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terça-feira, 31 de março de 2015

Semana Santa: Via crucis, via lucis



Dom Whashington Cruz
Arcebispo de Goiânia (GO)
Celebrações e tradições religiosas levam os católicos às ruas, da Semana Santa à Páscoa. Os dias da Semana Santa e da celebração da Páscoa são os mais importantes do calendário litúrgico da Igreja Católica e mostram um patrimônio cultural e religioso que se conta entre os mais importantes do nosso país.
Fervor e tradição marcam centenas de procissões, juntando milhares de pessoas em volta do mistério da morte e ressurreição de Cristo. Vias-Sacras e autos da Paixão, as procissões do Senhor Morto e outras manifestações arrastam multidões.
Milhares de figurantes procuram reproduzir, o mais fielmente possível, os últimos momentos de vida de Jesus, relatados nos Evangelhos. O Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, publicado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em 2002 sublinham que a piedade popular se compraz na devoção a Cristo Crucificado.
Para a Igreja Católica, contudo, esta semana é apenas a porta de entrada na verdadeira festa, a Páscoa, que se celebra Domingo próximo. A Páscoa é a primeira festa cristã em importância e antiguidade. Não admira, pois, que já no Concílio de Niceia no ano 325, haja prescrições sobre o prazo dentro do qual se pode celebrar a Páscoa, conforme os cálculos astronômicos (primeiro Domingo depois da lua cheia que se segue ao equinócio da primavera): de 22 de março a 25 de abril. Ainda que sem a visibilidade das celebrações que a precederam, em muitos casos, a Páscoa encontra na piedade popular várias expressões que ajudam a traduzir o sentimento religioso, agora mais centrado numa vertente gloriosa. O Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia passa em revista algumas dessas práticas de piedade, antigas e mais recentes: o encontro do Ressuscitado com a Mãe (n. 149); a bênção da refeição familiar (n. 150); a saudação pascal à Mãe do Ressuscitado (n. 151); a bênção anual das famílias em suas casas (n. 152); a “Via lucis” (n. 153); a devoção à divina misericórdia (n. 154); e a novena de Pentecostes (n. 155). Todas essas expressões cultuais “exaltam a condição nova e a glória de Cristo ressuscitado, assim como a força divina que jorra da sua vitória sobre o pecado e sobre a morte” (n. 148).
No Domingo de Páscoa, em muitos lugares, e em alguns locais nos dias seguintes, o sacerdote acompanhado por mais algumas pessoas, transporta o crucifixo e leva à casa dos paroquianos a “boa nova” e a “bênção pascal”. As pessoas da família, amigos e vizinhos reúnem-se e ajoelham na sala principal, onde o padre lhes dá a cruz a beijar. Particularmente relevante no tempo pascal é a vivência da alegria como cristão.

domingo, 29 de março de 2015

Liturgia do Domingo de Ramos - 29/03/2015



 DOMINGO DE RAMOS




PRIMEIRA LEITURA (Is 50,4-7)


Leitura do livro do Profeta Isaías:
4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás.

6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


RESPONSÓRIO (Sl 21)


— Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

— Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem a cabeça: / Ao Senhor se confiou, ele o liberte / E agora o salve, se é verdade que ele o ama!

— Cães numerosos me rodeiam furiosos / e por um bando de malvados fui cercado. / Transpassaram minhas mãos e os meus pés / e eu posso contar todos os meus ossos.

— Eles repartem entre si as minhas vestes / e sorteiam entre si minha túnica. / Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, / ó minha força, vinde logo em meu socorro!

— Anunciarei o vosso nome a meus irmãos / e no meio da assembleia hei de louvar-vos! / Vós, que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores, / glorificai-o, descendentes de Jacó, / e respeitai-o, toda a raça de Israel!


SEGUNDA LEITURA (Fl 2,6-11)


Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses:
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano,8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.

9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


EVANGELHO (Mc 11,1-10)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 1quando se aproximaram de Jerusalém, na altura de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos,2dizendo: “Ide até o povoado que está em frente e, logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um jumentinho que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui! 3Se alguém disser: ‘Por que fazeis isso?’, dizei: ‘O Senhor precisa dele, mas logo o mandará de volta’”.

4Eles foram e encontraram um jumentinho amarrado junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram.

5Alguns dos que estavam ali disseram: O que estais fazendo, desamarrando esse jumentinho?

6Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e eles permitiram. 7Levaram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre ele seus mantos, e Jesus montou.

8Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros espalharam ramos que haviam apanhado nos campos. 9Os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! 10Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!


