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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Baile de Carnaval da Família acontece amanhã


Amanhã acontece o primeiro Baile de Carnaval da Família, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Rua Omílio Monteiro Soares, 847, Fanny), a partir das 19h30. Os convites já estão a venda a R$ 5,00 (cinco reais) e também podem ser comprados no dia.

O evento é organizado em conjunto pelo MFC Curitiba e a Pastoral Familiar. Se você não vai viajar venha se divertir ao som das tradicionais músicas de carnaval em um ambiente saudável e totalmente voltado para as famílias.

Também está programado atividades para as crianças que comparecerem ao Baile. Uma equipe fará brincadeiras em um espaço reservado, exclusivamente para o público infantil.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Casais, Deus escolheu vocês


Casamento é, primeiramente, uma parceria com Deus. O casal se associa a Deus para realizar a vontade d'Ele.

Na verdade, foi Deus quem escolheu vocês primeiro. Não foram os seus olhos bonitos ou o seu jeito de galã. Deus usou dessas qualidades para uni-los.

O Senhor já havia escolhido cada um de vocês, por isso não dá para romper essa união.

Se um problema financeiro está preocupando vocês, não se preocupem. Por quantos problemas vocês já passaram? Todos eles passam.

Vejam casais que têm 30 anos de casados. Onde estão os problemas de 20 anos atrás? Já passaram. E os problemas de 1 ano atrás também. Tudo passa. Em Deus nada falta. Em tudo o Senhor basta.

Monsenhor Jonas Abib

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Cuidar dos filhos


Podemos dar diversos significados para a palavra “cuidar”, mas aqui ela está direcionada especialmente para os filhos, para aqueles que devem ser assistidos, educados e acompanhados por alguém. Dizemos que Deus, Pai e Mãe, cuida com carinho de seus filhos. Isto acontece, de forma especial, para com os acometidos de sofrimento.

Cuidar dos filhos significa praticar um amor atento e fiel, colocando como preocupação primeira a educação para a vida de cidadania, de responsabilidade e capacidade para o enfrentamento das exigências da sociedade. Não podemos desprezar os princípios da fé, capazes de construir uma espiritualidade necessária para o bem viver nos novos tempos.

Sabemos dos desafios enfrentados pelos pais no processo da educação. “Palavras não convencem”, principalmente quando não são confirmadas pelo testemunho concreto de vida. A tendência é seguir as influências que chegam de fora do lar. É o caso da mídia, colocando os pais numa situação caracterizada como “sem saída”.

No caminhar da história, os compromissos familiares vão se diluindo, necessitando de um “ecoar novo” da Palavra de Deus. Até parece que Deus abandonou a família, ou é a humanidade que se distanciou dos ensinamentos divinos. Os pais devem ter ternura para com aqueles que são frutos de suas entranhas.

Para o cuidado dos filhos, os educadores têm que abrir mão de “formas” que não falam mais. O mundo mudou, mas o amor deve conservar sua identidade e continuar sendo doação e esvaziamento para fazer o outro feliz. Os pais são os administradores dos mistérios de Deus, destacando o dom da benção para os filhos.

Pais e filhos necessitam de coerência e autenticidade. Não só usarem da sabedoria humana, mas também a de Deus para harmonizar a convivência. Com isto, o cuidado deve ser de ambos os lados sem se deixarem levar por ideologias do momento. Não podem faltar a fraternidade e a justiça, como diz a Escritura: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos serão dadas em acréscimo” (Mt 6, 33).

Dom Paulo Mendes Peixoto

Arcebispo de Uberaba (MG)

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Papa escreve às famílias do mundo


“Unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize um verdadeiro caminho de discernimento e adote os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais”: com uma carta, o Papa Francisco se dirige às famílias de todo o mundo, pedindo orações em vista do Sínodo extraordinário de outubro próximo.

O texto foi assinado por Francisco em 2 de fevereiro – festa da Apresentação do Senhor –, mas foi divulgado esta manhã pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

O Papa cita outros eventos que envolverão as famílias nos próximos anos, como a Encontro Mundial das Famílias na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos e a Assembleia ordinária, ambos em 2015, nos meses de setembro e outubro respectivamente.

Todavia, Francisco se dirige às famílias pedindo orações principalmente em vista do Sínodo deste ano, cujo tema será “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”. 

“O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimónio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa.”

Escreve ainda o Pontífice: “Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade”.

O tema do Sínodo foi debatido durante o Consistório da semana passada, em que o Papa denunciou que hoje a família é “desprezada e maltratada”.

“A nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida”, disse o Papa na ocasião.

Leia a íntegra da mensagem de Francisco às famílias:

Queridas famílias, 

Apresento-me à porta da vossa casa para vos falar de um acontecimento que vai realizar-se, como é sabido, no próximo mês de Outubro, no Vaticano: trata-se da Assembleia geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, convocada para discutir o tema «Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização». Efetivamente, hoje, a Igreja é chamada a anunciar o Evangelho, enfrentando também as novas urgências pastorais que dizem respeito à família.

