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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Alemanha: como a Igreja combate a pedofilia?



Stephan Ackermann, 49 anos, bispo de Trier, é delegado da Conferência Episcopal Alemã para o dossiê dos abusos do clero. Um papel criado em 2010, quando, na Alemanha, explodiu o escândalo da revelação de milhares de abusos perpetrados em prestigiados colégios religiosos. Confira a entrevista.
Dom Ackermann, por que um "delegado nacional" para a luta contra os abusos?
Queríamos dar um rosto ao compromisso do episcopado. Naturalmente, todo bispo é autônomo nas suas responsabilidades. Digamos que nos foi dada a tarefa de lembrar às dioceses as nossas diretrizes e exortar à sua realização.
Diretrizes que preveem pessoas referências aos abusos em todas as dioceses.
A referência, obrigatoriamente, não deve fazer parte da direção diocesana para não dar origem a conflitos de papéis. Às vezes, o padre corre o risco de defender exclusivamente o padre. Por isso, é bom que haja pessoas terceiras. Depois, há os encarregados aos quais a vítima pode se voltar para assinalar o seu caso. Os avisos divulgados pela diocese de Trier, também via Internet, indicam uma mulher, jurista, e um psicólogo-teólogo. São as pessoas as quais se pode assinalar casos suspeitos. É um sistema que funciona bem. Cada vez mais pessoas estão se pronunciando.
Na tempestade de 2010, um de seus coirmãos exclamou: "Sofreremos os efeitos disso por 10 anos...".
Eu não sei quanto tempo vai durar. Foi um choque enorme, um golpe muito forte que sacudiu toda a vida eclesial. Foi posta em risco toda a nossa credibilidade, desacreditando o nosso papel moral. Com o resultado de provocar uma falta de confiança no papel do sacerdote.
Bento XVI reconhece que os abusos abalaram a fé de muitos.
Diante de abusadores, que anunciavam o Santíssimo e distribuíam o Santíssimo na comunhão, como não poderia acontecer que, para muitos, se despedaçasse também a relação com Deus? Mas outros também me dizem: apesar de tudo, eu não perdi a fé.
O que o senhor mais teme?
Mais até do que as polêmicas midiáticas, eu temo a retirada silenciosa dos fiéis. A atitude daqueles que se distanciam se fazer barulho. É um dano profundo.
O senhor não gosta da palavra "abuso". Insiste no termo violência.
É uma terminologia sugerida pelos especialistas e pelas próprias vítimas. Porque "ab-uso" sexual parece deixar transparecer que pode ter havido um "uso" positivo dessas relações. Ao contrário, sempre há violência. Porque, por parte do abusador, não se trata de atração sexual. Aqui não falamos de eros. Trata-se unicamente de poder, de uso violento do poder. Em uma situação assimétrica em que a criança ou o menor é sempre uma vítima, até mesmo no caso hipotético em que ela fosse "atraída" por aqueles que lhe fazem mal.
O senhor também não gosta simplesmente de "vítima".
Acho que é mais correto falar de pessoas atingidas. Os próprios abusados estão cansados de ser chamados constantemente de vítimas. Nos Estados Unidos, se usa um termo duplo, victim-survivors, sobreviventes da violência.
Como vocês fazem a denúncia do culpado?
Não é automática justamente por respeito às pessoas atingidas. Para deixá-las livres para falar. Nós as encorajamos a fazer a denúncia e pressionamos o culpado para que denuncie a si mesmo.
Há situações em que vocês fazem a denúncia?
Nós assumimos a obrigação de informar a polícia e a magistratura em dois casos específicos: o perigo de reiteração do delito e o surgimento de fatos que indiquem a existência de outras vítimas. Em todo caso, os responsáveis pelos abusos não têm mais contato com os menores nem são envolvidos no serviço paroquial regular.
No ano passado, vocês tomaram uma decisão crucial: confiar ao Instituto Criminológico da Baixa Saxônia uma pesquisa sobre eventuais abusos perpetrados em todas as 27 dioceses alemãs de 2000 a 2010 e uma outra investigação em nove dioceses-amostra sobre os eventos de 1945 até hoje.
Permitimos que uma equipe de juristas independentes examinassem os arquivos pessoais de padres, diáconos e religiosos. É algo delicado. Nenhuma outra instituição, nenhum ministério deixa que outros olhem dessa forma em seus próprios documentos. Nós somos os únicos na Alemanha.
Por que vocês decidiram dar esse passo?
Porque, como Conferência Episcopal, queremos entender melhor o que ocorreu. Descobrir o que aconteceu. Olhar a realidade de frente.
Vocês também têm um sistema de indenizações?
Decidimos isso no ano passado. Não são um fato jurídico, são chamados de "reconhecimento material da injustiça sofrida" [de 5.000 euros ou mais]. Mas quem paga é o autor do delito e a diocese ou a ordem religiosa. Nós, na sede central, apenas formulamos uma proposta de indenização. É importante que o responsável reconheça a sua culpa e pague. Mas há quem recuse o dinheiro dizendo: "Seria como me prostituir".
Quantos pedidos vocês já receberam até agora?
Cerca de 1.100. À parte estão os custos de terapias individuais ou de casais. Além de nós, Estados, regiões e Igrejas criaram um Fundo especial para as Crianças dos Internatos, financiado com 120 milhões de euros.
Se o senhor tivesse que fazer um balanço: em que ponto a Igreja está hoje?
Entre polêmicas e suspeitas, a nossa credibilidade ainda é fraca. Um bispo norte-americano diz que sobe e desce como a maré. Estamos a caminho. Trata-se de saber se deparar com as deficiências e as culpas da Igreja sem subestimar os crimes, querendo encontrar a verdade.
Há alguma questão que se imponha?
Devemos nos perguntar: o que é a Igreja? Certamente, o milagre do amor de Cristo para com a sua Igreja permanece, mas também é preciso um olhar desencantado para a Igreja na sua existência real.
A reportagem é de Marco Politi, publicada no jornal Il Fatto Quotidiano, 24-06-2012.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

