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terça-feira, 30 de junho de 2015

Vocação e missão da família


Há poucos dias, o Sínodo dos Bispos publicou o Instrumentum laboris (Instrumento de trabalho) da 14ª assembleia geral ordinária do Sínodo, que será realizada em Roma, de 4 a 25 de outubro deste ano, sobre o tema da “vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.

Ainda não se trata de um “documento”, Amas exatamente daquilo que o título diz: um “instrumento de trabalho” para orientar as reflexões da assembleia, para que tenham um foco e não sejam dispersivas; suas partes serão a referência para as intervenções dos participantes e orientarão as intervenções e os grupos de trabalho.

A elaboração desse texto é fruto de uma grande participação de esforços em vários níveis. A assembleia extraordinária do Sínodo, de 2014, tratou dos desafios enfrentados pela família em nosso tempo, que também desafiam a evangelização e a missão da Igreja; esse olhar sobre a realidade da família contemporânea, no mundo inteiro, produziu um Relatório final (Relatio Synodi), a partir do qual, novas perguntas e questionamentos foram enviados às Conferências Episcopais, dioceses e outros organismos da Igreja em todo o mundo.

As abundantes respostas, enviadas à Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos até o final de abril de 2015, ofereceram muita matéria, integrada no Instrumentum laboris, sobretudo indicações sobre “como” enfrentar esses desafios hodiernos da família na evangelização. Portanto, como o papa Francisco vem destacando em diversas ocasiões, a Igreja encontra-se num “caminho sinodal”, olhando com muita atenção e carinho para a família, desejando fazer o melhor por ela, pois ela é muito importante; e quer contar com uma reflexão e participação amplas da comunidade eclesial.

Na assembleia de outubro, a palavra será dada novamente aos “delegados” de cada Conferência Episcopal, eleitos para isso; o próprio Papa Francisco também convocará outros participantes, não eleitos, entre bispos, teólogos peritos, observadores de outras Igrejas e casais. A assembleia terá cerca de 300 participantes.

Das três grandes partes do Instrumentum laboris, a primeira é dedicada inteiramente à reflexão sobre os desafios que a realidade familiar enfrenta; o Relatório final da assembleia de 2013 é retomado e enriquecido com as respostas do questionário enviado a toda a Igreja. Consideram-se as mudanças culturais, antropológicas, sociais e econômicas do nosso tempo, que atingem em cheio a realidade familiar. Olha-se também para as situações familiares necessitadas de maior atenção, como a velhice, a viuvez, a infância e a juventude, as situações de dor e luto, a desabilidade e deficiência, as migrações... Mas também é lançado um olhar atento sobre a “explosão” atual da afetividade e sua relevância na vida familiar.

Na segunda parte, que bem corresponde ao “julgar”, trata-se da vocação da família, com a pergunta de fundo: o que Deus quer da família? Para quê criou o homem e a mulher? Como revelou Deus o seu desígnio de vida, amor e salvação por meio da família? Como Deus quis a família e o casamento? A reflexão também busca luzes e orientações na palavra da Igreja, que tem a missão de anunciar ao mundo a Boa Nova e de iluminar toda realidade com a luz da fé sobrenatural.

A missão da família é abordada na terceira parte do texto de trabalho. A família não é apenas “objeto” de cuidados e preocupações; ela tem uma grande e importante missão em relação às pessoas, à comunidade humana na qual está inserida e também em relação à vida eclesial. Nesta parte, aborda-se também a missão da própria Igreja em relação à família, em especial, diante das questões mais desafiadoras do mundo contemporâneo.

Durante a nova fase de preparação da assembleia do Sínodo, até outubro, toda a Igreja é convidada a rezar pelo bom êxito do Sínodo “da família”. E quem lá deve tomar parte, tem o tempo de se preparar, a partir do Instrumentum laboris, e de receber novas contribuições para a assembleia sinodal. Que o Espírito Santo conduza a Igreja e anime todas as famílias com sua divina inspiração.