Este importante encontro envolve todo o Povo de Deus: Bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos das Igrejas particulares do mundo inteiro, que participam ativamente, na sua preparação, com sugestões concretas e com a ajuda indispensável da oração. O apoio da oração é muito necessário e significativo, especialmente da vossa parte, queridas famílias; na verdade, esta Assembleia sinodal é dedicada de modo especial a vós, à vossa vocação e missão na Igreja e na sociedade, aos problemas do matrimónio, da vida familiar, da educação dos filhos, e ao papel das famílias na missão da Igreja. Por isso, peço-vos para invocardes intensamente o Espírito Santo, a fim de que ilumine os Padres sinodais e os guie na sua exigente tarefa. Como sabeis, a esta Assembleia sinodal extraordinária, seguir-se-á – um ano depois – a Assembleia ordinária, que desenvolverá o mesmo tema da família. E, neste mesmo contexto, realizar-se-á o Encontro Mundial das Famílias, na cidade de Filadélfia, em Setembro de 2015. Por isso, unamo-nos todos em oração para que a Igreja realize, através destes acontecimentos, um verdadeiro caminho de discernimento e adopte os meios pastorais adequados para ajudarem as famílias a enfrentar os desafios atuais com a luz e a força que provêm do Evangelho.

Estou a escrever-vos esta carta no dia em que se celebra a festa da Apresentação de Jesus no templo. O evangelista Lucas conta que Nossa Senhora e São José, de acordo com a Lei de Moisés, levaram o Menino ao templo para oferecê-Lo ao Senhor e, nessa ocasião, duas pessoas idosas – Simeão e Ana –, movidas pelo Espírito Santo, foram ter com eles e reconheceram em Jesus o Messias (cf. Lc 2, 22-38). Simeão tomou-O nos braços e agradeceu a Deus, porque tinha finalmente «visto» a salvação; Ana, apesar da sua idade avançada, encheu-se de novo vigor e pôs-se a falar a todos do Menino. É uma imagem bela: um casal de pais jovens e duas pessoas idosas, reunidos devido a Jesus. Verdadeiramente Jesus faz com que as gerações se encontrem e unam! Ele é a fonte inesgotável daquele amor que vence todo o isolamento, toda a solidão, toda a tristeza. No vosso caminho familiar, partilhais tantos momentos belos: as refeições, o descanso, o trabalho em casa, a diversão, a oração, as viagens e as peregrinações, as ações de solidariedade... Todavia, se falta o amor, falta a alegria; e Jesus é quem nos dá o amor autêntico: oferece-nos a sua Palavra, que ilumina a nossa estrada; dá-nos o Pão de vida, que sustenta a labuta diária do nosso caminho.
Queridas famílias, a vossa oração pelo Sínodo dos Bispos será um tesouro precioso que enriquecerá a Igreja. Eu vo-la agradeço e peço que rezeis também por mim, para que possa servir o Povo de Deus na verdade e na caridade. A proteção da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José acompanhe sempre a todos vós e vos ajude a caminhar unidos no amor e no serviço recíproco. De coração invoco sobre cada família a bênção do Senhor.

Vaticano, 2 de Fevereiro – festa da Apresentação do Senhor – de 2014.




Texto proveniente do site da Rádio Vaticano 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Baile de Carnaval da Família


No próximo sábado (01), acontece o primeiro Baile de Carnaval da Família, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Rua Omílio Monteiro Soares, 847, Fanny), a partir das 19h30. Os convites já estão a venda a R$ 5,00 (cinco reais) e também podem ser comprados no dia.

O evento é organizado em conjunto pelo MFC Curitiba e a Pastoral Familiar. Se você não vai viajar venha se divertir ao som das tradicionais músicas de carnaval em um ambiente saudável e totalmente voltado para as famílias.


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Inauguração do Mosteiro da Ressurreição


Foi inaugurado hoje (23) em Ilhota-SC, o Mosteiro da Ressurreição. A casa faz parte da Associação da Casas do Servo Sofredor e será mais um local para a recuperação de dependentes químicos e alcoólicos. Cerca de 20 internos estão em tratamento e em breve será possível acolher mais pessoas que buscam tratamento contra as drogas e o álcool.

O dia teve início com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Bispo de Blumenau-SC, Dom José Negri. Após a missa os convidados foram recepcionados com um delicioso almoço preparado pelos internos do local.

O Movimento Familiar Cristão de Curitiba, que colabora com a causa da CSS, esteve representado pelos seus coordenadores de Cidades. Além de participar da inauguração do Mosteiro da Ressurreição, a Coordenação do MFC Curitiba visitou a Paróquia São Domingos, em Navegantes-SC, administrada pela Comunidade Carmelitana.

Para visualisar mais fotos clique aqui.

