viveu, de como utilizou as próprias capacidades: se as reteve para si ou as fez desfrutar para o bem dos irmãos”.
“Também Isaías, o profeta do Advento, nos faz refletir hoje com uma oração sincera, destinada a Deus em nome do povo. Ele reconhece as faltas do seu povo e, em certo ponto, diz: “Não há ninguém para invocar vosso nome, para recuperar-se e a vós se afeiçoar, porque nos escondeis a vossa Face, e nos deixais ir a nossos pecados” (Is 64,6)”.
“Como não se sentir atingido por essa descrição? Parece refletir certos panoramas do mundo pós-moderno: as cidades onde a vida torna-se anônima e horizontal, onde Deus parece ausente e o homem o único patrão, como se fosse ele o artífice e o regente de tudo: as construções, o trabalho, a economia, os transportes, as ciências, a técnica, tudo parece depender somente do homem. E, às vezes, neste mundo que parece quase perfeito, acontecem coisas chocantes, ou na natureza, ou na sociedade, devido ao que nós pensamos que Deus tenha como que se retirado, tenha nos, por assim dizer, abandonado a nós mesmos”, afirmou.
O Papa recordou que “Na realidade, o verdadeiro “patrão” do mundo não é o homem, mas Deus. O Evangelho diz: “Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo” (Mc 13,35-36). O Tempo do Advento vem a cada ano recordar-nos isso, para que a nossa vida reencontre a sua justa orientação, em direção ao rosto de Deus. O rosto não de um “patrão”, mas de um Pai e de um Amigo”.
“Com a Virgem Maria, que nos guia no caminho do Advento, façamos nossas as palavras do profeta. “Senhor, vós sois nosso pai; nós somos a argila da qual sois o oleiro: todos nós fomos modelados por vossas mãos””, conclui o Papa.
Ao final do Angelus, o Papa dirigiu-se aos peregrinos de língua portuguesa saudando com particular afeto aqueles peregrinos vindos de Lisboa e de Setúbal.
“O tempo do Advento convida-nos a fazer nossa a primeira vinda do Filho de Deus a fim de nos prepararmos para o seu regresso glorioso. Neste sentido, tomai por modelo e intercessora a Virgem Maria. E que Deus vos abençoe!”, desejou o Pontífice.

domingo, 27 de novembro de 2011

LITURGIA DO 1º DOMINGO DO ADVENTO - 27/11/2011



"DEUS VEM COMO REDENTOR!"
O Advento é tempo de reavivar a esperança naquele que vem para nos salvar. Humildemente reconhecemos nossas transgressões e o absurdo de nossa indiferença. Mas Deus é grande, não desiste de nós! Sejamos “barro em suas mãos”. Como bom oleiro Ele fará de nós algo que seja agradável. Nossas boas serão então as maravilhas que o próprio Senhor realizará em nós.

1º DOMINGO DO ADVENTO
1ª Leitura: Isaias 63, 16b-17.19b; 64,2b-7
Salmo:  79
2ª Leitura: São Paulo aos Coríntios 1, 3-9
Evangelho: Marcos 13, 33-37
  
EVANGELHO – MARCOS 13, 33-37
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando chegará o momento. 34É como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa. E mandou o porteiro ficar vigiando. 35Vigiai, portanto, porque não sabeis quando o dono da casa vem: à tarde, à meia-noite, de madrugada ou ao amanhecer. 36Para que não suceda que, vindo de repente, ele vos encontre dormindo. 37O que vos digo, digo a todos: Vigiai!”

Palavra da Salvação – Glória a vós, Senhor.