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo (SP)

Publicado em O Estado de São Paulo

domingo, 28 de junho de 2015

Nota de Falecimento

Amigos MFCistas,

Informamos que na Madrugada de hoje faleceu o Sr. Eduardo Lange, pai dos MFCistas Eduardo e Lenis.

Pedimos que dediquem dois minutos do seu dias e incluam o seu nome em suas orações. Que Deus o conforte em um bom lugar e que Maria conforte co  o seu Manto toda a Família

Assim que tivermos informações de Velório e do Sepultamento as repassaremos!

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Pedido de oração

Amigos MFCistas,

Sabemos que a Oração é a força do Cristão.

Neste momento pedimos que você Mefecista, direcione suas orações para a Família Manosso, que esta com o seu filho Brian internado há uma semana.

O que parecia ser apenas um mal estar agravou para uma anemia profunda em seguida para pneumonia, agravada por uma bactéria resistente levando-o a UTI. Ele encontra-se em coma induzido para combater esta bactéria.

Um jovem sempre muito ativo, esportista hoje se encontra nas mãos de Deus.

Vamos todos com nossas orações rogar a Deus para que ele retorne ao seio familiar.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Papa entregará pálio a Dom Peruzzo

Na próxima segunda-feira (29), a Igreja recorda os Santos Pedro e Paulo – solenidade que no Brasil será celebrada no domingo precedente (28/06).

Tradicionalmente, na missa presidida na Basílica Vaticana, o Papa entrega o pálio aos Arcebispos Metropolitanos, que nesta ocasião serão 46. Destes, somente um é brasileiro: Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba (PR).

A Rádio Vaticano transmitirá esta cerimônia ao vivo, com comentários em português, a partir das 9h25 – horário de Roma (4h25 no horário de Brasília).

Mudança

Este ano, o rito tradicional terá uma novidade, a pedido de Francisco. Com uma carta datada de 12 de janeiro, o Mestre das Celebrações Pontifícias, Mons. Guido Marini, informou que a partir de agora a faixa de lã branca será entregue e não colocada pelo Santo Padre. A imposição do Pálio será realizada nas respectivas dioceses de origem pela mão dos Núncios Apostólicos locais.

“O significado desta alteração é colocar em maior evidência a relação dos bispos metropolitanos –com a sua Igreja local e, assim, dar também a possibilidade a mais fiéis de estarem presentes neste rito tão significativo para eles, e também particularmente aos bispos das dioceses sufragâneas, que deste modo, poderão participar do momento da imposição. Neste sentido, mantém-se todo o significado da celebração de 29 de junho, que sublinha a relação de comunhão e também de comunhão hierárquica entre o Santo Padre e os novos arcebispos; ao mesmo tempo, a isto se acrescenta – com um gesto significativo – esta ligação com a Igreja local”, explicou Mons. Marini à Rádio Vaticano.

O Pálio

O pálio é elaborado com lã branca, com cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta. É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, utilizando a lã de dois cordeiros que são oferecidos ao Papa no dia 21 de janeiro de cada ano na Solenidade de Santa Inês.

O uso do pálio, que nos primeiros séculos do Cristianismo era exclusivo dos Papas, passou a ser usado pelos Metropolitanos a partir do século VI, tradição que perdura até aos nossos dias. O pálio é símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e na sua comunhão com a Sé Apostólica. (BF)

Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 21 de junho de 2015

Liturgia do 12º Domingo do tempo comum - 21/06/2015




12º DOMINGO

DO TEMPO COMUM




PRIMEIRA LEITURA (Jó 38,1.8-11)


Leitura do Livro de Jó:
1O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse:

8Quem fechou o mar com portas, quando ele jorrou com ímpeto do seio materno, 9quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas espessas por faixas; 10quando marquei seus limites e coloquei portas e trancas, 11e disse: Até aqui chegarás, e não além; aqui cessa a arrogância de tuas ondas?