HOMILIA
Pe. Luiz Carlos de Oliveira, CSsR


SALVE, REI DOS JUDEUS
A entrada de Jesus em Jerusalém não é simplesmente um fato de sua vida, mas é a realização da profecia de Zacarias 9,9 sobre o rei futuro: Eis que teu rei vem a ti, como outrora fizera Davi. O rei monta um jumentinho, não um garboso cavalo de guerra. Ele vem em paz para implantar a paz. Ele mesmo o diz: Se neste dia também tu conhecesses a mensagem de paz. Por não aceitar esta paz, muitos males advirão (Lc 19,42-44). Nesses próximos dias teremos os grandes acontecimentos de nossa Salvação. O Domingo de Ramos é como que uma síntese: O Ressuscitado, que aparece glorificado pelo povo, vai ser crucificado, morto e sepultado. Mas Deus O ressuscitará. A Paixão não é o fim. A cerimônia tem origem primitiva na Igreja de Jerusalém que celebrava os mistérios de Jesus, no lugar em que haviam acontecido. Essa cerimônia passou para toda a Igreja. O povo saúda Jesus:Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso Pai Davi! Hosana no mais alto dos céus (Mc 11,10). É um momento de reconhecer que em Jesus o Reino, iniciado por Davi, agora chega à maturidade: abrir ao descendente prometido que manterá o reino para sempre. Deus prometera a Davi que sua família duraria para sempre. Essa profecia foi realizada em Jesus. O reino de Jesus não é mais um reino terrestre: Em seu processo de condenação à morte, Pilatos pergunta: És o rei dos judeus? Jesus responde: Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, meus súditos teriam combatido para que eu não fosse entregue aos judeusMas meu reino não é daqui (Jo 18,32-36). O mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus é a abertura desse novo e eterno tempo de Deus. Eterno é o reino da justiça, do amor e da paz.

ABRIU-ME OS OUVIDOS
No segundo momento da liturgia de hoje está centrado na reflexão sobre a pessoa de Cristo que é o Servo profetizado por Isaias que carrega sobre si o sofrimento, a dor e a humilhação. A oração da celebração dá-nos um porquê de todo esse momento de sofrimento e dor: … Para dar aos homens um exemplo de humildade, quiseste que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Dai-nos aprender o ensinamento de sua paixão e ressuscitar com Ele em sua glória. Quando se diz exemplo, não é só um modelo a ser seguido, mas há uma união de vida. Ele é o exemplar que devemos realizar em nós. Por isso a leitura de Isaías diz: Ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido para prestar atenção como discípulo. O aprendizado não é só um conceito que aprendemos, mas uma vida que assumimos. Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me (Mc 8,34). O aprendizado une o discípulo ao Mestre para manifestá-Lo.

ESVAZIOU-SE A SI MESMO
Ouvimos a narrativa da Paixão do Senhor. Imensa é a dor, pois imenso é o amor. O amor de entrega que Cristo demonstra, não voltando atrás (Is 50,5), vem desde sua encarnação, como lemos na carta as Filipenses (2,6-11). Despojou-se da demonstração de sua divindade, esvaziou-Se a si mesmo, assumindo a condição de escravo tornando-Se igual aos homens. Humilhou-Se a Si mesmo, fazendo-Se obediente até à morte e morte de Cruz. Por isso Deus o exaltou. A garantia de nossa ressurreição está na certeza de nosso esvaziamento, abnegação e entrega. Assim podemos afirmar como o centurião romano: Na verdade, este homem era o Filho de Deus. Mesmo, sentindo-nos abandonados, temos a confiança que Jesus teve ao dizer: em vossas mãos entrego meu Espírito.


ORAÇÃO

                             
Ó Deus de bondade, aumentai a fé dos que esperam em vós e ouvi as nossas preces. Apresentando hoje ao Cristo os nossos ramos, possamos frutificar em boas obras. Amém!