Missa de Abertura das atividades do MFC


Aconteceu ontem, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, a Missa de Abertura das atividades de 2014 do Movimento Familiar Cristão de Curitiba. A Celebração foi presidida pelo Diretor Espiritual do MFC Curitiba, Frei Gentil, e teve uma boa participação da família Mefecista.

Ao encerramento da Santa Missa, todos compartilharam um saboroso lanche onde cada casal levou um prato de doce ou salgado para compartilhar com os presentes. Muito obrigado a todos que estiveram presente na abertura de mais uma jornada do MFC.

Lembramos que a partir de abril o MFC será responsável pela parte litúrgica nas Missa de todo o primeiro sábado de cada mês, às 18h30, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição.

Para ver o álbum de fotos da Missa clique aqui.

LITURGIA DO 7º DOMINGO DO TEMPO COMUM (ANO A) - 23/02/2014


  

7º DOMINGO

DO TEMPO COMUM


  

PRIMEIRA LEITURA (Lv 19,1-2.17-18)


Leitura do Livro do Levítico:
1O Senhor falou a Moisés, dizendo: 2“Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e dize-lhes: ‘Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo.

17Não tenhas no coração ódio contra teu irmão. Repreende o teu próximo, para não te tornares culpado de pecado por causa dele.

18Não procures vingança, nem guardes rancor dos teus compatriotas. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor!’”

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

RESPONSÓRIO (Sl 102)

— Bendize, ó minh’alma, ao Senhor,/ pois ele é bondoso e compassivo!

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor,/ e todo o meu ser, seu santo nome!/ Bendize, ó minha alma, ao Senhor,/ não te esqueças de nenhum de seus favores!

— Pois ele te perdoa toda culpa,/ e cura toda a tua enfermidade;/ da sepultura ele salva a tua vida/ e te cerca de carinho e compaixão.

— O Senhor é indulgente, é favorável,/ é paciente, é bondoso e compassivo./ Não nos trata como exigem nossas faltas,/ nem nos pune em proporção às nossas culpas.

— Quanto dista o nascente do poente,/ tanto afasta para longe nossos crimes./ Como um pai se compadece de seus filhos,/ o Senhor tem compaixão dos que o temem.


SEGUNDA LEITURA (1Cor 3,16-23)


Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 16Acaso não sabeis que sois santuários de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós?

17Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá, pois o santuário de Deus é santo, e vós sois esse santuário.

18Ninguém se iluda: Se algum de vós pensa que é sábio nas coisas deste mundo, reconheça sua insensatez, para se tornar sábio de verdade; 19pois a sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus. Com efeito, está escrito: “Aquele que apanha os sábios em sua própria astúcia”, 20e ainda: “O Senhor conhece os pensamentos dos sábios; sabe que são vãos”.

21Portanto, que ninguém ponha sua glória em homem algum. Com efeito, tudo vos pertence: 22Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro; tudo é vosso, 23mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


EVANGELHO (Mt 5,38-48)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 38“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’

39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda!
40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto!

41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele!

42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado.

43Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’

44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos.

46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?

47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa?

48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito!“.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor!


HOMILIA

“AMAR NÃO POR SER AMADO”

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.


O PAI É PERFEITO
A grande novidade do mandamento do amor que Jesus declara como o “seu mandamento” está em sua grandiosidade. Amar não por ser amado, mas amar porque tem o direito de amar. Este direito é proveniente do dom do Espírito de amor que anima o amor que Jesus possui por nós. Pela lei do Antigo Testamento, a resposta ao que nos fizessem deveria ser paga com a mesma moeda: “Olho por olho, dente por dente”(Mt 5,38). A proposta de Jesus é como um amortecedor de ódio. Ao revidar aumentamos a violência. Ao dar uma resposta de bondade se rompe o espiral de violência. Não se trata de ser bobo, mas de ser mais inteligente. Sabemos que enfrentar o bandido é sempre um risco maior, sem falar que aumenta a violência. Jesus diz claramente: “Não enfrenteis o malvado” (39). E exemplifica: dar a outra face esquerda a quem lhe bate na direita; dar o manto a quem toma a túnica; ir dois km com quem o força a andar um; emprestar a quem pede emprestado; amar os inimigos e os que perseguem. Vemos quanto ódio existe nas relações com as pessoas, as raças, as religiões e as nacionalidades. Jesus ensina essa verdade porque assim que é o Pai:  “faz nascer o sol sobre bons e maus, e chover sobre justos e injustos e não faz distinção de pessoas” (Mt 5,46). O amor que podemos ter não é retribuição ao amor que nos dão. Isso é ainda paganismo. Assim se ama como Ele nos amou. A perfeição do Pai que devemos seguir é a perfeição do amor: amar pelo direito de amar. Amor não é troca de favores, mas entrega de vida. Jesus deu o exemplo: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o extremo do amor” (Jo 13,1), dando sua vida na maior doação. S. Afonso ensinava que a Eucaristia era memória do amor com que Jesus se entregou na Paixão. O que vemos na Paixão é a dor, mas o que reina é o amor.

