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quinta-feira, 29 de maio de 2014

João Paulo II: um pontificado pautado pela santidade e força heroica na vontade de transformar o mundo


No dia 21 de abril embarquei com mais 32 pessoas na viagem que nos levou a Roma para a canonização de João Paulo II. Em minha bagagem levei algumas roupas e a túnica e estola sacerdotal, e memória do que vimos e ouvimos deste pontificado. Este que é fruto da acolhida e recepção do Vaticano II em dinamismo proposto por João XXIIII e seu acionamento, como ele próprio diz, e a necessidade de diálogo com o mundo moderno. Uma mentalidade de transição que foi seguida por Paulo VI até a eleição do cardeal polonês Carol Woytila, em 16 de outubro de 1978.

Minha visão eclesial foi formada no que meus pais me orientaram e no desejo de uma igreja participativa e na comunhão, pressupostos que a Conferência de Puebla indicaram para toda a América Latina (1979). Na ocasião da III Conferência Episcopal dos bispos da América Latina, o papa polonês faz sua primeira viagem apostólica e traça linhas de ação para todo o continente.

O rosto do pontificado aparece nas primeiras Encíclicas: A redenção do homem publicada, em março de 1979. O que dizer deste pontificado, deste homem que não se abalou nem com os perigos de morte e não se calou diante das misérias do mundo? Um homem de fé que mostrou a todos a força do amor de Deus, na redenção do homem. Como compreender o sagrado? Como já mencionei acima toda minha formação de fé, comunidade e presbiteral se deu durante todo este pontificado, poderíamos resumir em dez palavras o pontificado de Joao Paulo II: Deus, amor, família, diálogo, vida, justiça, trabalho, igreja, catequese e santidade. São palavras que ouso a resumir um pontificado de um ser humano incrível que sempre acreditou no humano, que não temos ideia de sua dimensão e profundidade.

As marcas deste pontificado carregamos até hoje e está presente no pontificado do Papa Francisco, o desejo de uma igreja em comunhão e no desejo de dialogar com o mundo. Para o banimento de muitas injustiças que temos na sociedade e a prática da bondade do amor de Deus ancorada nos valores do Evangelho.

Quando jovem Carol Woytila trabalhou em minas de calcário Cracóvia, as pedras de cal serviram para ajudar a entender sobre as pedras da existência humana, sobre o trabalho e as lições difíceis da vida familiar.
Como ator esteve em vários cenários que o tocaram e o levou a compreender o momento presente como um dom. Ao ser canonizado e elevado aos altares de nossa Igreja Católica, sinaliza a todos nós que Deus nos chama à santidade. E somos convidados a mergulhar em seu mistério. Em tempos de tantas crises, de instabilidade, de anseios diante de um pragmatismo exagerado, com respostas imediatas e caminhos curtos. Que possamos crer e em nossas orações pedir que em nosso meio e em nosso tempo suscitem homens e mulheres de boa vontade, para transformar a sociedade e edificá-las com os valores dos Evangelhos, que continuam sendo atuais e perenes diante de tanto sofrimento humano. Joao Paulo II e João XXIII nos ajudem com seu edificante testemunho de santidade.

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