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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Correio MFC Brasil


Papa Francisco falou aos jovens da Jornada Mundial
SolidariedadeSolidariedade é uma palavra que nem sempre cai bem. É uma palavra muito mais do que alguns atos esporádicos de generosidade.”
1.    
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Solidariedade é pensar e agir em termos de comunidade, de prioridade de vida de todos sobre a apropriação dos bens por parte de alguns. Também é lutar contra as causas estruturais da pobreza, a desigualdade, a falta de trabalho, de terra e de moradia, a negação dos direitos sociais e trabalhistas. É enfrentar os destrutivos efeitos do Império do dinheiro: os deslocamentos forçados, as migrações dolorosas, o tráfico de pessoas, a droga, a guerra, a violência e todas essas realidades que muitos de vocês sofrem e que todos somos chamados a transformar. A solidariedade, entendida em seu sentido mais profundo, é um modo de fazer história, e é isso que os movimentos populares fazem.
Este encontro nosso não responde a uma ideologia. Vocês não trabalham com ideias, trabalham com realidades como as que eu mencionei e muitas outras que me contaram... têm os pés no barro, e as mãos, na carne. Têm cheiro de bairro, de povo, de luta! Queremos que se ouça a sua voz, que, em geral, se escuta pouco. Talvez porque incomoda, talvez porque o seu grito incomoda, talvez porque se tem medo da mudança que vocês reivindicam, mas, sem a sua presença, sem ir realmente às periferias, as boas propostas e projetos que frequentemente ouvimos nas conferências internacionais ficam no reino da ideia, esse é meu projeto.
Não é possível abordar o escândalo da pobreza promovendo estratégias de contenção que unicamente tranquilizem e convertam os pobres em seres domesticados e inofensivos. Como é triste ver quando, por trás de supostas obras altruístas, se reduz o outro à passividade, se nega ele ou, pior, se escondem negócios e ambições pessoais: Jesus lhes chamaria de hipócritas.Como é lindo, ao contrário, quando vemos em movimento os Povos, sobretudo os seus membros mais pobres e os jovens. Então, sim, se sente o vento da promessa que aviva a esperança de um mundo melhor. Que esse vento se transforme em vendaval de esperança. Esse é o meu desejo. (Trecho da fala de Francisco aos trabalhadores reunidos durante o Sínodo, no Vaticano, em outubro de 2014)



É possível!
Helio Amorim*
A presidente acha que esse episódio de assalto à Petrobras “pode mudar o país para sempre”.É possível!
Seu gigantismo conspira hoje contra a transparência dos seus negócios e tornou mais difícil identificar assaltos bilionários aos seus cofres. Ao longo dos seus 60 anos não foram poucos os deslizes marcados por propinas e desvios de dinheiro nos mais altos escalões de gestores da empresa. Ancelmo Gois listou em sua coluna do Globo alguns – apenas alguns, - casos escabrosos, da cor do petróleo.
Jango demitiu toda a diretoria da Petrobras em 1964, nas vésperas do golpe militar, por terem negociado contratos ruinosos. No regime militar, rompendo a censura da imprensa, ficamos sabendo que um ex-presidente da estatal saqueou a empresa e fugiu do país.
No governo Sarney, um general, diretor da empresa cobrou propinas de banqueiros. Em movimento oposto, em 1989, outro presidente da petroleira denunciou o governo Collor por negociações pecaminosas, estopim para a sua derrubada do Planalto.
No período de FHC na presidência, foi denunciado e frustrado um contrato de exclusividadecom uma das empresas do cartel na área de petroquímica. No governo Lula a Polícia Federal desencadeou a Operação “Águas Profundas” que apurou fraudes em licitações com desvios de mais de 200 milhões.
Lá fora, a Justiça holandesa multou a empresa que nos fornece navios-plataforma por pagamento de propinas no Brasil e em outros países, demonstrando que não se trata de fenômeno tupiniquim.
Observa-se, assim, que a esperteza nos negócios da Petrobras não tem cor partidária. Os negócios são submetidos à ambição desmedida de quadros públicos e agentes privados por ganhos vultosos acordados em gabinetes discretos – às vezes nem tão reservados.
Chegamos então ao Lava-Jato que envolveu dezenas de coautores e cúmplices, liderados por dois diretores da Petrobras e cumplicidade de algumas das maiores empresas construtoras – ou vice-versa. Os desvios estão calculados com precisão porque foram conhecidas as cláusulas contratuais dos criminosos: nada menos de 3% dos valores dos contratos firmados pela Petrobras com um sólido cartel de poderosas empreiteiras.
Edifício-sede da Petrobras no                Rio de Janeiro
Espanta-nos a duração dessa articulação criminosa de largo alcance, dez anos ou mais, contando com uma sólida discrição dos tantos atores dessa trampa. Estiveram presentes obrigatoriamente nas mais de uma centena de reuniões regulares da diretoria e do conselho de administração da Petrobras, sem que nenhum dos personagens, altamente experientes e vacinados contra essa praga, percebessem os desvios de tantos dinheiros “nas suas barbas”. Ponto para a habilidade perversa da quadrilha.
Outra faceta desconcertante dessa e de outras maracutaias é a habilidade dos criminosos para ocultar o produto de seus golpes. Aparentemente é fácil abrir contas bancárias fantasmas em paraísos fiscais inexpugnáveis, depositar e movimentar fortunas, em países minúsculos que nos mapas não se consegue localizar facilmente.
A partir da delação premiada, conhecemos melhor essa geografia pelo “arrependimento” súbito de assaltantes dispostos a devolver partes ainda disponíveis do butim milionário, contra redução de penas e delação dos seus cúmplices.
Resta a suspeita consequente dessa tragicomédia: não é possível tratar-se de um fenômeno petrolífero.
São múltiplos os setores de contratações públicas que podem estar dominados por pessoas ou grupos com habilidades e interesses escusos, em todos os níveis da administração pública, federal, estaduais, municipais, em conluios perniciosos a serem desmontados com precisão cirúrgica.
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Licitações transparentes são o ponto de partida para a melhor contratação pública sem conluios
Os responsáveis por licitações públicas precisam ser os melhores e mais confiáveis quadros dos órgãos e empresas que as promovem e os serviços sob gerenciamento severo durante a sua execução. Os Tribunais de Contas da União e dos Estados podem e devem estar aparelhados para esse controle da boa gestão pública não sendo apenas reativos ao leite derramado. É possível!
*Engenheiro, membro do Movimento Familiar Cristão - MFC