AMOR GRATUITO
A maior prática do amor está no amor aos inimigos, pois só Jesus, ao morrer, poderia dizer: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23,33). Estas palavras correspondem à demonstração do amor do Pai: “Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores” (Rm 5,8). O amor de Deus é totalmente gratuito. No salmo 102 podemos ver as qualidades do amor do Pai: Perdoa, salva, cerca de carinho e compaixão, é indulgente paciente bondoso e compassivo. Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem. Ninguém merece, pois o Pai se dá o direito de amar a todos. Que pai ou mãe não ama o filho mais frágil? O amor se concretiza em palavras e ações. Rezamos na oração da missa: “Concedei, que procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações”. Sem esse amor não podemos realizar o mandamento de Jesus.

SOIS O TEMPLO DE DEUS
A santidade está no amor. O amor habita em nós pelo Espírito Santo que nos foi dado. Ele habita em nós. “Nosso corpo é templo do Espírito Santo” (1Cor 1,19). Não só somos uma habitação, mas participamos de sua santidade. “O santuário de Deus é santo, e vós sois esse santuário” (1Cor 3,16-23). O Espírito é Divina caridade que habita em nós. A igreja é um tempo de pedra repleto de pedras vivas que constroem o templo de Deus. O amor habita em nós. Nossa vida espiritual insiste em regras espirituais que não se preocupam o amor. Por isso a Eucaristia é a grande escola que nos ensina a amar e doar-se.

Leituras: Levítico 19,1-2.17-18; Salmo 102; 1Coríntios 3,38-48; Mateus 5,38-48


ORAÇÃO

                             
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Amém!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

O desafio de formar discipulos


No sétimo domingo do tempo comum, a igreja lança o grande desafio de formar discípulos de jesus cristo. Estamos há dois mil anos neste esforço. Era esta a tarefa que o cristo ressuscitado tinha deixado aos seus discípulos: “ide ao mundo inteiro, fazei discípulos meus todos os povos, e batiza-os em nome do pai, do filho e do espírito santo” (mt 28,18).
Na verdade, com muito custo, nós conseguimos batizar mais ou menos um terço da humanidade. Mas, conseguimos tornar discípulos do Senhor nem 10% destes batizados. O Documento de Aparecida reconhece esta grande defasagem. Por isso os bispos reunidos em Aparecida, com o Papa Bento XVI, nos lançam este desafio. Precisamos transformar o nosso povo católico em discípulos e missionários de Jesus Cristo.
Já no Antigo Testamento, Deus se revelou a Moisés e o constituiu seu líder do povo, rumo à terra prometida. Através de Moisés, Deus queria transformar todo o povo em verdadeiros discípulos do Senhor. Eis o que se encontra no Levítico: “Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e dize-lhes: sede santos porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lev 19,2).
Na mesma direção vai a primeira carta de Paulo aos Coríntios: “Acaso não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus mora em vós?”(1 Cor 3,16). Para Paulo, a fé em Jesus Cristo é algo tão sério que, pelo batismo, nos tornamos verdadeiro santuário de Deus, verdadeira moradia do Espírito Santo.
Mas, para que ninguém fosse seduzido pela vaidade, deixa um alerta: “Que ninguém ponha sua glória em homem algum. Com efeito, tudo vos pertence: Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, o presente, o futuro; tudo é vosso, mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus” (1Cor 3,21-23). Se nós estamos assim tão intimamente relacionados com Jesus Cristo, fique bem claro que isto não é mérito nosso, mas obra da graça de Deus. Ele nos chamou para sermos discípulos do Senhor.
Já o Evangelho deste domingo nos esclarece sobre o modo de vida que o discípulo precisa levar. Não basta apenas observar as leis antigas. É preciso ir além, comungar também com o espírito da lei. Em vários parágrafos, ele anuncia: “Aos antigos foi dito, eu porém vos digo”.
O discípulo de Jesus Cristo não se contenta em seguir a lei, ele precisa dar um passo a mais: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos” (Mt 5,44-45).

DOM ZENO HASTENTEUFEL
BISPO DE NOVO HAMBURGO (RS)

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Começa o primeiro Consistório do Papa Francisco