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


RESPONSÓRIO (Sl 106)


— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom,/ porque eterna é a sua misericórdia!

— Os que sulcam o alto-mar com seus navios,/ para ir comerciar nas grandes águas,/ testemunharam os prodígios do Senhor/ e as suas maravilhas no alto-mar.

— Ele ordenou, e levantou-se o furacão,/ arremessando grandes ondas para o alto;/ aos céus subiam e desciam aos abismos,/ seus corações desfaleciam de pavor.

— Mas gritaram ao Senhor na aflição,/ e ele os libertou daquela angústia./ Transformou a tempestade em bonança,/ e as ondas do oceano se calaram.

— Alegraram-se ao ver o mar tranquilo,/ e ao porto desejado os conduziu./ Agradeçam ao Senhor por seu amor/ e por suas maravilhas entre os homens!


SEGUNDA LEITURA (2Cor 5,14-17)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 14O amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por todos, e que, logo, todos morreram.

15De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.

16Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne, agora já não o conhecemos assim.

17Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


EVANGELHO (Mc 4,35-41)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

35Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos: Vamos para a outra margem!

36Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como estava, na barca. Havia ainda outras barcas com ele.

37Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a se encher. 38Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram: Mestre, estamos perecendo e tu não te importas?

39Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: Silêncio! Cala-te! O vento cessou e houve uma grande calmaria. 40Então Jesus perguntou aos discípulos: Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?

41Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros: Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!


HOMILIA

Dom Sérgio da Rocha

Arcebispo de Brasília


O discípulo de Jesus vive da fé, especialmente quando se encontra em meio à tempestade. Como o evangelista Marcos (Mc 4,40) se refere a discípulos que estão juntos, na barca, devemos pensar, sobretudo, nos desafios da comunidade de discípulos que se lança na missão de evangelizar, em situações muitas vezes tão adversas. É preciso passar para a outra margem a fim de evangelizar lá também. Ao invés de ficar acomodados ou com medo de perecer na travessia, tenhamos fé. Jesus está na barca!Ainda não tendes fé?, pergunta ele aos discípulos amedrontados. O Senhor que respondeu a Jó do meio da tempestade (Jó 38,1), também se manifesta a nós nas horas mais difíceis. Em atitude de oração, procuremos discernir os sinais de sua presença e escutar a sua voz. A ele confiamos a nossa vida e a nossa barca, com fé, sem medo.

ORAÇÃO

                             
Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Amém!

Editado por JorgeMacielNews

sábado, 20 de junho de 2015

Convocação do Arcebispo Metropolitano de Curitiba contra Ideologia de Gênero


Na próxima segunda-feira, dia 22.06.2015 às 9h, será votado na Câmara dos Vereadores de Curitiba, o novo Plano Municipal de Educação da cidade. É um plano bem articulado sob muitos aspectos. Contudo, leva consigo também algumas propostas muito perigosas para os nossos princípios cristãos. Refiro-me especialmente à Ideologia de Gênero nele presente. Segundo tal pensamento, ninguém nasce como homem ou mulher, mas que cada ser humano deve construir sua identidade sexual ao longo de sua vida, independente do que seu corpo – sua biologia – define. Se esta ideologia adentrar nos Planos Municipais de Educação, nossas crianças poderão sofrer grave violência em suas identidades. E nossas famílias verão seus filhos orientados a um caminho que jamais pensaram ou desejaram para os seus, tamanha seria a “des-educação” que tal orientação propõe.

A Ideologia de Gênero fere gravemente a educação da identidade sexual de nossas crianças e adolescentes, destrói a família e coloca em risco toda a educação da sociedade por gerações, vez que o plano tem validade por 10 anos.

Como Igreja Católica não podemos nos calar, e é por isso que convocamos TODOS os fiéis católicos de Curitiba e região, a pressionar nosso legislativo municipal a reformular a proposta do Plano Municipal de Educação a fim de barrar esta ideologia que afronta os princípios da família, a identidade biológica e até mesmo a ordem filosófica da nossa sociedade.