HOMILIA – Dom Henrique Soares da Costa
Este o primeiro domingo do Advento, o tempo de quatro semanas que nos prepara para o Natal do Senhor. Tudo, na liturgia, nos ajudará nessa preparação, na espera, cheia de esperança: o roxo significa a vigilância de quem aguarda com ânsia de amor, a moderação das flores ajuda-nos a concentrar nossa atenção naquele que vem, o “Glória” não cantado prepara-nos para cantá-lo como novidade na Noite Santa do Natal. Os sentimentos do nosso coração devem ser a vigilância, a piedade humilde de Maria Virgem, de José, dos pastores, de Simeão, Zacarias e Isabel, o espírito de conversão anunciado por João Batista, o sonho de um mundo “cheio da sabedoria do Senhor como as águas enchem o mar” (Is. 11,9), como Isaías profetizou... Aproveitemos essas quatro semanas tão doces, que recordam a espera de Israel e da humanidade pelo Messias! Ele vem... vem vindo sempre! Celebraremos o mistério do seu Natal em Belém, recordando que ele vem a cada dia e virá na Glória no final dos tempos. Preparemo-nos para ele!

Nos textos bíblicos que a Igreja hoje nos propõe, o Senhor sonda as angústias, carências, pobrezas e saudades do coração humano e nos fala precisamente da esperança: ele é o Deus que vem ao encontro dos nossos anseios mais profundos, o Deus pronto para nos saciar... Mas também nos exorta a vigiar, a nos preparar para acolher o Dom esperado - e o Dom é o seu próprio Filho, que vem ser Emanuel - Deus-conosco. Aliás, é esta a miséria do mundo atual: busca a paz, procura a vida, tem sede de plenitude e felicidade, mas não busca naquele que é a saciedade do nosso coração e a salvação da nossa existência.

O homem tem sede e Deus, misericordiosamente envia-lhe a água, que é o Messias... e o nosso mundo não o reconhece; antes, renega-o! Vejamos se não é assim; vejamos se Deus não é todo doação para nós, e recordemos a palavra do Profeta: “Acontecerá nos últimos tempos que o monte da casa do Senhor estará firmemente estabelecido no ponto mais alto das montanhas. A ele acorrerão todas as nações, para lá irão povos numerosos.. porque de Sião provém a lei e de Jerusalém, a Palavra do Senhor”. Eis: de Israel, Deus prepara uma salvação, uma luz, uma direção para toda a humanidade. O homem sozinho não encontra o caminho, por mais que teime em se julgar grande e auto-suficiente. No entanto, à nossa pobreza, o Senhor vem com uma promessa tão grande. E, se o coração da humanidade acolher a salvação que vem, a luz que brilha, então, encontrará a paz: “Ele há de julgar as nações e argüir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegaram em armas uns contra os outros em não mais travarão combate”. Eis a promessa de Deus: dá-nos a salvação; eis o sonho do Senhor: encontrar uma humanidade que acolha o Salvador, dele bebendo a paz! Se acolhermos o Messias que Deus nos envia, nele veremos a luz verdadeira e nossas guerras interiores e exteriores se transformarão em paz... Nossas armas que destroem, serão transformadas em arados que geram alimento de vida!

No nosso mundo ferido, cansado, incerto... mundo que já não mais crê de verdade em nada, a promessa do Senhor é como um alento. Acreditemos, irmãos! Quão triste o mundo se os cristãos viverem sem esperança, sem certeza, sem ânimo, como os pagãos... Este Tempo do sagrado Advento quer levantar nosso ânimo: o Senhor, cujo Natal celebraremos dentro de quatro semanas, é o mesmo que virá um dia, na sua Manifestação gloriosa! Nossa vida tem rumo e sentido. Vigiemos: “Vós sabeis em que tempo estamos! Já é hora de despertas. Agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. A noite deste mundo já vai adiantada, o Dia vem chegando” – o Dia é Cristo, Salvação que Deus nos prometeu e nos preparou! Então: “Despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz. Procedamos honestamente, como em pleno dia” – como quem vive já agora, durante a noite deste mundo, no Dia, que é Cristo-Deus: “nada de glutonarias e bebedeiras, nem de orgias sexuais e imoralidades, nem de brigas e rivalidades. Pelo contrário: revesti-vos do Senhor Jesus”. Eis o modo de vigiar na noite deste mundo, eis o modo de testemunhar que esperamos, na vigilância, o Salvador que nos foi prometido e virá. Vigia pela vinda de Cristo quem rejeita as obras das trevas! É oportuno recordar que este texto que escutamos da carta aos Romanos, foi o que provocou a conversão de santo Agostinho, lá no distante século V. A Palavra de Deus é sempre um apelo gritante e forte para nós! Que ela nos converta também agora!