A família “é célula fundamental da sociedade humana”, disse o papa Francisco na abertura dos trabalhos do Consistório extraordinário, que teve início hoje, 20, no Vaticano.
Estão presentes 185 cardeais, com a participação dos 19 prelados que serão criados cardeais pelo papa Francisco sábado, 22, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta.
Em foto divulgada pela Rádio Vaticano, o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, aparece caminhando ao lado do papa Francisco.
O colégio cardinalício está reunido para refletir sobre temas relacionados à Família.  “A nossa reflexão terá sempre presente a beleza da família e do matrimônio, a grandeza desta realidade humana, tão simples e ao mesmo tempo tão rica, feita de alegrias e esperanças, de fadigas e sofrimentos, como o é toda a vida”, comentou o papa no início da reunião.
Reflexão
Durante o Consistório serão aprofundadas a teologia da família e a pastoral que deve ser implementada no contexto atual.  O papa Francisco pediu aos cardeais que ajudem a refletir sobre a realidade da família com profundidade sem cair na “casuística”.
“Hoje, a família é desprezada, é maltratada, pelo que nos é pedido para reconhecermos como é belo, verdadeiro e bom formar uma família, ser família hoje; reconhecermos como isso é indispensável para a vida do mundo, para o futuro da humanidade”, afirmou Francisco.
Concluindo sua fala, o papa lembrou que é necessário colocar em evidência o plano de Deus para a família. E disse aos cardeais: “ajudemos os esposos a viverem-no com alegria ao longo dos seus dias, acompanhando-os no meio de tantas dificuldades com uma pastoral inteligente, corajosa e amorosa".
Após a colocação do papa, o presidente emérito do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, o cardeal Walter Kasper, também falou aos participantes.
No decorrer da reunião, estão previstas outras intervenções sobre a família que irão contribuir para a preparação do próximo Sínodo dos Bispos, em outubro.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Missa de abertura do ano Mefecista se aproxima

Amigos Mefecistas,

Lembramos que a data da Missa de abertura das atividades do Movimento Familiar Cristão de Curitiba se aproxima. Será no próximo sábado (22), às 18h30, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Rua Omílio Monteiro Soares, 847, Fanny). Todos os mefecistas estão convidados.

Após a celebração faremos um lanche de confraternização no salão paroquial do Igreja. Cada casal deverá levar um prato de doce ou salgado. As bebidas serão por conta do MFC Curitiba.

Paz e Bem
Coordenação de Cidade - ECCI
MFC Curitiba

Ir a Deus de coração sincero, mesmo pecador


Durante muitos anos eu preguei que a multidão que estava com Jesus na entrada de Jerusalém foi a mesma que depois gritaria “crucifica-o”. No entanto, J. Ratzinger-Bento XVI, no seu novo livro “Jesus de Nazaré – Da entrada de Jerusalém até a Ressurreição”, deu-me outra visão das coisas. Ratzinger nos explica que há duas multidões, a primeira é a que acompanhava a Jesus e que o aclamava com “hosanna” e com “bendito o que vem em nome do Senhor”; a outra multidão foi a que gritou “crucifica-o”. Ainda que não me estranhasse que algumas pessoas que faziam parte da primeira multidão estivessem entre os da segunda, pareceu-me convincente a explicação de Ratzinger. Ajuda-me a ver a primeira multidão de uma maneira mais próxima a nós. As pessoas que aclamam a Jesus no dia de hoje não aparecem como falsas ou mesquinhas e traidoras no porvir. Elas atuavam com um coração sincero. Ainda que as pessoas possam perverter-se, é preciso dar-lhes sempre um voto de confiança.

Nós, quando louvamos e bendizemos a Deus, quando estamos bem perto dele e dizemos que nós o amamos e depois, talvez não muitas horas depois, o traímos com alguma ofensa grave ou pedimos a sua morte a través dos nossos pecados, não estávamos sendo falsos nem hipócritas. Nós que louvamos a Deus, mas depois nos deparamos com as nossas fraquezas patentes, temos que apoiar-nos mais na misericórdia, mas não devemos pensar que estamos fazendo teatro.

Quando nós dizemos nos nossos atos de contrição, “eu não quero mais pecar”, o Senhor sabe que a nossa vontade é débil e sabe que o ofenderemos novamente, no entanto, Deus acredita de verdade, ele não finge que acredita na nossa contrição. Ele conhece o nosso coração e sabe que não queremos enganá-lo, sabe também que nem sempre nós acreditamos nas nossas promessas de fidelidade e de bons desejos. Não é verdade que nalgum momento fizemos um ato de contrição com aquela pergunta mais profunda que questionava a nossa sinceridade para com Deus?

Deus sabe mais. Claro que sim. Não é hipócrita quem peca e se arrepende, não é falso que ofende a Deus e se confessa, não é descarado quem chora os seus próprios pecados e depois se alegra em praticá-los. Não. A debilidade humana existe. E como existe! Mas a graça de Deus também existe. E como existe!

Aclamemos o Senhor no dia de hoje com todas as nossas forças. Nós nem sabemos quando gritaremos “crucifica-o”, talvez nunca mais diremos essas palavras. No entanto, livre-nos Deus da “presunção petrina”. Presunção petrina? Refiro-me àquele episódio no qual Jesus anuncia a Pedro que ele o negaria três vezes. O apóstolo, confiando nas suas próprias forças e no seu amor ao Senhor, diz que isso não aconteceria. Pobre Pedro! Nós já sabemos como termina a história. Graças a Deus termina bem: com um ato de arrependimento, com o perdão de Jesus e com um trabalho apostólico depositado nos ombros de Pedro que o faria não complicar a própria existência, mas simplesmente continuar trabalhando pela glória de Deus e pelo bem dos irmãos.