Convidamos os senhores a convocar os familiares, os paroquianos, os amigos, e demais conhecidos, a encaminhar um E-mail/Carta aos parlamentares municipais (endereços abaixo relacionados), em ato de pressão para que esta Ideologia de Gênero seja barrada nesta casa legislativa. E para isso contamos com a SUA AJUDA!

Diversas cidades do país já barraram a Ideologia de Gênero, tais como Londrina, São Paulo, Maringá, entre outras. A CNBB já publicou nota em seu site, no último dia 18.06.2016 (última quinta-feira) contra a Ideologia de Gênero nos Planos de Educação Municipais e Estaduais, conforme documento anexo. Além disso, o Congresso Nacional já votou, há quase um ano, contra tal projeto. Então, não podemos deixar que isso aconteça aqui em nossa cidade de Curitiba.

Convocamos, portanto, todo povo cristão e demais homens e mulheres de boa vontade a encaminhar e-mails para nossos vereadores, posicionando-se claramente contra esta proposta.

Deus em tudo e sempre!



Dom José Antônio Peruzzo







Arcebispo Metropolitano de Curitiba

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Vóis sois o sal da Terra


Há pouco, dia 13 de junho, celebramos Santo Antônio, o santo do mundo todo. Grande taumaturgo e exímio pregador, suas palavras ecoaram em vários outros grandes pregadores, entre os quais o grande Padre Antônio Vieira, um dos maiores oradores da língua portuguesa.

É conhecido o sermão milagroso de Santo Antônio aos peixes, em Rimini. Aproveitando o tema, o Padre Vieira utiliza o mesmo estratagema de Santo Antônio: pregar aos peixes alegoricamente, pregando realmente aos homens. Eis alguns trechos do exórdio do célebre sermão de Vieira:

“Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando aos pregadores, sois o sal da terra: e chama-lhes sal da terra, porque quer que façam na terra, o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela que têm ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra se não deixa salgar. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber. Ou é porque o sal não salga, e os pregadores dizem uma coisa e fazem outra; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem; ou porque o sal não salga, e os pregadores se pregam a si, e não a Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes em vez de seguir a Cristo, servem a seus apetites. Não é tudo isto verdade?”

Lembremo-nos de que as palavras de Jesus “vós sois o sal da terra” é dirigida primeiramente aos ministros ordenados da Igreja, Papa, Bispos, sacerdotes e diáconos. Mas, também, ela se refere a todos os cristãos, como aquelas palavras “ide fazer discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19). Assim, as reflexões do Padre Vieira atingem a todos os cristãos, quando reclama da corrupção existente, porque ou o sal não salga ou a terra não se deixa salgar. Se acontece com os pregadores oficiais, será que também não acontece com os cristãos leigos, também eles testemunhas, que creem numa doutrina, mas praticam outra? Que dizem uma coisa e fazem outra? Que são cristãos fervorosos nos domingos e pagãos durante a semana? É também do Padre Vieira a célebre frase: “Palavras sem exemplo são tiros sem balas”.

“Suposto, pois, que ou o sal não salgue, ou a terra não se deixe salgar, que se há de fazer a este sal, e que se há de fazer a esta terra? O que se há de fazer ao sal, que não salga, Cristo o disse logo: ‘Não vale nada, a não ser para ser jogado fora e pisado pelas pessoas’ (Mt 5, 13). Se o sal perder a substância e a virtude, e o pregador faltar à doutrina e ao exemplo, o que se lhe há de fazer é lança-lo fora como inútil, para que seja pisado de todos. Quem se atrevera a dizer tal coisa, se o mesmo Cristo a não pronunciara? Assim como não há quem seja mais digno de reverência e de ser posto sobre a cabeça, que o pregador, que ensina e faz o que deve, assim é merecedor de todo o desprezo, e de ser metido debaixo dos pés, o que com a palavra ou com a vida prega o contrário”.

