Tanto no casamento como na família ou no trabalho, é comum que as pessoas vivam desencontros ou desentendimentos e, ainda, experimentem contradições dentro de si mesmas, ou com grupos da sociedade. A estas experiências costumamos dar o nome de conflitos.
O conflito é normal. É neutro. Faz parte de qualquer sistema vivo que cresce e se desenvolve. Ora, a família também é um sistema formado por pai-mãe, filhos, irmãos, avós, sobrinhos... inserido em outro sistema – a sociedade. Da interação entre os membros dentro da família e destes com os grupos fora da família resultam mudanças. Aqueles que mudam vão pressionar os que ainda não mudaram.
Estes vão reagir para conservar-se como estão. Então, surgem forças contrárias: ação-reação. Surgem os conflitos. E quanto mais diversidade, mais conflitos.
Conflitos trazem vantagens ou desvantagens dependendo de como são administrados.
Como vantagens, podemos dizer que as oposições ajudam a construir a identidade; colaboram para que a pessoa perceba que não é dona da verdade, ajudam-na a reconhecer que o outro é diferente e não é feito de massa de modelar. Oportunizam examinar a própria imagem, assim como o outro a vê. Permitem revelar a face escondida, sobretudo permitem a evolução, o crescimento, a mudança. O outro não poderia revelar-se como é se não houvesse afrontamento e não poderíamos conhecê-lo.
Conflitos mal resolvidos podem levar à fadiga e provocar separação. A violência é um risco: uma das pessoas reage de maneira desmedida e usa todo tipo de palavra violenta e até a violência física. A recusa ao diálogo afasta as pessoas em conflito.
Certos comportamentos aguçam ou amenizam os conflitos
Culpar o outro e lembrar seus erros do passado; comandar; ameaçar, assustar; desvalorizar, desconfirmar; guardar ressentimento; ter baixa autoestima; sentir-se ameaçado pelo diferente e inusitado, são comportamentos que aguçam conflitos.
Perguntar-se: o que nos afasta? O que nos aproxima?
Ao invés de gritar, falar o que se sente e ouvir as necessidades do outro; não tentar fazer o outro entender do jeito que você entende; falar sem culpar; não demonstrar desprezo; não fazer chantagem; não interromper o outro e nem discutir em lugares públicos, são posturas recomendadas para que o conflito se torne um aliado e não um acelerador de rompimentos.
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As expressões da sexualidade são formas múltiplas de comunicação e linguagem do amor conjugal. Certos aspectos físicos e psicológicos dessas expressões da sexualidade não podem ser desprezados. São, mesmo, capazes de influir sobre o dinamismo das relações afetivas, que se vai desenvolvendo ao longo da vida conjugal.
Muitos casais não têm conseguido viver, em toda a sua amplitude, a alegria transbordante que poderiam encontrar em suas relações sexuais. O amor que procuram exprimir não foi capaz de resolver algumas dificuldades, muitas vezes nem identificadas com nitidez. Talvez nunca tenham chegado a se conhecer o suficiente para compreender e aceitar as peculiaridades psicológicas do outro e as características de sua sexualidade.
Porque estas coisas são muito pessoais e não obedecem a modelos, esse conhecimento profundo do outro é essencial. Às vezes, as diferenças de educação e as cargas hereditárias — com seus preconceitos e condicionamentos — criaram barreiras e bloqueios mais fortes do que a boa vontade de vencê-los.
Por isso, a importância do diálogo do casal, para expressões mais perfeitas da sexualidade. Um diálogo tranquilo e descontraído, aberto e sincero, levaria à superação progressiva dessas dificuldades. Na medida em que ambos se revelassem mutuamente, com naturalidade, seus anseios ou frustrações, alegrias ou decepções. O silêncio conformista e o mutismo amargo são imperdoáveis, nessas situações de desencontros sexuais.
Muitos que viveram essa alegria, em plenitude, numa fase gratificante de suas vidas, se perguntam hoje, perplexos, o que lhes terá acontecido, tantas são as dificuldades que encontram para restabelecer a harmonia abalada ou perdida.
Talvez descubram que deixaram suas relações amorosas se desgastarem pela rotina, pelo cansaço dos gestos repetidos e pela falta de atenção. Ou por excesso de preocupações e pela dispersão de suas vidas entre tantos compromissos sociais e profissionais que não souberam dosar ou hierarquizar.
Mas, vamos reconhecer: as pressões que se exercem sobre o homem e a mulher são muito poderosas! Essas pressões podem condicionar o homem, por exemplo, a viver uma sexualidade empobrecida, que reduz o ato sexual a uma fria e apressada relação, comandada, precipitadamente, pelo simples mecanismo dos sentidos e desligada de qualquer conteúdo afetivo.
Não se sentindo envolvida por um clima densamente amoroso, a esposa se sente manipulada, reduzida a simples objeto sexual! E se mantém desinteressada e distante. Não é capaz de viver intensamente a sua sexualidade sem conexão com a sua vida afetiva.
Estas e tantas outras possibilidades de desencontros, são fruto de pressões psicológicas, sociais e condicionamentos culturais que dificultam a construção de um autêntico encontro interpessoal. Suas causas devem ser identificadas e analisadas, com humildade, pelos que desejam, sinceramente, manter ou reconstruir o entusiasmo de viver e a alegria de estarem juntos.
Naturalmente, o diálogo é um grande instrumento nesta busca, talvez desgastado pela rotina da convivência, portanto imperioso resgatá-lo para recuperar esse entusiasmo do começo. Nunca é tarde para recomeços...
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Correio MFC Brasil
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