Não nos compliquemos a existência desde o começo, ou seja, evitaremos inclusive a presunção petrina. Deus nos recorda com frequência: “meu filho, cuidado, confia mais em mim; do contrário, você se quebrará”. Digamos ao Senhor: “é certo, Senhor, reconheço o real perigo de quebrar-me interiormente. Salva-me; do contrário, perecerei.” Digamos com o coração, sem nenhuma falsa humildade: “salva-me!” Não nos assustemos conosco mesmos. Haja sempre paz em nossa alma. Deus é nosso Pai e nós somos os seus filhos. Que mais queremos? Além do mais, o Senhor colocou à nossa disposição os meios para que fôssemos restaurados: a confissão, a comunhão, a oração, a caridade, etc. Permanecendo sempre no caminho de Deus, continuemos o nosso louvor a ele junto aos da primeira multidão: “bendito o que vem em nome do Senhor”.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Audiência Geral com o Papa - 19/02/2014

Quarta-feira é dia de festa no Vaticano, com a presença de milhares de fiéis e peregrinos que participam da Audiência Geral com o Papa Francisco.

Nesta quarta, a festa foi ainda mais intensa, pois na Praça S. Pedro havia inúmeros cardeais que vieram a Roma para participar do Consistório no próximo sábado, dia 22, quando o Colégio Cardinalício ganhará 19 novos membros.

Do Brasil, uma numerosa delegação acompanha o Arcebispo de Rio de Janeiro, futuro Cardeal, Dom Orani João Tempesta.

Com os presentes, o Pontífice retomou suas catequeses sobre os Sacramentos, comentando desta vez o Sacramento da Reconciliação, também conhecido pelos nomes de Confissão e Penitência.

Este Sacramento provém diretamente do mistério pascal, quando disse aos discípulos: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados”. Antes de tudo, disse Francisco, o perdão dos nossos pecados não é algo que podemos dar-nos a nós mesmos. 

Eu não posso dizer: ‘Eu me perdoo os pecados’. O perdão se pede, se pede a outro, e na Confissão pedimos perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas é dom do Espírito Santo, que derrama sobre nós a graça e a misericórdia do Pai.
Na verdade, embora a forma ordinária da Confissão seja pessoal e secreta, não se deve perder de vista a sua dimensão eclesial. Por isso, não basta pedir perdão a Deus no íntimo do próprio coração, mas é necessário confessar os pecados ao sacerdote. Este, no confessionário, não representa apenas Deus, mas toda a comunidade eclesial, a qual se reconhece na fragilidade dos seus membros, constata comovida o seu arrependimento, reconcilia-se com eles e encoraja-os no caminho de conversão e amadurecimento humano e cristão.

Para aqueles que dizem: ‘Eu me confesso somente com Deus’, o Papa recordou que os nossos pecados são também contra os irmãos e a Igreja e por isso é necessário pedir perdão a eles na pessoa do sacerdote. Aos que se envergonham, o Pontífice respondeu: 

Também a vergonha é boa, vergonhar-se é saudável. Porque quando uma pessoa não tem vergonha, no meu país dizemos “sem vergonha”, sin verguenza. (...) Mas a vergonha também faz bem, porque nos torna mais humildes. (...) Não tenham medo da Confissão, porque dela se sai mais “livre, grande, belo, perdoado e feliz”. 
O Papa se dirigiu aos presentes para que cada um se lembre qual foi a última vez que se confessou e sugeriu: Se passou muito tempo, não perca mais um dia: vá avante, que o sacerdote será bom. Jesus é quem está ali, eh?, e Jesus é o padre mais bondoso de todos, pois recebe com tanto amor. Seja corajoso e vá se confessar.

Francisco concluiu sua catequese ressaltando que o Sacramento da Reconciliação significa deixar-se envolver no abraço da misericórdia infinita do Pai. E citou a parábola do filho pródigo, que ao voltar para casa sentindo tanta culpa e vergonha, ficou surpreso com o abraço que recebeu do Pai. Toda vez que nós nos confessamos, Deus nos abraça, Deus faz festa. Prossigamos nesta estrada.

Ao saudar os peregrinos na Praça, em português o Pontífice se dirigiu de modo especial aos fiéis do Rio de Janeiro que acompanham Dom Orani João Tempesta.


Texto proveniente do site da Rádio Vaticano 

Não desista de viver a bondade

Deus nos dá a direção para vencermos os obstáculos

Certa vez, disse para uma amiga: “Não desista de viver a bondade!” Passaram-se anos e, há poucos dias, ela me disse: “Nunca mais me esqueci de suas palavras, e tenho me deixado conduzir por elas, as quais permanecem como eco em minha memória”.