1ª FESTA JUNINA MFC JOVEM



O 1º Arraiá do MFC Jovem de Curitiba que aconteceu no último sábado dia 23/06 na Paróquia de Nossa Senhora de Salette foi um sucesso! A comunidade e os Mefecistas puderam aproveitar de muitas guloseimas, quentão, brincadeiras e boa música. Já tem gente pedindo para reservar o convite para a festa do ano que vem para garantir a diversão. Fica aqui registrado o nosso agradecimento à todos que participaram deste evento e principalmente à todos que trabalharam com carinho para que tudo ficasse perfeito. Mais uma vez o MFC Jovem provou que veio para fazer diferença.

domingo, 24 de junho de 2012

LITURGIA DA NATIVIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA - 24/06/2012




  
 
“EU NÃO SOU AQUELE
QUE PENSAIS QUE EU SOU!”
Festa de São João Batista, o filho de Zacarias e de Isabel. É o maior de todos os profetas, porque sua missão foi preparar a vinda e indicar a presença do Verbo encarnado no meio dos homens. Exerceu a sua missão com muita honestidade e não permitiu que ninguém o endeusasse. Que seu exemplo nos estimule a cumprir a nossa missão, sem jamais pretender ser o que não somos.

NATIVIDADE DE
SÃO JOÃO BATISTA
1ª Leitura: Is 49,1-6
Salmo Responsório:  138
2ª Leitura: At 13,22-26
Evangelho: Lc 1,57-66.80

EVANGELHO
LUCAS 1,57-66.80

57Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho.58Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. 59No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. 60A mãe, porém, disse: “Não! Ele vai chamar-se João”.

61Os outros disseram: “Não existe nenhum parente teu com esse nome!”62Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. 63Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: “João é o seu nome”. E todos ficaram admirados. 64No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judeia. 66E todos os que ouviam a notícia ficavam pensando: “O que virá a ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele. 80E o menino crescia e se fortalecia em espírito. Ele vivia nos lugares desertos, até o dia em que se apresentou publicamente a Israel.

— Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

HOMILIA
Dom Henrique Soares da Costa
Bispo Auxiliar de Aracaju-Sergipe

“SÃO JOÃO BATISTA”

Além da Virgem Maria Mãe de Deus, Nossa Senhora, de nenhum outro santo a Igreja celebra o nascimento, a não ser São João, chamado Batista, batizador. Dele, Jesus fez o maior elogio jamais feito pelo Salvador a alguém: “Em verdade vos digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior que João, o Batista” (Mt. 11,11). Por isso, caríssimos, a hodierna solenidade!

Que lições, que meditações, que exemplos poderíamos colher nesta Festa, tendo escutado a Palavra que nos foi anunciada? Sugiro-vos três, que alimentem o coração, afervorem o desejo de colocar-se ao serviço do Senhor e nos conduzam à herança eterna.

Primeiro. A primeira leitura da Liturgia nos fez escutar a profecia de Isaías, colocando as palavras do profeta na boca de João Batista: “O Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome... fez de mim uma flecha aguçada e disse-me ‘Tu és meu servo, em quem serei glorificado’” E o salmo de meditação fez eco a tão bela idéia: “Senhor, vós me sondais e conheceis. Fostes vós que me formastes as entranhas/ e no seio de minha mãe vós me tecestes./ Até o mais íntimo me conheceis;/ nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis,/ quando eu era modelado ocultamente,/ era formado nas entranhas subterrâneas!” O que aparece aqui, caríssimos em Cristo, é que viemos a este mundo não por acaso, não sem um propósito. Somos todos fruto de um sonho de Deus, fomos todos misteriosamente chamados à vida: o Senhor pensou em nós, nos chamou, nos plasmou – e aqui estamos! O nascimento que hoje celebramos, do filho de Zacarias e Isabel, foi fruto do desígnio amoroso do Pai, que pelo Filho Jesus e para o Filho Jesus, na força do Espírito Santo, plasmou João. Por isso seu nome é tão verdadeiro: “Iohanah”, em hebraico: Deus dá a graça! Ele mesmo, João, já é uma graça de Deus para seus pais e para todos os que esperavam a salvação de Israel.

