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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Correio MFC Brasil

Preocupado com a grave situação humanitária relacionada à intensa migração de crianças e adolescentes rumo aos Estados Unidos, o Papa Francisco escreveu uma carta que foi remetida aos participantes do "Colóquio México-Santa Sé sobre Mobilidade Humana e Desenvolvimento”, que está acontecendo na Cidade do México.

Papa solicita atenção humanitária urgente para crianças migrantes
Adital
Na mensagem especial, o Sumo Pontífice pede novas formas de migração legal e segura e o acolhimento e proteção das crianças que atravessam sozinhas a fronteira com os Estados Unidos.
"A globalização é um fenômeno que nos interpela, especialmente em uma de suas principais manifestações, como é a emigração. Trata-se dehttp://www.adital.com.br/arquivos2/2014/07/2014_07_papa_ninos_migrantes_reproducao.jpgum dos ‘sinais’ desses tempos, que estamos vivendo e que nos recorda as palavras de Jesus ‘Por que não julgam vocês mesmos o que é justo?’. Apesar do grande fluxo de migrantes presentes em todos os continentes e em quase todos os países, a migração é vista ainda como uma emergência ou como um fato circunstancial e esporádico, enquanto já se converteu em um elemento característico e em um desafio de nossas sociedade”, manifestou.
A mensagem especial chamou atenção para as milhares de crianças que têm fugido da violência e da pobreza de seus países - especialmente do México e da América Central - e sozinhas tentam atravessar a fronteira com os Estados Unidos em condições extremas, buscando esperanças de uma vida melhor.
O Papa Francisco alertou que a quantidade de crianças que fazem a travessia cresce diariamente e por isso pediu que essa emergência humanitária seja priorizada e receba atenção urgente, de modo que os menores sejam acolhidos e protegidos. Além disso, devem ser pensadas políticas de informação sobre os perigos da viagem e, sobretudo, políticas voltadas para o desenvolvimento de seus países de origem.
Na carta, o Papa lembrou ainda que a migração é um fenômeno repleto de promessas e desafios; que, muitas vezes, gera sofrimento, como a separação da família, violação de direitos, o enfrentamento a situações de racismo e xenofobia, culminando, algumas vezes, até mesmo com a morte. Diante disso, reforçou a mensagem enviada durante a Jornada Mundial do Migrante e Refugiado.
"É necessária uma mudança de atitude com os migrantes e refugiados por parte de todos. Passar de uma atitude de defesa e de medo, de desinteresse ou de marginalização que, ao final, corresponde precisamente à cultura do descarte, a uma atitude que tenha como base a cultura do encontro, a única capaz de construir um mundo mais justo e fraterno, um mundo melhor”, defendeu.


Quando casais se dispõem a conversar sobre as dificuldades que encontram no casamento, vêm à tona as questões da tão apreciada liberdade e da independência de cada um. Como conciliar liberdade e independência com uma vida a dois, uma vida de casal? Como permanecer um EU, um TU, livres e independentes, com projetos pessoais fortalecidos, e ao mesmo tempo tornar-se um NÓS, criando e desenvolvendo projetos comuns, projetos de casal?
Casal: eu, tu, nós
Deonira L. Viganó La Rosa
Terapeuta de Casal e de Família. Mestre em Psicologia
Este é um dos maiores desafios do casamento, hoje muito mais do que em tempos passados, já que antes quem casava se dispunha a renunciar os projetos pessoais, ainda que fossem julgados essenciais, principalmente por um dos membros do casal, quase sempre a mulher.
http://territorio.animale.com.br.s3.amazonaws.com/territorioanimale/wp-content/uploads/2014/02/valentines-day-os-casais-mais-tops-do-momento-animale-capa-david-beckham-e-victoria-beckham.jpg
Casais hodiernos dizem sentir-se oprimidos entre o desejo de fusão com o outro e o desejo de ser eles mesmos, de guardar um jardim secreto irredutível onde sua liberdade possa realizar-se plenamente, sem que o outro apareça como uma sombra toda vez que um dos dois deseja alçar um voo livre.
Na verdade o desejo secreto parece ser este: Quero viver as regalias de solteiro, da independência total, da liberdade, quero crescer sem amarras, mas também quero ser casado, quero as regalias do companheirismo, dos filhos.
E são especialmente atacados por este vírus os que casam com mais idade, acostumados a não depender de ninguém. “Não depender” é relativo, pois não existe quem não dependa de alguém e de alguma coisa, somos todos interdependentes, mas aqui tratamos da condição específica do casamento.