A princípio, fiquei somente surpresa por ela ter se recordado tão vivamente do conselho, mas, depois, percebi que era mais que isso. Em suas palavras, percebi o Senhor atualizando o recado também para minha vida.

Em um mundo no qual se coloca em evidência aquilo que não é bom, se não estivermos alicerçados em princípios de fé e esperança, correremos o risco de nos deixar levar pela maldade e agir pela força dos argumentos da razão, desistindo facilmente de ser bons.

Hoje, resolvi ampliar a partilha na intenção de que ela chegue ao seu coração, porque acredito no poder da bondade. Posso dizer, por experiência própria: o amor é mais forte que o poder do mal. Existe uma fábula atribuída a Esopo que pode ilustrar essa partilha, e eu a apresento aqui: "Conta-se que o sol e o vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte. O vento disse: 'Provarei que sou o mais forte. Vê aquela mulher que vem lá embaixo com um lenço azul no pescoço? Aposto como posso fazer com que ela tire o lenço mais depressa do que você'.

O sol aceitou a aposta e recolheu-se atrás de uma nuvem. O vento começou a soprar até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava, mais a mulher segurava o lenço junto a si. Finalmente, o vento acalmou-se e desistiu de soprar. Então, o sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para a mulher. Com esse gesto, ela imediatamente esfregou o rosto e tirou o lenço do pescoço. O sol disse, então, ao vento: 'Lembre-se disso: a gentileza e a bondade são sempre mais fortes que a fúria e a força'".

Acredito que, com essa narrativa, Deus está nos dando a direção para vencermos os obstáculos de nossa vida. Não com a força, não com a fúria, mas com a gentileza, com o sorriso, com a bondade e a paciência, com o amor e o perdão. É assim que venceremos!


Não sei em qual etapa da vida você se encontra nem quais são os desafios que tem enfrentado, mas acredito que Jesus, o “Homem bom por excelência”, pode e quer o ajudar a dar uma resposta diferente, fazendo opção pela bondade.

A Palavra do Senhor diz: "Não pela força nem pela violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos [...]" (Zacarias 4,1-10). E o Espírito de Deus nos conduz somente àquilo que é bom, justo e nobre.

Que tenhamos coragem e disposição para expressar a bondade que está em nós e chegar a muitos corações a partir da nossa decisão e da coragem de sermos um pouco melhores a cada dia. Eu estou tentando. E você?

Busquemos, juntos, neste dia, dar a vitória à bondade. A força dessa virtude, passando por nossos pequenos gestos, pode fazer grande diferença.

Dijanira Silva
Missionária da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Lei dos homens e lei de Deus


A vida em sociedade se torna cada vez mais complexa, exigindo uma série de leis e normas para regular o comportamento das pessoas e dos grupos. Não é novidade saber que um emaranhado de leis tantas vezes confunde os cidadãos, dificultando-lhes até manter-se em dia com suas obrigações.

Para dar um exemplo, basta conversar com as pessoas que devem estar atualizadas quanto à legislação tributária e ver o quanto lhes é trabalhoso saber das ultimíssimas mudanças. Que se preparem os que devem preparar suas declarações de renda!

E podemos ir além, ao tomar consciência de que vivemos num estado laico, no qual todos os setores da sociedade, incluindo as diversas convicções religiosas, devem encontrar seu espaço, na superação de eventuais privilégios. Curioso é que a crescente laicização do Estado encontra meios e verbas para eventos no mínimo duvidosos, considerados manifestações culturais, relegando ao espaço privado a relação com Deus, da qual o ser humano não pode fugir, sob pena de perder o rumo e o sentido de sua existência. 

Nem é necessário fazer uma lista dos gastos correntes em nosso país, nos quais bilhões de reais são despendidos, inclusive com obras cuja utilidade prática posterior aos eventos programados é altamente questionável. Entende-se assim a revolta que jovens e menos jovens manifestam em nossas ruas, mesmo se os métodos e gritos se confundam com grupos violentos infiltrados em suas ações.

Bastam as leis e o laicismo do Estado? Quais serão as consequências do alijamento dos grupos religiosos da educação ou do cuidado com a saúde, pelas dificuldades encontradas para manter obras sociais correspondentes às convicções cristãs que os movem? Pode ficar tudo aparentemente certo, mas o que está por trás? E uma sociedade que perdeu as estribeiras quanto à moralidade dos atos públicos ou a exposição contínua de atos de esperteza ou de corrupção, para onde vai? Para onde foi a moral familiar? E as leis, podem ser simplesmente acolhidas, mesmo quando é patente sua iniquidade?

Jesus, Senhor e Salvador, enfrentou uma sociedade repleta de leis e mandamentos, sendo diante de muitos um violador das normas vigentes. No entanto, seu comportamento e seu ensinamento realizam e superam toda a lei. “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir. Antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus. Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus. Eu vos digo: Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus” (Mt 5, 17-20).