Hoje, quando um mundo insensível e descrente já não reconhece que a vida é um mistério de amor, é um chamado de Deus, quantos são abortados, quantos deixados de modo indigno e imoral no frio congelamento dos laboratórios de procriação artificial: lá esquecidos, lá manipulados em inaceitáveis experiências pseudo-científicas! Nós, que ouvimos a Palavra de Deus; nós, que nos alegramos com este nascimento, nunca esqueçamos: toda vida humana é sagrada do primeiro ao último instante do nosso caminho terreno. É imoral, perverso e desumano um governo que reduz a questão do aborto a problema de “política pública”. Um dia esses senhores irão prestar contas a Deus. Será mesmo que Deus aceitará este argumento, que não passa de disfarce para matar? Que o Senhor nos ajude a defender a vida, a gritar por ela! Que o Senhor também nos dê a sabedoria para descobrir e experimentar que a nossa vida – por quanto pobre e pequena – também e preciosa! Que hoje eu me pergunte: Qual o propósito da minha existência? Já o descobri? Já me conformei a ele? Vosso sou, Senhor, de vós nasci e para vós nasci! Que quereis fazer de mim?

Segundo. Ainda que a vida nossa seja fruto do amor do Senhor, isso não significa facilidades. João deveria preparar o caminho do Messias, do Cristo de Deus. E isto iria custar-lhe: “Eu disse: ‘Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus me dará recompensa’” O grande desafio da nossa vida de crentes é viver na presença de Deus, é ser fiel à sua santa vontade e à missão que ele nos confiou. Ser fiel à missão custou a João: a dureza do deserto, as incompreensões dos inimigos, a trama de Herodíades, a dificuldade de perceber a vontade Deus (basta recordar João perguntando a Jesus: “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar um outro?”- Mt. 11,3) e, finalmente, o aparente abandono, o aparente absurdo do silêncio de Deus, na solidão e na morte naquele cárcere. O que manteve João fiel até o fim? A confiança no Senhor, a capacidade de deixar-se guiar por Deus, sem querer ele mesmo controlar sua vida! Grande João! Fiel João! Pobre de Deus, João! Que exemplo para nós, tanta vez tentados a fazer da vida o que bem queremos, como se nascêssemos de nós mesmos e vivêssemos para nós mesmos! “Quer vivamos quer morramos, pertencemos ao Senhor! (Rm. 14,8)”

Terceiro. Certa vez São Paulo escreveu: “Nenhum de nós vive para si...” (Rm. 14,7) Desde o ventre materno, o Senhor chamou João para ser o que prepara o caminho, o que vem antes, o “pré-cursor” Toda a sua existência foi “precursar”! No terceiro evangelho isso aparece de modo comovente: anuncia-se o nascimento de João e depois o de Jesus; narra-se a natividade de João e a seguir a do Messias; apresenta-se o ministério de João e, após sua prisão, o do Salvador; finalmente, narra-se a morte de João, prenúncio da morte do nosso Senhor! Eis! Não é fácil não viver para si, não é fácil deixar que Outro seja o centro! E, no entanto, como diz a segunda leitura, “João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Depois de mim vem Aquele, do qual nem mereço desamarrar as sandálias’”; “É necessário que ele cresça e eu diminua!” Santo profeta João Batista: sendo humilde, foi o maior dos nascidos de mulher; sendo totalmente preso à sua missão de modo fiel e constante, foi livre de verdade; sendo todo esquecido de si e lembrado de Deus, foi maduro e feliz! Por isso mesmo, seu nome foi verdadeiro e traduziu perfeitamente seu ser e sua missão: João, Iohanah: Deus dá a graça. E a graça que, para seus pais, foi João no seu nascimento, nas verdade era outra graça: a graça que Deus dá é Jesus, o Messias; graça que João anunciou com seu nascimento, com sua vida, com sua pregação e com sua morte!

Que este grande profeta, o maior do Antigo Testamento, do céu interceda por nós, nascidos do Novo Testamento e, por isso, maiores que João, o Grande Precursor! Amém.

ORAÇÃO
Ó Deus, que suscitastes são João Batista a fim de preparar para o Senhor um povo perfeito, concedei à vossa Igreja as alegrias espirituais e dirigi nossos passos no caminho da salvação e da paz.  Amém!

UM DOMINGO SEM MISSA,
UMA SEMANA SEM DEUS!

Editado por MFC ALAGOAS

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A grande influência do amor de pai



Branco, negro, gordo, magro, católico, protestante, rico, pobre. Não importa quantos fatores sociais, econômicos, culturais ou religiosos difiram entre as pessoas, nós todos temos algo em comum: viemos ao mundo graças a um pai e uma mãe, e o amor deles por nós faz toda a diferença em nossa vida. Segundo um novo estudo, ser amado ou rejeitado pelos pais afeta a personalidade e o desenvolvimento de personalidade nas crianças até a fase adulta. Na prática, isso significa que nossas relações na infância, especialmente com os pais e outras figuras de responsáveis, moldam as características da nossa personalidade.