Nossa história nos condiciona

A origem destes conflitos muitas vezes se encontra em nossa história pessoal.  Cada um de nós carrega uma mala nas costas onde se aninha tudo o que já vivemos anteriormente e agora passa a influenciar nosso comportamento, sem que estejamos sempre conscientes disto. E muitos de nossos comportamentos são apenas uma projeção daquilo que está na mala. É como quando vamos ao cinema, nunca olhamos para trás onde está rodando o filme, só olhamos a projeção do filme que está na tela, na nossa frente. Mas ali não está o filme, apenas sua projeção. Frequentemente o que vemos nos outros é só uma projeção de nós mesmos.

A capacidade de encontrar a justa medida entre ser livre e independente e ao mesmo tempo ser interdependente, ser vinculado seriamente com alguém, está relacionada com a forma como estabelecemos os vínculos com nossa mãe, desde o ventre materno, até o jeito e a intensidade com a qual fomos formando, ou não, vínculos (laços), com a mãe, o pai, irmãos, e todas as pessoas com quem fomos convivendo.

Há pessoas que não conseguem vincular-se no casamento.

São como hóspedes dentro de casa, cumprem tarefas - até responsavelmente -, mas não criam laços, não se vinculam. Toda vez que precisam apoiar, ceder, negociar, deixar de lado caprichos, fazem disto um fogaréu, pois não sabem unir-se ao outro com afeto, sem anular-se, não sabem fazer feliz a vida comum, sem prejudicar seus projetos essenciais. Claro que a renúncia necessária nunca será aquela que fere profundamente a individualidade de cada um, respeitar este princípio é fundamental. Resta identificar o que é essencial e o que é mero capricho...

Não faz tempo, o Globo Repórter mostrou um casal, já de idade, que não vivia em comum, embora na mesma casa, os dois eram apenas hóspedes, cada um vivendo sua vida, e nem sequer conversavam um com o outro. Sabe-se que a psicologia estuda a chamada síndrome da hospedagem, uma disfunção de pessoas que não conseguem criar e manter vínculos (laços afetivos profundos).

http://www.zaiom.com.br/userfiles/Abra%C3%A7o%20gostoso%202(1).jpg

Ser casal é aceitar a interdependência, os próprios limites, as responsabilidades de cada um e viver pela felicidade de ambos.

E isto nunca acontecerá sem que cada um dos dois tenha suas fontes saudáveis de prazer, seus projetos próprios, independentes do outro cônjuge. Sem um EU e um TU fortes e saudáveis não haverá NÓS que sobreviva feliz.



Para pais que nunca refletiram sobre este poema


O Profeta
de Khalil Gibran

E uma mulher, que segurava um bebê no colo, disse: Fala-nos dos Filhos.
E ele disse:
Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas do desejo da Vida por si mesma.
Eles vêm através de vós, mas não de vós.
E apesar de estarem convosco, não pertencem a vós.
Podeis dar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos.
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas.
Pois suas almas vivem na cada casa do amanhã, a qual vós não podeis visitar, nem mesmo em vossos sonhos.
Podeis esforçar-vos em ser como eles, mas não tentai fazê-los como vós.
Pois a vida não volta para trás, nem permanece no dia de ontem.
Sois os arcos dos quais seus filhos, como flechas vivas, são arremessados.
O arqueiro vê o alvo no caminho do infinito, e Ele vos dobra com o Seu poder para que Suas flechas possam ir longe e velozes.
Deixai que o Arqueiro vos curve com alegria;
Pois assim como Ele ama a flecha que voa, Ele também ama o arco que é estável.

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