A grande tentação para os discípulos de Cristo, hoje, é conformar-se com o marasmo do pecado do mundo, é viver burguesamente, uma vida cômoda e sem uma fé verdadeira e operante, sem aquela atitude de alegre expectativa por aquilo que o Senhor nos prometeu, sem a vontade de transformar a nossa vida por amor daquele que vem. Vamos nos ocupando e distraindo com uma vida fútil, dispersa em mil bobagens, esquecendo daquilo que realmente importa! Vale para nós a advertência seriíssima do Senhor Jesus: “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé”: naqueles dias, todos vivam tranquilamente: “comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até que Noé entrou na arca e eles nada perceberam...” Como agora: vive-se na farra do paganismo, do consumismo, do relaxamento moral, de tantos absurdos contrários ao Evangelho... e não percebemos que haverá um juízo decisivo de Deus para nós e para o mundo, um juízo no qual o bem e o mal, o santo e o pecador, serão separados: “um será levado e o outro será deixado”... Triste de quem for deixado, triste de quem perder a companhia do Senhor, nossa paz! Feliz de quem for levado com o Senhor! Pois bem: logo neste iniciozinho de Advento, a advertência do Senhor é dramática: “Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor! Na hora em que menos pensais, o Filho do homem virá!”.

Então, enquanto o mundo dorme no seu pecado, na sua auto-satisfação, elevemos, humildemente, nosso olhar e nosso coração para Aquele que vem: “A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera!” – Marana thá! Vem, Senhor Jesus!

ORAÇÃO
Deus todo-poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o reino celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos. Amém!

sábado, 26 de novembro de 2011

ALMOÇO DA PARTILHA


QUERIDOS AMIGOS MEFECISTAS, AMANHÃ É O GRANDE DIA DO ALMOÇO DA PARTILHA QUE ENCERRA AS ATIVIDADES DO ANO, SEMPRE COM CHAVE DE OURO.
 ESTE ANO COMO NO ANO PASSADO, NOS REUNIREMOS NA CHÁCARA DA ABESSFI ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DOS SERVIDORES DO SISTEMA FIEP QUE FICA EM QUATRO BARRAS, UMA LUGAR LINDO COM UMA VASTA ÁREA VERDE, CAMPO PARA JOGAR BOLA, PARQUINHO E TANQUE PARA PESCA. SEU DIA SERÁ MARAVILHOSO NA COMPANHIA DE MUITOS AMIGOS E FAMILIARES. 

A PROGRAMAÇÃO INICIÁ-SE ÀS 11H, POR VOLTA DAS 12H30MIN UMA GRANDE SURPRESA DO MFC JOVEM, ÀS 13H SERÁ SERVIDO O ALMOÇO E ÀS 15H TEREMOS A VISITA DO BOM VELHINHO. O PAPAI NOEL VIRÁ DISTRIBUINDO BALINHAS E FARÁ FOTOS E CONVERSARÁ COM A CRIANÇADA E É CLARO COM OS GRANDINHOS QUE DESEJAREM PEDIR O SEU PRESENTINHO DE NATAL. CONTAMOS COM A SUA PRESENÇA E DE SUA FAMÍLIA PARA ABRILHANTAR A NOSSA FESTA.
 ABAIXO O MAPA DA ABESSFI.
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O MELHOR PRESENTE - Poema de Vera Margutti - MFC Maringá(PR)