“Em meio século de pesquisa internacional, nenhum outro tipo de experiência demonstrou um efeito tão forte e consistente sobre a personalidade e o desenvolvimento da personalidade como a experiência da rejeição, especialmente pelos pais na infância”, disse o coautor do estudo, Ronald Rohner, da Universidade de Connecticut (EUA). “Crianças e adultos em todos os lugares tendem a responder exatamente da mesma maneira quando se sentem rejeitados por seus cuidadores e outras figuras de apego.”

E como elas se sentem? Exatamente como se tivessem sido socadas no estômago, só que a todo momento. Isso porque pesquisas nos campos da psicologia e neurociência revelam que as mesmas partes do cérebro que são ativadas quando as pessoas se sentem rejeitadas também são ativadas quando elas sentem dor física. Porém, ao contrário da dor física, a dor psicológica da rejeição pode ser revivida por anos.

O fato de essas lembranças – da dor da rejeição – acompanharem as crianças a vida toda é o que acaba influenciando na personalidade delas. Os pesquisadores revisaram 36 estudos feitos no mundo todo envolvendo mais de 10 mil participantes, e descobriram que as crianças rejeitadas sentem mais ansiedade e insegurança, e são mais propensas a serem hostis e agressivas.

A experiência de ser rejeitado faz com que essas pessoas tenham mais dificuldade em formar relações seguras e de confiança com outros, por exemplo, parceiros íntimos, porque elas têm medo de passar pela mesma situação novamente.

Se a criança está indo mal na escola, ou demonstra má educação ou comportamento inaceitável, as pessoas ao redor tendem a achar que “é culpa da mãe”. Ou seja, que a criança não tem uma mãe presente, ou que ela não soube lhe educar. Porém, o novo estudo sugere que, pelo contrário, a figura do pai na infância pode ser mais importante. Isso porque as crianças geralmente sentem mais a rejeição se ela vier do pai.

Numa sociedade como a atual, embora o nível de igualdade de gênero tenha crescido muito, o papel masculino ainda é supervalorizado e muitas vezes vêm acompanhado de mais prestígio e poder. Por conta disso, pode ser que uma rejeição por parte dessa figura tenha um impacto maior na vida da criança.

Com isso, fica uma lição para os pais: amem seus filhos! Homens geralmente têm maior dificuldade em expressar seus sentimentos, mas o carinho vindo de um pai, ou seja, a aceitação e a valorização vinda da figura paterna, pode significar tudo para um filho, mesmo que nenhum dos dois saiba disso ainda.

E para as mães, fica outro recado: a próxima vez que vocês forem chamadas à escola por causa de algo que o pimpolho aprontou, tenham uma conversa com o maridão. Tudo indica que a culpa é dele! Brincadeiras à parte, problemas de personalidade, pelo visto, podem ser resolvidos com amor de pai. E quer coisa mais gostosa?

terça-feira, 19 de junho de 2012

FESTA JUNINA MFC JOVEM




Narrativas indígenas similares às da Bíblia



A convivência com povos amazônicos, indígenas da região do Nhamundá-Mapuera e do Alto Rio Guamá, por mais de quatro anos, permitiu ao linguista e narratólogo Álvaro Fernando Rodrigues da Cunha identificar semelhanças “inesperadas” entre as narrativas dos índios e histórias bíblicas do Antigo Testamento. A partir dessa constatação, Cunha realizou cruzamentos entre as narrativas se utilizando de uma ferramenta que ele denominou “Teoria em cruzamento para oralidade e escrituralidade”. “Estamos diante de uma nova Teoria para estudos na área de ciências humanas e sociais”, garante o pesquisador. “Depois de aprender a língua daqueles povos, percebi similaridades, inclusive temporais, com 17 narrativas bíblicas. Tratando-se de povos isolados e que não possuem escrita com a Bíblia é algo, no mínimo, intrigante”, considera o linguista, que defendeu sua tese de doutorado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, sobre o tema em questão.

Ele ressalta que no período em que conviveu com os índios, entre 2002 e 2005, eles viviam praticamente isolados da civilização. “Não tenho receio em dizer que as semelhanças podem ser atribuídas a um ‘elo perdido’”, acredita. Segundo Cunha, as narrativas desses povos que habitam a Amazônia têm muita coincidência com as narrativas bíblicas. “Os relatos estão apenas ‘maquiados’ por outras versões existentes noutras culturas”, relata.

Num período do ano de 2004, Cunha conviveu com os tenetehára que habitam o Alto do Rio Guamá, no ramo Ocidental da Amazônia. Lá também foram encontradas semelhanças com as mesmas narrativas do Antigo Testamento. “Já entre os mawayana, onde convivi por cerca de seis meses, pude constatar 14 narrativas semelhantes”, narra o linguista.

As observações e análises de Cunha junto aos índios tiveram início quando ele decidiu descrever em seu estudo de mestrado, também na FFLCH, a fonologia da língua hakitía. Trata-se de uma língua de origem românica falada pela comunidade judaico-marroquina no norte do Brasil. “A origem do idioma é da Península Ibérica e foi mantida na Amazônia, quando judeus chegaram do Marrocos atraídos pelo ‘ciclo da borracha’, nos séculos 18 e 19”, relata o narratólogo.