Nasce então a pergunta: como superar as normas dos escribas e dos fariseus, ou como ir além das constituições, leis, normas técnicas ou regulamentos existentes em cada época? “Os olhos do Senhor estão voltados para os que o temem. Ele conhece todas as obras do ser humano. Não mandou ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença para pecar” (Eclo 15, 20-21). Começamos com radicalidade! Acomodar-se com a maldade e ajeitar a consciência é princípio de desastre! Ninguém foi destinado ao crime ou à corrupção, ninguém foi feito para andar errado ou afundar-se na lama da impureza! Não há um destino cego que obrigue à iniquidade. Acreditar que fomos feitos para o bem e para o que é certo e não admitir qualquer relaxamento de consciência é primeira resposta.

O grande Apóstolo São Paulo (Rm 13, 1-10) ajudou a enfrentar estas questões, ensinando que todos se submetam às autoridades que exercem o poder, pois não existe autoridade que não venha de Deus. Fez até uma pergunta provocante, com a correspondente resposta: “Queres não ter medo da autoridade? Pratica o bem, e serás por ela elogiado... É preciso obedecer, não somente por medo do castigo, mas por motivo de consciência. Pela mesma razão, pagais impostos. Dai a cada um o que lhe é devido: seja imposto, seja taxa, ou, também, o temor e o respeito”. O cristão há de ser exemplar no cumprimento dos próprios deveres de cidadania!

Entretanto, o caminho de superação das leis é justamente o cumprimento da lei maior, o amor, “pois quem ama o próximo cumpre plenamente a Lei... O amor é o cumprimento perfeito da Lei”. (Rm 13, 8.10). O mesmo apóstolo, escrevendo aos Gálatas, numa frase breve, estupenda e lapidar, diz outra vez que “toda a lei se resume neste único mandamento: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5,14). É verdade! Quem ama não rouba, não mata. E não só evita o mal, mas se abre aos outros, deseja o bem, pratica o bem, sabe doar-se, chega a dar a vida pela pessoa amada. Por isso Paulo escreve que, amando o próximo, não só se cumpre a lei, mas se cumpre “toda a lei”.

 Os outros mandamentos são meios para nos iluminar e guiar a fim de sabermos encontrar, nas complexas situações da vida, o caminho para amar os outros. E por que o Apóstolo não fala também do amor a Deus? É que o amor a Deus e o amor ao próximo não competem entre si. Um deles, o amor ao próximo, é até mesmo expressão do outro, do amor a Deus. Com efeito, amar a Deus significa fazer a sua vontade, e a sua vontade é que amemos o próximo (Cf. Chiara Lubich, Comentário à Palavra de Vida, Roma, 25 de maio de 1983).

Enfim, faz ainda parte da vida cristã saber lutar contra as leis injustas, denunciar o mal. Nos dias que correm, uma das mais importantes bandeiras dos cristãos, ainda que venham leis ou normas contrárias, é a da valorização da vida. Mesmo que sejam leis civis a permitir práticas abortivas ou outras violações da absoluta dignidade humana, não seremos obrigados a cumpri-las. Nasce a corajosa objeção de consciência, que vem também a ser praticada quando se recusa a sujar as mãos e o coração com a corrupção e o roubo. Em ano eleitoral, aqui se encontram preciosas referências para engajamento político, participação e voto! Se necessário, trata-se de nadar contra a correnteza, para vencer a torrente de maldade existente também em nosso tempo.

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém do Pará

Uma questão de escolha

O coração anda no compasso que pode. Amores não sabem esperar o dia amanhecer. O exemplo é simples. O filho que chora tem a certeza de que a mãe velará seu sono. A vida é pequena, mas tão grande nestes espaços que aos cuidados pertencem. Joelhos esfolados são representações das dores do mundo. A mãe sabe disso. O filho, não.

Aprenderá mais tarde, quando pela força do tempo que nos leva, ele precisará cuidar dos joelhos dos seus pequenos. O ciclo da história nos direciona para que não nos percamos das funções. São as regras da vida. E o melhor é obedecê-las. Tenho pensado muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões. Não há mágica que possa nos salvar do absurdo. O jeito é descobrir esta migalha de vida que sob as realidades insiste em permanecer.

São exercícios simples... Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de você. É sensato pensar assim. Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de sofrer por causa de seu silêncio. Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados.

O melhor é ir devagar. Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que que escolhemos dizer. É simples...

Pe. Fábio de Melo

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Missa de abertura das atividades do MFC

Amigos Mefecistas,

Lembramos que a data da Missa de abertura das atividades do Movimento Familiar Cristão de Curitiba se aproxima. Será no próximo sábado (22), às 18h30, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Rua Omílio Monteiro Soares, 847, Fanny). Todos os mefecistas estão convidados.

Após a celebração faremos um lanche de confraternização no salão paroquial do Igreja. Cada casal deverá levar um prato de doce ou salgado. As bebidas serão por conta do MFC Curitiba.

Paz e Bem
Coordenação de Cidade - ECCI
MFC Curitiba