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (RJ)

terça-feira, 16 de junho de 2015

Paz, um dom do Senhor

Hoje em dia quem volta suas atenções para algum noticiário, qualquer noticiário, surpreende-se com o elevado número de manchetes e notícias que informam sobre fatos e/ou situações de violência. As causas se multiplicam e as críticas se enumeram. Mais ainda as explicações. Claro, as análises nunca podem faltar. Sem elas jamais se pode combater as causas da violência. Entretanto, parece que se esqueceu que combater a violência não necessariamente equivale a buscar a paz.

No primeiro caso as atenções se firmam em medidas de segurança, em debates e soluções práticas e pragmáticas, em projetos de programas sociais… Ademais, o temor de ser vítima pede por respostas cujos resultados não podem esperar. E sempre são os “outros” os culpados. Já no segundo caso, o da busca pela paz, supõe uma mudança que começa desde dentro das pessoas. Empenha a participação de todos. Mais do que análises, este caminho pede por experiências de valores testemunhados.

Para um cristão o caminho da busca pela paz faz lembrar uma palavra muito cara no vocabulário da espiritualidade: a conversão para a paz. Para tanto é preciso fazer uma escolha; é necessário tomar a paz como um princípio unificador que inspira, modela e/ou freia as minhas reações. Em termos concretos isso significa que em qualquer situação delicada e complexa, os interlocutores optam por palavras, atitudes e decisões que favoreçam sempre a cultura do encontro, como diz o Papa Francisco. Infelizmente, é freqüente observar que se denomina “diálogo” a simples troca de palavras; ou de adjetiva de “pacífico” o direito de pronunciar palavras ofensivas.

Quando Jesus falou de paz com seus discípulos (“Deixo-vos a minha paz”, Jo 14,27), o contexto era de profunda tensão. Com eles o ambiente era de uma refeição, era de paz; até lhes lavara os pés. Mas um o traía. Desde fora os adversários projetavam a violência. Mas Ele, por ser Senhor, nunca quis ser forte sobre ninguém. Não existe paz entre os que escolhem ser inimigos. É preciso rever as opções.

Dom José Antônio Peruzzo
Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba

domingo, 14 de junho de 2015

Liturgia do 11º Domingo do tempo comum - 14/06/2015




11º DOMINGO

DO TEMPO COMUM




PRIMEIRA LEITURA (Ez 17,22-24)


Leitura da Profecia de Ezequiel:
22Assim diz o Senhor Deus: Eu mesmo tirarei um galho da copa do cedro, do mais alto de seus ramos arrancarei um broto e o plantarei sobre um monte alto e elevado. 23Vou plantá-lo sobre o alto monte de Israel. Ele produzirá folhagem, dará frutos e se tornará um cedro majestoso. Debaixo dele pousarão todos os pássaros, à sombra de sua ramagem as aves farão ninhos. 24E todas as árvores do campo saberão que eu sou o Senhor, que eu sou o Senhor, que abaixo a árvore alta e elevo a árvore baixa; faço secar a árvore verde e brotar a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


RESPONSÓRIO (Sl 91)


— Como é bom agradecermos ao Senhor!

— Como é bom agradecermos ao Senhor/ e cantar salmos de louvor/ ao Deus altíssimo!/ Anunciar pela manhã vossa bondade,/ e o vosso amor fiel,/ a noite inteira.

— O justo crescerá como a palmeira,/ florirá igual ao cedro que há no Líbano;/ na casa do Senhor estão plantados,/ nos átrios de meu Deus florescerão.

— Mesmo no tempo da velhice darão frutos,/ cheios de seiva/ e de folhas verdejantes; e dirão:/ É justo mesmo o Senhor Deus:/ meu rochedo,/ não existe nele o mal!


SEGUNDA LEITURA (2Cor 5,6-10)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 6Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, somos peregrinos longe do Senhor; 7pois caminhamos na fé e não na visão clara. 8Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. 9Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado essa morada. 10Aliás, todos nós temos de comparecer às claras perante o tribunal de Cristo, para cada um receber a devida recompensa, prêmio ou castigo, do que tiver feito ao longo de sua vida corporal.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


EVANGELHO (Mc 4,26-34)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou.