sábado, 28 de março de 2015

Vaticano aprova a beatificação de Dom Helder Camara

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Menos de um ano depois do pedido de abertura do processo de beatificação do ex-arcebispo de Olinda e Recife, dom Helder Camara, a Cúria Romana enviou carta à Arquidiocese de Olinda e Recife afirmando ter recebido a solicitação. Segundo correspondência expedida pelo prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, cardeal dom Angelo Amato S.D.B., ele aguarda o posicionamento de diferentes dicastérios (departamentos do governo da Igreja Católica que compõem a Cúria Romana) para poder emitir o seu parecer.
Caso o Nihil Obstat (Nada Consta) seja emitido pelo Vaticano, a Igreja Particular de Olinda e Recife terá autorização para iniciar o processo em nível diocesano. Com o aval do Vaticano, dom Helder poderá então ser nomeado Servo do Senhor. A etapa seguinte consiste em reconhecer suas “virtudes heróicas”. Para isso, uma comissão jurídica se reunirá para estudar os textos publicados em vida e analisar os testemunhos de pessoas que conheceram o Dom da Paz.
Em seguida, o relator do processo, nomeado pela Congregação para a Causa dos Santos, elabora um documento denominado “Positio”. Trata-se de um compêndio dos relatos e estudos realizados pela comissão. Assim que aprovado, o papa concede o título de Venerável Servo do Senhor.
O passo seguinte é o da beatificação. Ser beato, ou bem-aventurado, significa representar um modelo de vida para a comunidade e, além disso, que essa pessoa tem a capacidade de agir como intermediário entre os cristãos e Deus. Depois disso, ainda é preciso passar por mais uma fase: a canonização.
Para ser proclamado santo é imprescindível a comprovação de um milagre, que deve ocorrer após sua nomeação como beato.
Perfil
Dom Helder Camara nasceu em 7 de fevereiro de 1909, em Fortaleza, e  teve 12 irmãos. Após entrar muito jovem no Seminário da capital do Ceará, se tornou padre aos 22 anos.
O primeiro momento da vida religiosa de dom Helder foi marcado pela militância junto a instituições políticas conservadores, como a Ação Integralista Brasileira, entre 1932 e 1937. Mais tarde, o religioso considerou a participação como um erro da juventude. Já radicado no Rio de Janeiro desde 1936, passou a optar por um trabalho assistencialista, quando fundou departamentos da Igreja voltados para atender os mais necessitados.
Após longo período atuando na então capital do Brasil, dom Helder foi nomeado para o Maranhão. Com a morte do arcebispo de Olinda e Recife, é mandado para Pernambuco, onde desembarcou em 12 de abril de 1964, poucos dias após o golpe militar. Na capital pernambucana, o religioso desembarcou em meio a uma relação conturbada entre Governo do Estado e Igreja.
Dois dias após a posse, dom Helder lançaria, juntamente com outros 17 bispos nordestinos, um manifesto à Nação, pedindo liberdade das pessoas e da Igreja. O primeiro grande atrito, entretanto, ocorreu em agosto de 1969, quando o arcebispo foi acusado de demagogo e comunista, por ter criticado a situação de miséria dos agricultores do Nordeste.
A partir de então, dom Helder sofreu represálias, inclusive com sua casa metralhada, assessores presos e com a morte de Padre Antônio Henrique, que foi assassinado. Em 1970, quando dom Helder teve o nome lembrado para o Prêmio Nobel da Paz, o governo brasileiro promoveu uma campanha internacional para derrubar a indicação, já que ele denunciava a prática de tortura a presos políticos no Brasil. Também em 1970, os militares chegaram a proibir a imprensa de mencionar o nome do Arcebispo de Recife e Olinda.
Dom Helder comandou a Arquidiocese de Olinda e Recife até o dia 10 de abril de 1985, quando – por atingir a idade limite de 75 anos – foi substituído pelo arcebispo dom José Cardoso Sobrinho.  Ele morreu em sua casa, no Recife, em 27 de agosto de 1999, devido a uma insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Catedral São Salvador do Mundo, em Olinda.
Pelo seu trabalho em defesa dos direitos humanos, dom Helder recebeu vários prêmios internacionais, como Martin Luther King, nos Estados Unidos, 1970, e o Prêmio Popular da Paz, na Noruega, 1974.  O religioso é autor de 22 livros, a maioria ensaios e reflexões sobre o terceiro mundo e a Igreja.
Da Assessoria de Comunicação

quinta-feira, 26 de março de 2015

Em discurso, Papa Francisco condena a Corrupção

O papa Francisco cumpriu agenda com vários compromissos durante visita pastoral a Nápoles, no dia 21. Em sua chegada à Pompeia, foi recebido pelo arcebispo local, cardeal Crescenzio Sepe. No discurso, Francisco condenou com firmeza a corrupção e a máfia.

