Monsenhor Roberto Carrara |
Agosto para os católicos é o mês das vocações religiosas. A Diocese de Apucarana, inclusive, realiza uma campanha para incentivar as famílias a discutirem a questão da vocação religiosa. Cada domingo do mês é dedicado a celebrar uma vocação, hoje, ao padre, o sacerdote com a missão de zelar pelas necessidades de todo o rebanho de sua comunidade. O Dia do Padre foi comemorado na última quinta-feira, no dia de São João Maria Vianey, padroeiro de todos os padres.
Viver o sacerdócio realmente não deve ser uma missão fácil. É preciso ter vocação. Monsenhor Roberto Carrara, 71 anos, natural do Distrito de Potunduva, zona rural de Jaú (SP), está próximo a completar 50 anos de sacerdócio. Ele comanda, praticamente, sozinho todas as atividades desenvolvidas na Catedral Nossa Senhora de Lourdes, em Apucarana. Em entrevista à Tribuna, o sacerdote contou detalhes de sua infância e vida religiosa.
Viver o sacerdócio realmente não deve ser uma missão fácil. É preciso ter vocação. Monsenhor Roberto Carrara, 71 anos, natural do Distrito de Potunduva, zona rural de Jaú (SP), está próximo a completar 50 anos de sacerdócio. Ele comanda, praticamente, sozinho todas as atividades desenvolvidas na Catedral Nossa Senhora de Lourdes, em Apucarana. Em entrevista à Tribuna, o sacerdote contou detalhes de sua infância e vida religiosa.
A diocese precisa de mais padres?
Carrara - Ah sim. Aqui precisa. A catedral precisa de um padre que fique a serviço sempre dos fieis. Por que o problema é: o padre Pedrinho se dispõe, como está faltando padres na cidade, ele vai às igrejas, como na Cristo Rei, Cristo Sacerdote, onde precisa de mais padres, para dar uma mão. No sábado e domingo, não tenho muita dificuldade, porque tenho um diácono que vem me ajudar em alguns matrimônios e batismos. Ele pode fazer, então, ele faz.
Como avalia essa situação: está faltando padre ou não?
Carrara - Ah sim. A nossa diocese é uma diocese privilegiada, mas para se ter uma idéia, na Itália, são 58 milhões de habitantes e tem 48 mil padres. No Brasil, nós somos 198 milhões de habitantes e temos 18 mil. Lá temos um padre para cada 1200 pessoas. Aqui temos 11 mil pessoas para cada padre. Infelizmente, nós não conseguimos atender todas as pessoas. Isso é o que está nos preocupando mais, porque está faltando padres para este tipo de trabalho.
A Igreja tem desenvolvido algum trabalho para suprir a falta de sacerdotes?
Carrara - Aqui na Diocese temos o padre Valdecir Ferreira, que trabalha no Seminário, e tem feito um trabalho muito bonito de vocação. Tem aumentado bastante o número de seminaristas. Os sinais futuros estão positivos.
Têm faltando padres para fazer o trabalho vocacional?
Exatamente. Tem faltado padre para trabalhar nesse sentido. Agora não somente isso, poderia ser feito um trabalho melhor, porque, se eu trabalhar bem as vocações eu não vou ter novos padres.
O que é necessário para seguir essa vocação?
Carrara- É preciso ter maturidade afetiva. É uma vocação mesmo. A pessoa tem que estar bem madura afetivamente, porque o aspecto afetivo é natural. Todos nós temos a necessidade de pessoas que nos amem, nos circundem, nós não somos uma ilha, Deus nos fez assim. Padre tem que ser alguém que seja capaz de superar esta necessidade animal. Nós temos sempre dentro de nós um animal forte. O animal da gula, do prazer, da ira, do orgulho, da vaidade, então, eu tenho que vencê-lo em todos os aspectos, inclusive o aspecto sexual. Eu preciso dominar, porque as tentações são muito comuns e frequentes.
Carrara- É preciso ter maturidade afetiva. É uma vocação mesmo. A pessoa tem que estar bem madura afetivamente, porque o aspecto afetivo é natural. Todos nós temos a necessidade de pessoas que nos amem, nos circundem, nós não somos uma ilha, Deus nos fez assim. Padre tem que ser alguém que seja capaz de superar esta necessidade animal. Nós temos sempre dentro de nós um animal forte. O animal da gula, do prazer, da ira, do orgulho, da vaidade, então, eu tenho que vencê-lo em todos os aspectos, inclusive o aspecto sexual. Eu preciso dominar, porque as tentações são muito comuns e frequentes.
Crédito: Tribuna do Norte
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