30E Jesus continuou: Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra.

33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!


HOMILIA

Dom Sérgio da Rocha

Arcebispo de Brasília


O trecho do Evangelho segundo Marcos, proclamado nas missas de hoje, nos apresenta duas breves parábolas acerca do Reino. Jesus compara o Reino de Deus à semente que vai germinando e crescendo até produzir frutos, sem que o semeador saiba como isso acontece (Mc 4,27). Deste modo, ele ressalta a força e o dinamismo da própria semente, independente da ação humana.  O Reino se expande pela força de Deus. Jesus também compara o Reino de Deus ao grão de mostarda, planta que não se confunde com a verdura que conhecemos. A sua semente era considerada pelo povo a menor de todas, mas que depois se tornava uma das maiores árvores daquela região. O acento sobre a pequenez da semente contrasta com as ideias de grandeza e glória terrenas, atribuídas ao Reino de Deus por muitos, naquele tempo e ainda hoje. Na atual cultura, em que se valoriza o que é grandioso e espetacular, é preciso redescobrir o amor de Deus manifestado na simplicidade da vida cotidiana. Ao contrário, deixamos de discernir e acolher os sinais do Reino presente entre nós. Apenas ospequeninos foram capazes de compreender e aceitar a boa nova do Reino, e não os que se achavam sábios e poderosos (Lc 10,21). Além disso, a referência aos grandes ramos estendidos, capazes de abrigar os pássaros do céu nos faz pensar na universalidade do Reino, aberto a todos e não restrito a alguns.

Ao rezar o Pai Nosso, nós sempre pedimos venha a nós o vosso Reino!  Assim fazemos, porque sabemos que o Reino é dom, deve ser entendido na perspectiva da graça. Ao mesmo tempo, a acolhida desse dom se expressa através do louvor e da atuação responsável dos cristãos na história. São Paulo nos recorda que somos peregrinos (2Cor 5,6) que caminham na fé, rumo à morada eterna,  junto do Senhor. Ao mesmo tempo, nos motiva a viver com responsabilidade a nossa vida neste mundo, pois deveremos prestar contas a Deus da nossa peregrinação.


ORAÇÃO

                             
Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Amém!

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Reunião ECCI - Junho/2015



Amigo MFCista,

Amanhã (09), nos encontraremos para a nossa reunião da ECCI de abril, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Rua Omílio Monteiro Soares, 847, Fanny).

Contamos com a presença dos coordenadores e de mais um casal de cada equipe-base. Sua presença é muito importante para debatermos assuntos referente ao MFC Curitiba.

Haverá segurança para cuidar dos carros durante o nosso encontro.

domingo, 7 de junho de 2015

MFC em ação no Corpus Cristhi

Liturgia do 10º Domingo do tempo comum - 07/06/2015




10º DOMINGO

DO TEMPO COMUM



PRIMEIRA LEITURA (Gn 3,9-15)

Leitura do Livro do Gênesis:
Depois que o homem comeu da fruta da árvore, 9o Senhor Deus chamou Adão, dizendo: Onde estás? 10E ele respondeu: Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo, porque estava nu; e me escondi11Disse-lhe o Senhor Deus: E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer?12Adão disse: A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi13Disse o Senhor Deus à mulher: Por que fizeste isso? E a mulher respondeu: A serpente enganou-me e eu comi14Então o Senhor Deus disse à serpente: Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da tua vida! 15Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


RESPONSÓRIO (Sl 129)


— No Senhor toda graça e redenção!

— Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,/ escutai a minha voz!/ Vossos ouvidos estejam bem atentos/ ao clamor da minha prece!

— Se levardes em conta nossas faltas,/ quem haverá de subsistir?/ Mas em vós se encontra o perdão? / Eu vos temo e em vós espero.