Vera Lucia Fávero Margutti (31/07/1960) nasceu em Castelo/ES. Mudou-se para o pequeno distrito de Içara, no interior do Paraná, aos 5 anos de idade. Escreveu seus primeiros versos ainda criança, e foi colecionando... Participou de alguns recitais de poesia em dias comemorativos na Escola Nossa Senhora da Misericórdia em Iguaraçu/PR estimulada sempre pelas freiras que dirigiam a escola. Amava declamar poesias, e canto. Na adolescência, morando em Santa Fé/PR, leu muitos clássicos da literatura e se deleitava com as estórias de amor. Aos 17 anos foi para Londrina para estudar e trabalhar, e por essa época, triste com a separação da família e do namorado, escrevia muitas cartas e poemas de amor e de dor. Voltou para a pequena cidade de Santa Fé, onde em 1981 casou-se com sua primeira paixão e com ele teve seus dois filhos. Graduou-se em Letras português-inglês e respectivas literaturas - Fafiman-Mandaguari/PR e nesse período teve contato com a teoria literária, lendo muito e escrevendo muitos artigos. Licenciou-se em Psicopedagogia pelo CESUMAR em Maringá/PR. Trabalhou por anos, como professora, em várias escolas de Maringá. Desistiu da profissão para ajudar o esposo no ramo da construção civil onde divide seu tempo na empresa como psicopedagoga; como escritora; com os cuidados com o lar e suas orquídeas - paixão que veio depois da poesia. É integrante do Grupo Santo Antônio do Movimento Familiar Cristão de Maringá – Paraná.

MELHOR PRESENTE
Vera Margutti
GRUPO SANTO ANTÔNIO * MFC MARINGÁ-PR

Um menino do céu quis viver na terra
Escolheu a mais pura e doce mãe que existia pra carregar-lhe no ventre
E dar-lhe um colo quentinho e orientar seus caminhos
A virgem mãe disse sim ao menino, e queria dar-lhe o melhor dos destinos
Mas Ele era Deus se fazendo pequeno
Pra conquistar um povo mais justo, humano e sereno
Escolheu o cantinho mais pobre e humilde para nascer
Fora afagado e acolhido pelos animais numa estrebaria
Ali o Deus menino nascia!
Fez-se natal em Belém!
O céu se curvou, os sinos se dobraram, anjos, arcanjos e querubins entoaram
Cantos e Aleluias!
Os magos o visitaram e trouxeram-lhe presentes
Mas o MELHOR PRESENTE dá humanidade estava ali
E os homens não enxergaram, não quiseram receber
Ameaçados sentiram-se os Reis
Sabendo que nascera o Messias a tanto já anunciado
Iniciou-se a captura e o massacre às criancinhas
E a sagrada família fugia; guiados pela estrela guia
E o menino Deus foi crescendo
E todas as escrituras se cumpriam
A água tornou-se vinho e os pães se multiplicaram;
Mortos ressuscitaram; cegos enxergaram; doentes foram curados.
Na Cruz deu-nos a salvação e com a Ressurreição, tudo se concretizou:
Seu projeto, seu sonho, seu grande amor!
Continua oferecendo-nos o MELHOR PRESENTE, mas os homens ainda preferem,
Aqueles comprados nas lojas, embrulhados em finos pacotes.
Entregues na noite de Natal pelo Papai Noel.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

JESUS NÃO FUNDOU NENHUMA RELIGIÃO - Artigo de Jorge Leão

Ainda hoje, é comum confundir a mensagem de Jesus com alguma doutrina religiosa. Por isso, os caminhos se estreitam, e perde-se o sentido originário de sua palavra.

As palavras de boa nova se transformam em credo, na tentativa de manter o controle institucional de sua mensagem. Uma infeliz realidade que se iniciou com Constantino Magno, no século III, ao fazer do cristianismo a religião oficial do império romano.

Atualmente, uns se arrogam no direito de garantir a cadeira onde Pedro teria sido proclamado “papa”. Outros reivindicam da mensagem a sua infalibilidade, enquanto alguns outros se proclamam doutores em teologia, a fim de conferir poderes divinos a seus arrogantes processos inquisitórios, e poder julgar sobre o que é ou não pecado.

Trata-se de uma estratégia de manter a grande massa atônita, ignorante pelo medo de alguma condenação eterna depois da morte. Então se fabrica a imagem de um Deus austero, que julga e condena pecadores a pagarem na eternidade suas culpas imperdoáveis. Isso é o que se pode chamar de reducionismo teológico.