No Santuário de Pompeia, o pontífice rezou diante da imagem de Nossa Senhora do Rosário, recitando uma pequena súplica, extraída da histórica oração, composta por São Bartolo Longo, em 1875.
“Mãe e modelo da Igreja, tu és nossa guia e sustento seguro. Tu nos tornas um só coração e uma só alma, povo forte a caminho para a pátria do céu. Nós te apresentamos as nossas misérias, os tantos caminhos do ódio e do sangue, as antigas e novas pobrezas, sobretudo os nossos pecados. A ti confiamos, Mãe de Misericórdia! Obtém-nos o perdão de Deus! Ajuda-nos a construir um mundo, segundo o teu coração”, rezou o papa.
Ao lado de fora da Basílica, o papa falou para a multidão de fiéis que o aguardava para saudá-lo, antes de seguir para Nápoles. “Muito obrigado, muito obrigado por esta calorosa acolhida. Todos rezamos a Nossa Senhora para que nos abençoe, a nós todos, a vocês, a mim, ao mundo inteiro. Precisamos que Nossa Senhora nos proteja em tantas coisas. Rezem por mim, não se esqueçam”, agradeceu o papa Francisco.
Cuidar da vida
No período da manhã, o papa encontrou-se com a população local e representantes de setores sociais na praça João Paulo II. Em seguida, celebrou missa na praça Plebiscito. O papa visitou, ainda, o presídio “Giuseppe Salvia” em Poggioreale e almoçou com um grupo de detentos. À tarde, teve encontro com o clero, religiosos e diáconos permanentes na catedral, para veneração das relíquias de São Gennaro. O papa também abençoou os doentes na Basílica de Jesus Novo. 
O último compromisso do papa Francisco em Nápoles foi encontro com os jovens. Na ocasião, encorajou-os a seguirem adiante com esperança e sempre junto com os idosos, pois estes são a sabedoria de um povo.

“Um povo que não cuida dos idosos e dos jovens não tem futuro”, disse o papa. Ao responder a perguntas dos jovens, pediu que tenham mais esperança no futuro, cuidado com os idosos e amor à família. Disse ser possível plantar sementes de esperança em meio a dificuldades que se vive hoje e indicou o caminho: “A crença no Deus que é o Deus das palavras, dos gestos e do silêncio. Existem alguns silêncios de Deus que não têm explicação se você não buscar a resposta no Crucifixo”, afirmou o papa.
Ao final, durante cerimônia de despedida de Nápoles, foi questionado por uma senhora de 95 anos sobre realidade de abandono dos idosos pela sociedade. Francisco lembrou que “descartável” é um termo-chave na sociedade atual, acostumada a se desfazer do que não tem utilidade.
“O afeto é o remédio mais importante para o idoso”, disse Francisco, lembrando que todos precisam de afeto. Ele também convidou os filhos que têm pais idosos a fazerem um exame de consciência e a estarem cientes de que vão colher aquilo que semearem.
Com informações e fotos do News.va

terça-feira, 24 de março de 2015

Mensagem de Dom Peruzzo


Parece-me que qualquer mensagem para quem chega está bom, mas eu não gostaria por causa disso, de tornar as coisas facilitadas, o que eu gostaria é que mais do que deixar uma mensagem aos outros eu gostaria de dizer a mim, de maneira pública, que eu quero ouvir bastante, não estabelecendo tempos, 6 meses para ouvir e depois vamos fazer, não isso. Eu quero ouvir muito. Mas ao mesmo tempo, ouvir não significa apenas uma atitude do acadêmico que quer analisar o que encontra, não isso. Ouvir como quem quer partilhar, vamos falar assim: conhecer e deixar me conhecer, não estabelecendo prazos mas de novo, não atos, atitudes, qual é a diferença? O ato é aquilo que eu faço agora, a atitude é aquela predisposição interior que me inspira a atos, é desde dentro que a gente começa a olhar para fora e não o inverso, então vamos deixar a parte interior bem sensibilizada como aquilo que é verdade evangelizadora e que se faz ver. Aí é necessário contato, ir às paróquias, ouvir os padres, deixá-los falar e perceber lá onde há belas experiências evangelizadoras que sejam também inspiradoras.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Tradicional feijoada do MFC Curitiba


No dia 16 de maio (sábado), o Movimento Familiar Cristão de Curitiba fará mais uma edição da sua tradicional feijoada. Assim como o ano passado, o nosso evento será no salão de festas da Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Rua Omílio Monteiro Soares, 847, Fanny). O valor do convite é de R$30,00 (Trinta Reais) por pessoa e já estarão a disposição na próxima reunião da ECCI.

Da mesma forma como ocorreu na noite das sopas, serão utilizados os jogos americanos com publicidade. Se você conhece empresas, que desejam associar sua marca ao MFC Curitiba, entre em contato com a coordenação. A empresa também terá destaque nos telões no dia da feijoada e a divulgação por dois meses no boletim informativo "Em movimento".