Mais tarde, já em seu doutorado, Cunha realizou o estudo Narrativa na (língua judaico-marroquina) hakitía, orientado pelo professor Waldemar Ferreira Netto e apresentado no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH. O pesquisador buscava então suas próprias origens. Mas, ao se deparar com as coincidências nas narrativas optou por analisá-las, principalmente porque tem profundo conhecimento do Antigo Testamento.

Os resultados desses estudos constam no livro Teoria de Cruzamento em Oralidade e Escrituralidade, recentemente publicado. “Quando afirmo se tratar de uma nova teoria é porque as análises convencionais são, basicamente, unilaterais. Em meu estudo utilizei cruzamentos redefinindo o Etos [traços característicos de um grupo, do ponto de vista social e cultural, que o diferencia de outros], o que nos fez entender melhor as realidades das narrativas”, descreve o linguista.

Outro fato relevante foi a questão da temporalidade das narrativas. “Em geral, as narrativas indígenas eram localizadas nas mesmas épocas das narrativas bíblicas”, conta Cunha. Ao questionar os índios sobre onde aprenderam as histórias, todos diziam ter aprendido com seus antepassados.

“Os Tenetehára contam que havia um povo perseguido e outro perseguidor. O povo perseguido só poderia passar para o outro lado do rio (igarapé) se soubesse pronunciar, com exatidão, a palavra ‘pirá’ (peixe), na língua dos perseguidores (mawayana)”, exemplifica o linguista. “À medida que os índios perseguidos enfileiravam-se para atravessar o rio (igarapé), os tenetehára lhes perguntavam como se falava a palavra ‘peixe’. Os perseguidos pronunciavam ‘birá’, em vez de ‘pirá’. Só neste dia os tenetehára mataram toda a tribo dos perseguidos”, descreve. Segundo Cunha, trata-se da mesma história bíblica de Juízes 12:5 e 6 – “Então lhe diziam: Dize, pois, Chibolete; porém ele dizia: Sibolete; porque não o podia pronunciar bem; então pegavam dele, e o degolavam nos vaus do Jordão; e caíram de Efraim naquele tempo quarenta e dois mil.”

O linguista afirma que a teoria aplicada em seu estudo pode ser ferramenta útil para as ciências humanas e sociais descreverem e entenderem mais profundamente a noção de cultura, hábitos fundamentais, comportamento, valores, ideias e crenças característicos de uma determinada coletividade, época ou região. “A teoria pode ser aproveitada em outras áreas do conhecimento como direito, psicologia, jornalismo, história, geografia, antropologia, dentre outras. O próximo passo é saber quais as astúcias que as narrativas orais escondem de nós”, conclui.


Nota: Por que evitam ir às últimas consequências e perguntar de onde teriam vindo essas narrativas semelhantes? Se fosse um ossinho fossilizado, com certeza inventariam dezenas de hipóteses. E o que dizer dos relatos do dilúvio universal encontrados em mais de 200 culturas espalhadas pelo mundo, e que coincidem em detalhes mínimos? A tradição adâmica também é evidência de um relato original que se espalhou e foi preservado nas culturas – muitas das quais há muito tempo isoladas. Dizer que todas essas narrativas convergentes se tratam de mitos dos povos é forçar demais a barra. Pelo visto, os evolucionistas que negam a historicidade dos relatos bíblicos terão que revisar seus preconceitos.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

"Padres que cometeram abusos são responsáveis pelo descrédito da Igreja"



O papa Bento XVI disse neste domingo (17) que os "pecados cometidos por sacerdotes e pessoas consagradas contra pessoas confiantes a seus cuidados", das quais "abusaram" em vez de lhes mostrar o caminho a Cristo, "abalaram a credibilidade da mensagem da Igreja".
O pontífice fez essas declarações, referentes aos casos de padres que abusaram sexualmente de crianças na Irlanda, em um vídeo enviado por ocasião do encerramento do 50º Congresso Eucarístico Internacional, realizado nos últimos dias em Dublin.
Bento XVI lamentou que "a gratidão e a alegria por uma história tão grande de fé e amor" como a da Igreja na Irlanda, tenham sido "afetadas de maneira terrível com a divulgação dos pecados cometidos por sacerdotes e pessoas consagradas", em alusão aos casos de abusos sexuais a menores por parte de religiosos nesse país.
"Como se explica que pessoas que recebem regularmente o corpo do Senhor e confessam seus pecados no sacramento da Penitência tenham pecado desta maneira? Continua sendo um mistério. Mas, evidentemente seu cristianismo não estava alimentado pelo encontro com Cristo", declarou.
No último dia 12 de junho, o cardeal Marc Ouellet, legado pontifício no 50º Congresso Eucarístico Internacional, se reuniu com vítimas de abusos sexuais por parte de clérigos, a quem pediu perdão em nome do papa e da Igreja e expressou "vergonha e remorso".
Em 2009 foram divulgados dois relatórios oficiais irlandeses que revelaram que durante décadas centenas de crianças desse país sofreram abusos sexuais por parte de sacerdotes.
Após conhecer estes casos, o papa disse que estava "desolado e angustiado" e que compartilhava com os fiéis a "indignação, a traição e a vergonha" por esses delitos sexuais.

domingo, 17 de junho de 2012

LITURGIA DO 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 17/06/2012





O PRESENTE E O FUTURO
DA PALAVRA SEMEADA!
Jesus falava ao povo usando parábolas. Elas são pequenas comparações tiradas da vida que ajudavam o povo a compreender o mistério da presença do Reino de Deus. Desse modo Jesus plantava no coração humano a verdade e o modo pleno de viver. Construir o Reino, em comunidade, é missão de todos que acolhem a Palavra de Deus e se colocam no seguimento de Jesus Cristo.