Por isso, já antevendo possíveis desvios próprios de quem é manipulado pelo ego, Jesus proclama que “aquele que quiser ser o maior, que seja o servo de todos”. Esta é a questão central, pois num mundo em que o poder religioso confunde-se com status político e poderio econômico, há de se pensar outra via de aproximar a fé da vida, uma vez que o discurso eclesiástico institucional está trancafiado em uma arrogante pretensão excludente, machista e ainda estritamente doutrinária. Nada mais distante da mensagem do carpinteiro de Nazaré.

Assim, penso que a única “religião” que Jesus instituiu de fato foi o amor entre os homens e as mulheres de boa vontade, concretamente proclamada por seu novo mandamento: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. O que se coloca para além disso não passa de proselitismo, falseamento de sua mensagem e disputa de poder.

Num mundo marcado pela violência e banalização da vida, é chegado o momento de superar visões estreitas acerca de partidarismos eclesiásticos e permitir que a mensagem do evangelho de Jesus seja vivida em sua integridade e pureza. A época presente deverá ser da “religação” ao princípio supremo do amor e da paz, e não a uma denominação religiosa que se venha a proclamar representante maior de Deus entre os homens. Este é um triste sinal de que há mais distanciamento da mensagem originária do que nossos altares suntuosos possam esconder.

Há de se ter coragem de viver o evangelho em sua essência, deixando as aparências doutrinárias assumirem o papel que lhes convém.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Igreja Católica copiou a Eucaristia do Mitraísmo?

Do falacioso site “Got Questions”.
Uma das principais características do Mitraísmo era a refeição sacrificial, que envolvia comer a carne e beber o sangue de um touro. Mitras, o deus do Mitraismo, estava “presente” na carne e no sangue do touro, e quando consumido, concedia salvação àqueles que tomavam parte da refeição sacrificial (teofagia, comer o próprio deus). (…) Constantino e seus sucessores encontraram um substituto fácil para a refeição sacrificial do Mitraísmo no conceito da Ceia do Senhor/Comunhão Cristã. Infelizmente, alguns cristãos primitivos já haviam ligado o misticismo à Ceia do Senhor, rejeitando o conceito bíblico de uma simples e adorativa rememoração da morte e sangue derramado de Cristo. A romanização da Ceia do Senhor completou a transição para a consumação sacrificial de Jesus Cristo, agora conhecida como a Missa Católica/Eucaristia.
Há uma mentira grotesca no texto quando diz que se comia a carne e se bebia o sangue do touro. Na verdade Justino Mártir, falando sobre a eucaristia, nos relata que os mitras usavam água e pão nas suas celebrações: … que os demônios perversos imitaram nos mistérios de Mitra, ordenando a mesma coisa para ser feita. Por que um pão e um copo de água são colocados com encantamentos certos nos ritos místicos de quem está sendo iniciado, que você ora conhece ou pode aprender [1].
Hoje se supõe por alguns achados arqueológicos que poderia haver o uso do vinho, mas isso não era relatado pelos primeiros cristãos. Por tanto é extremamente forçado dizer que bebia sangue e comia carne de um touro. Além disso, dizer que Mitra estava presente na carne e no sangue é um absurdo. Não há nenhuma prova relatada sobre isso, muito menos que isso concedia a salvação para aqueles que o praticavam. Os seguidores dessa religião não escreviam textos sagrados nem tão pouco deixaram escritos onde relatavam as suas práticas. As únicas coisas que restaram foram pinturas e esculturas de Mitra nos locais onde eram praticados os cultos. Dizer sobre presença real e salvação é forçar de mais a calúnia contra a Igreja Católica. Esses argumentos costumam ser usados por ateus e céticos, que afirmam que o cristianismo surgiu do paganismo. Ver um suposto “cristão” distorcer algo que já é uma mentira para usar de acordo com suas convicções é realmente lamentável.
O Mitraísmo também possuía sete “sacramentos”, o que faz com que as semelhanças entre o Mitraísmo e o Catolicismo Romano sejam tão numerosas que não as podemos ignorar.
Outra enorme mentira. Eles não possuíam sacramentos mas sim níveis de iniciação, que estavam provavelmente relacionados com a Lua, Mercúrio, Vénus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. Os nívels foram listados por São Jerônimo[2] e são esses: Corax (corvo), Cryphius (oculto), Miles (soldado), Leo (leão), Perses (persa), Heliodromus (emissário solar) e Pater (pai). Esses níveis em nada são sacramentos, mas sim posições dentro da religião. Por exemplo, Leo oferecia a Mitra as oferendas, Chryphius seria como esposo e Miles usava como insígnias a coroa e uma espada. Muitos não passavam no nível de Leo. Eram apenas cargos dentro da religião e não sacramentos. Quem escreveu isso não deve saber nem o que é sacramento. Sobre o nível de Miles, por exemplo, Tertuliano nos conta que candidato era batizado, recebia alguma marca e colocava uma coroa na sua cabeça, proclamando que Mitra era a sua coroa. Posteriormente os iniciados assistiam a uma morte ritual e simulada, cujo celebrante era um Pater [3][4]. Com isso ele se tornava um Miles, um soldado de Mitra. Em nada isso tem a ver com sacramentos.
***
Como sempre mentiras e mais mentiras contra a Santa Igreja. Sabemos o que a bíblia nos diz sobre os mentirosos: Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. (Jo 8:44)
In Corde Jesu, semper,
Guilherme Welte.