— No Senhor ponho a minha esperança,/ espero em sua palavra./ A minh’alma espera no Senhor / mais que o vigia pela aurora.

— Espere Israel pelo Senhor,/ mais que o vigia pela aurora!/ Pois no Senhor se encontra toda graça/ e copiosa redenção./ Ele vem libertar a Israel/ de toda a sua culpa.


SEGUNDA LEITURA (2Cor 4,13-18-5,1)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios:
Irmãos: 13Sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito:Eu creio e, por isso, falei, nós também cremos e, por isso, falamos, 14certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus. 16Por isso, não desanimemos. Mesmo se o nosso homem exterior se vai arruinando, o nosso homem interior, pelo contrário, vai-se renovando, dia a dia.

17Com efeito, o volume insignificante de uma tribulação momentânea acarreta para nós uma glória eterna e incomensurável. 18E isso acontece, porque voltamos os nossos olhares para as coisas invisíveis e não para as coisas visíveis. Pois o que é visível é passageiro, mas o que é invisível é eterno.

5,1De fato, sabemos que, se a tenda em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá uma outra moradia no céu que não é obra de mãos humanas, mas que é eterna.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


EVANGELHO (Mc 3,20-35)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 20Jesus voltou para casa com os seus discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. 21Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.

22Os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Belzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios.

23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela nos poderá manter-se. 26Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído.

27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno.

30Jesus falou isso, porque diziam: Ele está possuído por um espírito mau”.31Nisso chegaram sua mãe e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura.

33Ele respondeu:
Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos.35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!


HOMILIA

Dom Sérgio da Rocha

Arcebispo de Brasília


Nos Domingos do Tempo Comum deste Ano Litúrgico, estamos lendo o Evangelho segundo Marcos. Por isso, terminado o Tempo Pascal e as solenidades dos domingos seguintes, retomamos a sua leitura. Aproveite este tempo litúrgico para conhecer melhor a narrativa de Marcos a respeito do que Jesus fez e ensinou, lendo com a Igreja, as passagens propostas nas missas dominicais. Nós necessitamos conhecer mais a Palavra de Deus, fazendo a sua leitura orante. Para tanto, é preciso organizar o próprio tempo, dando prioridade à oração e a meditação da Palavra de Deus, de modo pessoal, em família e na comunidade. Tenha o seu tempo de oração pessoal; procure também ajudar outras pessoas a fazerem a experiência da leitura orante da Bíblia. Assim fazendo, podemos por em prática a Palavra de Deus e testemunhá-la na vida cotidiana, conforme o lema que tem orientado as nossas visitas missionárias: “Bíblia na mão, Palavra de Deus no coração e pés na Missão”. 

As leituras da missa de hoje mostram a realidade do pecado causado pela desobediência do homem e da mulher à Palavra do Criador, segundo o livro do Gênesis (Gn 3,9-15), assim como, a luta entre o homem exterior e o homem interior, conforme Paulo (2Cor 4,16). O Evangelho (Mc 3,20-35) nos apresenta as dificuldades enfrentadas por Jesus para anunciar o Evangelho, em sua cidade, até mesmo entre os seus parentes. Entretanto, a Palavra de Deus vem proclamar a vitória sobre o pecado por meio de Jesus Cristo. Ela já se encontra prefigurada na passagem do Gênesis que se refere à cabeça da serpente esmagada (Gn 3,15). É anunciada por Paulo, ao proclamar a ressurreição de Jesus e motivar a Comunidade de Corinto a não desanimar jamais. Por isso, não desanimamos!, afirma o Apóstolo (2Cor 4,16). Por fim, Marcos nos mostra o poder de Jesus de libertar o homem, perdoando os pecados, razão de ser de nossa força e esperança no combate espiritual.  Em resposta à Palavra proclamada, somos convidados a crer em Jesus e nele confiar, fazendo sempre a vontade de Deus (Mc 3,35).


ORAÇÃO

                             
Ó Deus, fonte de todo o bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Amém!