11º Domingo Tempo Comum
1ª Leitura: Ez 17,22-24
Salmo Responsório:  91
2ª Leitura: 2Cor 5,6-10
Evangelho: Mc 4,26-34

EVANGELHO
MARCOS 4,26-34

Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra.
27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.
28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga.
29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”.
30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo?
31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra.
32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”.
33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

— Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

HOMILIA
Dom Henrique Soares da Costa
Bispo Auxiliar de Aracaju-Sergipe

“AÇÃO DE DEUS”

Tão simples o evangelho de hoje; tão doce, tão cheio de sabedoria! Estejamos atentos, porque o Senhor nos fala do Reino de Deus, Reino que começa aqui, experimentado quando nos abrimos para o anúncio de Jesus; Reino que será pleno na glória, quando cada um de nós e toda a humanidade, com a sua história, entrar, um dia, na plenitude do coração da Trindade santa.

O que nos diz o Senhor? Diz-nos que o Reino de Deus não é daquelas coisas vistosas, midiáticas, de sucesso humano. O Reino vem de modo humilde e se manifesta nas coisas pequenas... Pequenas como um grãozinho jogado na terra, como uma semente de mostarda, como um brotinho frágil e sem aparente valor... Quantas vezes buscamos os sinais da força de Deus na força humana, nos grandes eventos, nas realidades grandiloquentes. Não, na é aí que se encontra o Reino. O Reino é como o próprio Jesus: aquele brotinho, retirado da ponta da grande árvore da dinastia de Davi... aquele brotinho pobre, da carpintaria de Nazaré, donde nada que prestasse poderia vir... Ah, irmãos! Os modos de Deus, a lógica de Deus, o jeito de Deus! Como tudo é tão diverso de nossas expectativas!

Outra lição de hoje: o Reino vem aos poucos. Inaugurado e plantado definitivamente no chão deste mundo pelo nosso Jesus, ele irá crescendo como a semente, como o grão de mostarda, aos poucos. Somos tão impacientes, gostaríamos tanto que Deus respeitasse nossos prazos. Mas, não! Se os pensamentos do Senhor não são os nossos, tampouco seus tempos são iguais aos da gente! Atentos, irmãos, porque somente perseverará na paciência aquele que souber adequar-se aos tempos de Deus. E Deus contempla o tempo na perspectiva da eternidade e não das nossas pressas... Assim vai o Reino, brotando humildemente na história e no coração do mundo, de um modo que somente quem reza e contempla pode perceber...

Ainda uma outra lição do Senhor: Nós, filhos de um mundo tão pragmático e auto-suficiente, temos tanta dificuldade em perceber a ação de Deus. Coitados que somos! Pensamos que nós é que fazemos, que nós é que somos os sujeitos últimos do mundo e da história! Presunçosa ilusão! É Deus quem, humilde, forte e fielmente, faz o Reino desenvolver-se na potência do Espírito. Que diz o Senhor? "O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece!" Que imagem doce, bela, delicada... Nós, com a graça de Deus, vamos plantando o Reino que Cristo trouxe. Como plantamo-lo? Plantamos quando nos abrimos à graça, plantamos com nosso exemplo, plantamos com nossa palavra, plantamos com nossa ação... Mas, cuidado! É o próprio Deus, com a energia do Santo Espírito, quem faz o Reino crescer: é obra dele, não nossa. São Paulo não nos dizia? Um é o que planta, outro, o que rega, mas é Deus quem faz crescer... É assim, caríssimos, que, num mundo aparentemente esquecido por Deus, Deus vai agindo, tomando nossas pobres sementes e fazendo-as desabrochar no seu Reino, vigor, paciência e suavidade...

Um dia, diz Jesus, chegará o momento da colheita. Haverá um fim na história humana, caríssimos e, então, "todos deveremos comparecer às claras ante o tribunal de Cristo, para cada um receber a devida recompensa – prêmio ou castigo - do que tiver feito na sua vida corporal". Não adiante querer esquecer, de nada serve fingir que não sabemos: aqui estamos de passagem, aqui, vamos semeando o Reino que Jesus trouxe e que Deus mesmo faz crescer; mas, a colheita definitiva não será nesta vida, pois o Reino que começa no tempo, haverá de espraiar-se na eternidade; o Reino que deve fecundar a história somente será pleno e definitivo na glória. Quanta é grande a tentação, hoje em dia, de nos ocuparmos com tantas futilidades, esquecendo que aqui estamos de passagem e somente lá é que permaneceremos para sempre! Como seríamos mais livres, equilibrados, seremos, se recordássemos essa realidade. Como teríamos o cuidado de viver de tal modo, que não perdêssemos o Reino. Sim, caros, porque é possível ficar fora do Reino! Não entrará no Reino quem não permitir que o Reino entre em si. Em certo sentido, não somos nós quem entramos no Reino, mas o Reino que entra em nós! Abrir-se para o Reino, é abrir-se para o Cristo Jesus! Abramo-nos para ele e ele nos abrirá o sue Reino!