domingo, 20 de novembro de 2011

LITURGIA DA FESTA DE CRISTO REI - 20/11/2011



"VINDE, BENDITOS DE MEU PAI!"
A Festa de Cristo Rei do Universo evoca a justiça de Deus e a esperança que os povos todos nele colocam. Ao invocar a realeza de Cristo, a Igreja, como mãe, ressalta a importância do poder-serviço, nele manifestado, convidando as sociedades para a atenção e o cuidado com os mais fracos.

JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
1ª Leitura: Profecia de Ezequiel 34, 11-12.15-17
Salmo:  22
2ª Leitura: São Paulo aos Coríntios 15, 20-26.28
Evangelho: Mateus 25, 31-46
  
EVANGELHO – MATEUS 25, 31-46
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: "Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso.

Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.

Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar'.

Então os justos lhe perguntarão: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?'

Então o Rei lhes responderá: 'Em verdade eu vos digo que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!'

Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não me fostes visitar'.

E responderão também eles: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?'

Então o Rei lhes responderá: 'Em verdade eu vos digo: todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!'

Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna".

Palavra da Salvação – Glória a vós, Senhor.

HOMILIA – Padre Queiroz
No Evangelho de hoje, Jesus nos pede para sermos misericordiosos. E explica o que isso significa: Não julgar ninguém, não condenar ninguém, perdoar a todos que nos ofendem e partilhar os nossos bens com os que precisam.

O exemplo ou modelo que ele nos apresenta é o próprio Deus Pai, que nos perdoa, nos ajuda e é misericordioso conosco.

Misericórdia é a compaixão suscitada pela miséria alheia. Vem do latim: “mittere + cor” = Jogar o coração. Misericórdia é mais que simples sentimento de compaixão. É a compaixão levada à ação; é fazer alguma coisa para ajudar a pessoa da qual sentimos compaixão.

A pessoa misericordiosa “tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Sempre descobre o lado bom das pessoas. Afinal, todos nós, mesmo os maiores criminosos, no fundo, somos bons, pois fomos criados por Deus e ele só faz coisas boas.

No catecismo, as crianças decoram as catorze obras de misericórdia, sete corporais e sete espirituais. As corporais são: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar abrigo aos peregrinos, visitar os doentes e encarcerados, libertar os escravizados e sepultar os mortos. Elas seguem, quase literalmente, Mt 25,31-46, onde Jesus nos diz o que vai cobrar de nós no Juízo Final. Portanto, se trata de coisa séria, pois está em jogo a nossa salvação.

As espirituais são: dar bom conselho, ensinar os que não sabem corrigir, os que erram, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar as fraquezas do próximo e orar pelos vivos e falecidos.

A pessoa misericordiosa tem um amor compreensivo. É muito comum essas pessoas usarem a expressão: “Coitado!”