Mapa da corrupção
Sabe-se que a colonização da América Latina por países europeus, em especial Espanha e Portugal, foi profundamente marcada por roubos, saques, extermínio dos povos originários, escravidão e ampla corrupção daqueles que, no Novo Mundo, gerenciavam os interesses dos colonizadores.



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Frei BettoAdital


Na América Latina, a corrupção é um legado de nossa herança colonial. Somos herdeiros de uma tradição escravocrata, que deixou profundas sequelas em nossas estruturas e em nossos hábitos. Para sobreviverem ou alcançarem funções de poder, muitos recorriam a subornos, ao peculato e ao nepotismo.
Na tradição política da América Latina, os recursos públicos têm sido apropriados em função de interesses privados. A lógica do sistema capitalista favorece esse caldo de cultura ao considerar que os privilégios do capital devem estar acima dos interesses do trabalho. Prática que se estende à "corrupção” da natureza através da devastação ambiental.
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Seu dinheiro escorre pelo ralo da corrupção
Há, pois, em todo o mundo, e especialmente na América Latina, uma verdadeira oligarquia cleptocrática, para a qual a corrupção é um mecanismo intrínseco ao sistema de contratos, acordos, negócios e transações, principalmente na relação com o poder público. A cleptocracia é tanto mais facilitada quanto menos se conta com mecanismos de controle social do Estado e da administração pública.
Essa corrupção inerente ao nosso sistema político latino-americano corrobora para desacreditar as instituições políticas e viciar sempre mais os processos eleitorais. No Brasil, as empresas não votam mas ganham eleições...
Pesquisa da ONG Transparência Internacional, com sede em Berlim, divulgada em dezembro de 2013, apontou que Somália, Coreia do Norte e Afeganistão são os países onde há mais corrupção, enquanto Dinamarca e Nova Zelândia, seguidos de Luxemburgo, Canadá, Austrália, Holanda e Suíça se destacam como os países onde há mais transparência nas contas públicas.
Entre 177 países pesquisados, o Brasil figura em 72º lugar. Na América Latina, aparece como mais vulnerável à corrupção que Chile, Uruguai, Costa Rica e Cuba, entre outros. E menos que Argentina, Venezuela, Bolívia e Equador.
Dos países avaliados, em 70% há fortes indícios de que funcionários públicos são maleáveis a subornos.
A Venezuela aparece na lista como um dos países onde há mais corrupção (160º lugar), enquanto os mais transparentes são o Uruguai (19º) e o Chile (22º).
Finn Heinrich, coordenador da pesquisa, admite que a corrupção atinge, em primeiro lugar, os mais pobres: "Se você observa os últimos países da lista, os cidadãos mais pobres são os mais prejudicados. Iraque, Síria, Líbia, Sudão e Sudão do Sul, Chade, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Haiti, Turcomenistão, Uzbequistão e Iêmen figuram entre os países nos quais grassa mais corrupção na administração pública e nas empresas privadas. A corrupção está muito relacionada a países em decomposição, como Líbia e Síria.” É o caso também do Afeganistão.

Frei Betto é escritor, autor de "Calendário do Poder”(Rocco), entre outros livros.
http://www.freibetto.org/ > twitter:@freibetto.

Transposição avança

As obras mobilizam 8 mil pessoas e 2 mil máquinas para concluir a transposição em dezembro de 2015

O Ministério da Integração Nacional informou que o contingente de trabalhadores nas obras da transposição do rio São Francisco ultrapassou a marca de 8 mil pessoas.Cerca de duas mil máquinasestão atualmente em operação nas obras da transposição.
O projeto, orçado inicialmente em pouco mais de R$ 4 bilhões, já superou os R$ 8 bilhões. Pelo cronograma atual, a transposição, que promete beneficiar 12 milhões de pessoas no semiárido, deve ser concluída em dezembro de 2015.

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