Aos MFCistas, que gostariam de nos ajudar, precisaremos de ajuda no preparo, para servir e principalmete para a limpeza após o evento. Vamos mais uma vez fazer a diferença, sua ajuda é muito importante.

domingo, 22 de março de 2015

Liturgia do 5º Domingo da Quaresma - 22/03/2015


5º DOMINGO DA QUARESMA




PRIMEIRA LEITURA (Jr 31,31-34)


Leitura do Livro do Profeta Jeremias:
31Eis que virão dias, diz o Senhor, em que concluirei com a casa de Israel e a casa de Judá uma nova aliança; 32não como a aliança que fiz com seus pais, quando os tomei pela mão, para retirá-los da terra do Egito, e que eles violaram, mas eu fiz valer a força sobre eles, diz o Senhor.

33Esta será a aliança que concluirei com a casa de Israel, depois desses dias, — diz o Senhor: — imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de escrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão o meu povo. 34Não será mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor! Todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


RESPONSÓRIO (Sl 50)


— Criai em mim um coração que seja puro!

— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!/ Na imensidão de vosso amor, purificai-me!/ Lavai-me todo inteiro do pecado,/ e apagai completamente a minha culpa!

— Criai em mim um coração que seja puro,/ dai-me de novo um espírito decidido./ Ó Senhor, não me afasteis de vossa face/ nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

— Dai-me de novo a alegria de ser salvo/ e confirmai-me com espírito generoso!/ Ensinarei vosso caminho aos pecadores,/ e para vós se voltarão os transviados.


SEGUNDA LEITURA (Hb 5,7-9)


Leitura da Carta aos Hebreus:
7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido por causa de sua entrega a Deus.

8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


EVANGELHO (Jo 12,20-33)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 20havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém, para adorar durante a festa.21Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: Senhor, gostaríamos de ver Jesus.

22Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus. 23Jesus respondeu-lhes: Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. 24Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto. 25Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna.26Se alguém me quer seguir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. 27Agora sinto-me angustiado. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora?’ Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. 28Pai, glorifica o teu nome!

Então veio uma voz do céu: Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!

29A multidão, que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: Foi um anjo que falou com ele.

30Jesus respondeu e disse: Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. 31É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, 32e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim.33Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!


HOMILIA
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília


O tempo quaresmal está passando e a Semana Santa se aproxima. É preciso refletir sobre como estamos vivendo a Quaresma. Não deixe passar em vão este tempo especial da graça de Deus. O Evangelho vai nos introduzindo na meditação da Paixão do Senhor. Jesus fala de sua morte, do grão de trigo que morre para gerar vida, produzindo muito fruto. Ele sente-se angustiado, antecipando o que vai se passar no Jardim das Oliveiras (Getsêmani). Contudo, a hora a que Jesus se refere, sua paixão e morte, não se reduz ao sofrimento humano. É a hora da glorificação do Pai pela fidelidade do Filho até o fim, elevado na cruz. É a horada glorificação pela vitória de Cristo sobre o chefe deste mundo, sobre o pecado e a morte. Segundo a  Carta aos Hebreus, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna (Hb 5,9).

Por meio da morte e ressurreição de Jesus, acontece a nova Aliança. A profecia de Jeremias (Jr 31,31-34), proclamada na primeira leitura, é um dos mais importantes textos sobre o tema da Aliança. Ele ressalta que a nova Aliança é bastante diferente da antiga. A lei do Senhor será inscrita no coração e não mais em tábuas de pedra. O realizador será o Messias. Enquanto Moisés se limita a promulgar a antiga Aliança, Jesus realiza a nova por sua morte e ressurreição. Ao invés do sacrifício de cordeiros, é o sangue de Jesus, o cordeiro imolado na cruz, que sela a nova Aliança, eliminando os sacrifícios antigos.

O Evangelho se refere também aos gregos que procuraram os discípulos para ver Jesus. Queremos ver Jesus (Jo 12,21), pedem eles. Aqueles gregos, estrangeiros em Jerusalém, representam inúmeras pessoas que também hoje querem ver Jesus, necessitam dele, mas não conseguem chegar até ele. Os discípulos de hoje devem ajudar as pessoas a encontrar Jesus. Para tanto, é preciso ter um coração missionário, ser uma comunidade missionária; ir ao encontro dos que estão fora da comunidade ou dos que mais sofrem para compartilhar com eles a alegria do Evangelho. Entretanto, não basta verJesus. É preciso acolher a sua palavra que nos convida a ser também o grão de trigo que se consome em favor dos irmãos, para produzir muitos frutos. Quando nos tornamos o grão de trigo, glorificamos a Deus na liturgia e na vida.


ORAÇÃO

                             
Senhor nosso Deus, dai-nos por vossa graça caminhar com alegria na mesma caridade que levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo. Amém!