Uma última lição de Jesus para nós, hoje: o seu sonho é que todos entrem no seu Reino, naquela casa do Pai, na qual há muitas moradas! É por isso que, na primeira leitura, pousarão todos os pássaros à sombra da ramagem da árvore que é o Messias, e as aves aí farão ninhos. O mesmo Jesus diz do Reino, comparado ao pequeno grão de mostarda que germina e se torna arvora frondosa. Eis, caríssimos, o Senhor nos ama a todos, nos deseja a todos, nos chama a todos! Se lhe dermos ouvidos, se aprendermos o compasso do seu coração, experimentaremos a alegria do Reino já nesta vida, com provações, e, um dia, haveremos de saboreá-lo por toda a eternidade! – Senhor Jesus, dá-nos, pois, a graça de abrir as portas do nosso coração e do coração do mundo para o Reino do Pai que anunciaste e inauguraste! Venha o Reino na potência do teu Espírito que habita em nós e no coração da Igreja! E que através de nós, ele se faça sempre mais presente no mundo. Amém.

ORAÇÃO
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos.  Amém!

UM DOMINGO SEM MISSA, UMA SEMANA SEM DEUS!

Editado por MFC ALAGOAS

segunda-feira, 11 de junho de 2012

PEDIDO DE ORAÇÕES

ANGELA AGUIAR ( MFC CURITIBA)

Queridos Amigos, Irmãos
 
Venho por meio deste pedir-lhes que entrem em oração comigo neste momento.
 
A partir do dia 11/junho começarei um processo de tratamento para esclerose múltipla.
 
Dia 11 começo por uma quimioterapia. Volto para casa.
Dia 15 realizarei um "estímulo com granulokine". Volto para casa.
No dia 19/jun faço a coleta de células tronco pela manhã e ficarei internada por +- 3 semanas.
 
O médico avisou que não posso entrar neste processo pensando que será um "levanta-te e anda...".
Mas estou "segurando nas mãos de Deus e com esperanças de ficar cada vez melhor, pedindo a  cura.
 
Conto com a oração de todos!
 
Desde já agradeço. Com carinho,
 
Angela

domingo, 10 de junho de 2012

LITURGIA DO 10º DOMINGO DO TEMPO COMUM - 10/06/2012


  


JESUS NÃO SE DEIXOU
VENCER PELO DEMÔNIO!
O Senhor nos chama ao seu serviço e unidos a Ele podemos colaborar na obra da criação, da transformação do mundo e da redenção. Assim, animados e fortalecidos pelo Espírito Santo, seguindo o exemplo de Jesus, deixemo-nos conduzir pela vontade do Pai. Guiados pela Palavra da Vida, sejamos construtores do Reino de Deus, lutando e procurando vencer as forças do mal.

10º Domingo Tempo Comum
1ª Leitura: Gn 3,9-15
Salmo Responsório:  129
2ª Leitura: 2Cor 4,13-18-5,1
Evangelho: Mc 3,20-35

EVANGELHO
MARCOS 3,20-35

Naquele tempo, 20Jesus voltou para casa com os seus discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer.21Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.

22Os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Belzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios.

23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído.

27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno”.

30Jesus falou isso, porque diziam: “Ele está possuído por um espírito mau”. 31Nisso chegaram sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”. 33Ele respondeu:

“Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

— Palavra da Salvação.

- Glória a vós, Senhor.

HOMILIA
VIDA CRISTÃ
Província Franciscana da
Imaculada Conceição do Brasil

“OS VERDADEIROS IRMÃOS
E OS ADVERSÁRIOS DE JESUS”

No evangelho de hoje, Mc apresenta a exigência da conversão, da opção pró ou contra Jesus. Tudo gira em redor da pergunta pela origem de seu “poder”: virá do demônio (1ª leitura) ou de Deus?

Esta questão é tratada por Mc num “sanduíche” literário. As fatias externas (3,20-21.31-35) são a tentativa dos parentes de Jesus para desviá-lo de sua pregação messiânica, sob alegação de que ele “está fora de si”, o que equivalia a dizer que ele estava possuído pelo demônio. Quanto à intervenção dos parentes, Jesus explica que sua verdadeira família não é a do sangue, mas a da fé operante: os que fazem a vontade do Pai (3,35). Ficamos chocados porque a mãe de Jesus está incluída entre os parentes. Mas isto acentua ainda mais a mensagem: a mãe de Jesus não tem prerrogativas por causa de seu parentesco carnal, mas por causa da fé (como Lc sugere numa duplicata do presente episódio: Lc 11,27-28).