“Perdoai e sereis perdoados.” É o que rezamos no Pai Nosso: “Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Todos nós somos pecadores e temos dívidas com Deus. Só entraremos no céu se ele nos perdoar. Acontece que o perdão de Deus a nós é do tamanho do nosso perdão aos nossos irmãos.

O perdão faz feliz não só quem é perdoado, mas também quem perdoa. Quanto mais reconhecemos que somos pecadores, mais sentimos a necessidade de perdoar os outros, a fim de sermos também perdoados por Deus. Temos dois caminhos: ou abrimos o nosso coração à generosidade e à misericórdia, ou nos fechamos na nossa própria mesquinhez e intransigência.

“Dai e vos será dado. Uma medida calcada, sacudida e transbordante será colocada no vosso colo.” Jesus usa como comparação a medida de grãos, usada nos armazéns antigos. Por exemplo, se uma pessoa queria comprar cinco litros de feijão, o balconista enchia a vasilha de cinco litros, depois sacudia (abaixava um pouco), socava (abaixava mais), em seguida punha mais feijão até derramar. Isso é generosidade! É assim que Deus faz para recompensar as nossas obras de misericórdia.

Jesus, quando estava na cruz, deu-nos um belo exemplo de amor misericordioso, quando rezou: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem!” Também quando disse ao bom ladrão: “Ainda hoje estarás comigo no paraíso”. Que exemplo para nós!

Não temos outra opção: ou aceitamos os outros com as suas limitações humanas, ou nos fechamos na nossa pequenez e egoísmo. Está aí uma grande oportunidade de conversão nesta quaresma.

E não vale o “perdôo mas não esqueço”, porque seria perdão pela metade. Se a fraqueza cometida por nosso irmão chegar à nossa memória, que seja rebatida com a virtude da misericórdia.

Sobre a Campanha da Fraternidade – economia e vida – lembramos que justiça não é “dar a cada um o que lhe pertence” ou “pagar pelo trabalho que fez”, mas é dar a cada um o necessário para viver dignamente. Que os bens que vêm de Deus sejam distribuídos para todos os seus filhos e filhas, sem excluir ninguém. Economia significa, literalmente, administração da casa. Que esta grande casa de Deus, o planeta terra, seja bem administrado, colocando a vida em primeiro lugar. Há cidades que estão usando, em vez do conhecido saquinho de supermercado, sacolas de papel, que são biodegradáveis e não poluem a natureza. Que a economia esteja a serviço da vida, não o contrário, a vida a serviço da economia.

Havia, certa vez, um operário de construção que todos os dias comia a mesma coisa: sanduíche de queijo. Os outros operários esperavam com alegria o toque da sirene para o almoço, quando se dirigiam ao galpão, onde haviam guardado suas refeições. Uns esquentavam, outros não. Quase sempre feijão, arroz e um pedaço de carne. Todos comiam com visível prazer. Mas aquele trabalhador comia seu sanduíche de queijo reclamando. Todos os dias ele dizia: “Detesto sanduíche de queijo”. Comia silenciosamente e no final amassava o papel, jogava-o no lixo e repetia a ladainha: “Detesto sanduíche de queijo”.

Um dia, um dos colegas sugeriu: “Por que você não pede a sua esposa que faça um sanduíche diferente?” Ele respondeu: “Quem disse que é a minha esposa quem prepara o sanduíche? Sou eu mesmo que o preparo”.

Já pensou? Cada um colhe aquilo que planta; cada um come o sanduíche que preparou. À semelhança desse caso, muitas vezes as nossas desavenças nascem de nós mesmos. Somos nós que fazemos uma imagem do outro, que não corresponde à realidade. Depois começamos a nos desentender com o próximo, baseados numa imagem dele que nós mesmos criamos.

Maria Santíssima, no Magnificat, cantou a misericórdia de Deus: “A sua misericórdia de estende de geração em geração”. “Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve!”

Perdoai e sereis perdoados.

ORAÇÃO
Deus eterno e todo poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, Rei do Universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente.  Amém!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

TROCO CINCO AVE-MARIAS POR UM CARRO. TRATAR AQUI!