A fatia central (3,22-30) é a acusação de que Jesus exorciza pelo poder de Beelzebul. A resposta de Jesus contém três elementos. 1) Quanto a seu ”poder”: este não vem do demônio, pois como poderiam o reino ou a casa do demônio ficarem em pé, se fossem divididos? Convite velado para entender que o poder de Jesus vem de Deus e é aquela misteriosa “autoridade” do Filho do Homem, que Mc já apontou na primeira atuação de Jesus (cf. 4º dom. T.C.). 2) Quanto à pessoa de Jesus, uma pequena parábola: se alguém quer arrombar uma casa (esta palavra a liga com a imagem anterior) deve primeiro amarrar o “forte” que está lá dentro. Portanto, aquele que consegue isso, é o “mais forte” título com o qual Jesus tinha sido anunciado pelo Batista (1,7) e imagem messiânica (cf. Is 49,24-25).3) Quanto aos escribas: eles se firmam no próprio pecado do demônio, o orgulho contra o Espírito de Deus. Mc (3,28-30) utiliza aqui uma palavra que aparece, provavelmente num contexto mais original, em Lc 12,10. Em Lc, significa que o que contraria o Filho do Homem (Jesus histórico) pode ser perdoado, mas não o que se faz contra o Espírito Santo, que auxilia os cristãos na perseguição (Lc 12,11-12; a apostasia). Em Mc, significa que tudo pode ser perdoado (por Jesus ou por Deus, cf. Mc 2,10.17), mas não o pecado contra o Espírito Santo, ou seja, a rejeição da força de Deus que se revela na atuação de Jesus, vencendo todo o mal.

A conclusão do conjunto (a segunda fatia do tema dos parentes), forma assim um contraste com a atitude dos escribas, a incredulidade levada a um extremo diabólico: unir-se a Jesus para fazer a vontade do Pai é pertencer à sua “casa”, comunidade de irmãos e irmãs.

A 2ª leitura é a continuação da de domingo passado. Paulo reconhece em Sl 116[115], o Espírito da fé se expressando (é escrito sob inspiração do Espírito):

“Creio, por isso falo”. Tendo este Espírito, Paulo fala: seu testemunho evangélico a respeito da Ressurreição de Cristo e nossa. Isso é o que o toma firme (2Cor 4, 16). Mesmo que agora estejamos na tribulação (vaso de barro!), este “pesar” é leve em comparação com o “peso” da glória (“glória”, kabod, significa “peso”), pois nós enxergamos o que não se vê! A morada em que estamos (a existência neste mundo) será desfeita, mas teremos uma que não é feita com mãos humanas (termos que Cristo usou para anunciar sua ressurreição, cf. Me 14,58).

O espírito global da presente liturgia é o da força de Cristo, em que devemos confiar, para que ela se manifeste em nós também.

ORAÇÃO
Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda.  Amém!

Editado por MFC ALAGOAS

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O significado de Corpus Christi



 
 
 Existe no decorrer do ano, diversas datas que são definidas como feriado, seja, municipal, estadual ou nacional. Geralmente, um feriado sempre é bem vindo; para muitos sinônimo de folga no trabalho e diversão. Mas, há uma questão muito séria que encontra-se por trás de alguns destes feriados, são "dias santos", por conseqüência consagrado há alguma entidade venerada por multidões; estes feriados é uma forma de devotar louvor ou veneração a personagens declarados como "santos" (1Co 10.19,20).
Irmãos queridos somos chamados a uma vida santa (separada) e compromissados com as verdades de Deus que estão expressas de forma clara na Bíblia; o Espírito Santo move e faz-nos ver que é incompatível com a fé verdadeira participar destas consagrações tradicionais em algumas cidades. E, na condição de separados que somos, é sábio declararmos diante das trevas que anulamos em nome de Jesus Cristo, todo poder e autoridade constituída pelos homens às forças espirituais contra nossas vidas. O passo seguinte é procurarmos viver um dia, de muita vigilância e consagração ao Senhor (Mt 26.41), para que não sejamos atingidos pelo inimigo.
Corpus Christi é uma festa ao Corpo de Cristo. É uma data adotada na Igreja Católica, para comemorar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue (O Catolicismo declara que a hóstia, torna-se literalmente em Carne e Sangue do Senhor Jesus).
A seguir, veja como iniciou-se esta comemoração:
A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XII. A Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. Esta necessidade se aliava ao desejo do homem medieval de "contemplar" as coisas. Surgiu nesta época o costume de elevar a hóstia depois da consagração. Disseminava-se uma controvertida piedade eucarística, chegando ao ponto das pessoas irem à igreja mais "verem" a hóstia do que para participarem efetivamente da eucaristia.
A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.
Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter ‘visões’, (que retratavam um disco lunar dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi interpretado como sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia). Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, será o Papa Urbano IV (1261-1264), e tornará mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.
A ‘Fête Dieu’ começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.
A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270.
O ofício divino, seus hinos, a seqüência ‘Lauda Sion Salvatorem’ são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno.
Corpus Christi tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.

O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.
Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse :‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.
Elias R. de Oliveira
Os dados históricos foram colhidos em sites Católicos, facilmente encontráveis na rede.
Este artigo foi colhido no seguinte endereço: http://www.diocesepresidenteprudente.com.br/anuncio-materias-ver.asp?codigo=153