Reproduzo um artigo publicado no Site “O Catequista” para que nossos visitantes façam reflexões sobre o assunto que está degringolando pra ser um balcão de negócios com Deus!

TROCO CINCO AVE-MARIAS POR UM CARRO. TRATAR AQUI!
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Que atire a primeira pedra quem nunca fez uma promessa. Os pedidos vão desde os mais urgentes, como a cura para uma doença, até os mais caras de pau, como ganhar um carro. Mas o fato é que todos são justos, na medida em que Deus é nosso Pai e, como bons filhos, podemos mesmo pedir tudo a Ele.  Mas… nem sempre nossos pais nos dão aquilo que pedimos.  E raramente estamos dispostos a receber aquilo de que realmente precisamos.  Afinal, é muito mais fácil pedir mesada do que trabalhar, não é?

Mas seja qual for o seu pedido, o recado é: faça por merecer.  Não adianta querer pedir pra um santo resolver a sua prova de matemática se você deixou de estudar pra ir ao show do Justin Bieber (na verdade, só por isso você deveria tirar zero pelo resto do ano).  Também não adianta pedir pra Santa Edwiges pagar suas contas, se você gastou os tubos em bebidas ontem na balada, ou estourou o limite do seu cartão de crédito comprado calcinha da Victoria Secret.

Mesmo diante dos nossos pedidos malucos, Deus sempre nos atende.  Mas nem sempre do jeito que pensamos. Por exemplo, é mais fácil Ele deixar você tirar um zero na prova do que lhe dar cola.  Afinal, um bom pai iria preferir ensinar ao seu filho o valor do estudo.  Desta forma, Ele vai lhe ajudar muito mais.

O problema é que quando fazemos nossas promessas, em geral estabelecemos uma troca, do tipo: eu rezo uma Ave-Maria e o Senhor me dá… vejamos… um carro! Que tal?  E nem pensar em me dar qualquer outra coisa!  Afinal, tô pagaaaaaaado…

Só que não é assim que a banda toca.  Ninguém manda em Deus.  Muito menos na base do troca-troca.

Mas então, não devíamos fazer promessas?  Evite.  Mas se fizer, não entenda isso como um escambo divino. Na verdade, você deve fazer sacrifícios.  Em outras palavras, você deve estudar para a prova e oferecer a Deus aquele esforço de estudar, renunciando ao seu futebol com os amigos, pedindo a Ele que lhe dê forças para continuar, e que depois lhe ajude a lembrar-se de tudo o que está estudando.  Pode ter certeza: Deus vai premiar o seu esforço. Isso se chama voto.

Agora talvez você se pergunte: mas, se “contratar serviços” de Deus em troca de presentinhos e orações não é legal, porque algumas igrejas(como a própria Basílica de Aparecida) têm salas só pra guardar aquelas velas enormes e mais um monte de coisas que as pessoas levam até lá(tipo… cabeças gigantes de cera)?  É simples: porque estas coisas não são pagamentos pelos serviços de Deus – ou ao menos não deveriam ser –, mas são sinais concretos da gratidão das pessoas pelas graças alcançadas!

Esses objetos recebem o nome de ex-votos: significa que eram votos, mas já se realizaram. Ou seja, as pessoas ofereceram seus sacrifícios pedindo algo a Deus (voto) e após alcançarem, demonstram sua gratidão ao Pai.  Assim, testemunham a todos que os seus votos se tornaram realidade (daí ganharem o prefixo EX, como ex-namorada, ex-chefe etc.).

Em suma, é justo, após receber uma graça, oferecer algum objeto, oração ou sacrifício como testemunho de gratidão a Deus, mas não é legal ficar tentando estabelecer com o Altíssimo trocas do tipo “se o Senhor fizer isso pra mim, eu faço tal coisa pra te agradar”. Devemos buscar agradar a Deus sempre, Ele fazendo a nossa vontade ou não.

Então, meu amigo… agora que você já entendeu que malandragem não cola com Deus, trate de estudar, economizar, ser responsável… E, sobretudo, tenha fé e certeza de que seu Pai está vendo o seu esforço. Ele saberá segurar a sua mão e apoiá-lo sempre que for necessário!