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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Arquidiocese emite nota sobre os acontecimentos na Praça Nossa Sra. Salette

A Arquidiocese de Curitiba emitiu um nota oficial, na tarde de hoje (29), na qual repudiou  e lamentou os fatos ocorridos em frente a Assembleia Legislativa do Paraná.

Segundo a nota, "A violência, venha de onde vier, é sempre a pior alternativa: fere-se a liberdade, golpeia-se a dignidade da vida, esvazia-se o princípio democrático, as instituições desfiguram-se e os direitos perdem a sua centralidade".

Confira na integra o comunicado emitido pela Assessoria de imprensa da Arquidiocese de Curitiba:

“Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância” (Jo 10,10). 

A Arquidiocese de Curitiba vem a público manifestar sua consternação e profundo lamento pelos fatos ocorridos em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná nestes últimos dois dias (28 e 29 de Abril de 2015) em que se discutia o Projeto de Lei nº 252/2015, que promove mudanças no regime próprio da previdência social dos servidores estaduais – a Paraná Previdência.

Testemunhamos com profundo pesar os fatos violentos perpetrados pelas diferentes partes do confronto. A violência, venha de onde vier, é sempre a pior alternativa: fere-se a liberdade, golpeia-se a dignidade da vida, esvazia-se o princípio democrático, as instituições desfiguram-se e os direitos perdem a sua centralidade. Ao final, os adversários do diálogo são os que mais se aproveitam desta situação de conflito. Hoje, a paz foi derrotada.

Em nome de Jesus Cristo, que chamou sua Igreja a ser serva e testemunha da verdade e da caridade, conclamamos todos os homens e mulheres de boa vontade do Estado do Paraná, que aqui nesta cidade se encontram, a rejeitarem terminantemente o conflito físico como resposta às diferenças de interesses. Somente o diálogo sadio poderá nos ajudar a chegarmos a soluções justas e equânimes. Imploramos ao Príncipe da Paz – o Senhor Jesus que nos anunciou o Reino de Justiça e de Amor – que nos envie do céu asua ajuda, a fim de que cheguemos a um consenso reto. “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há sempre uma opção possível: o diálogo”(Papa Francisco, JMJ 2013).


Curitiba, 29 de abril de 2015 
Arquidiocese de Curitiba

domingo, 26 de abril de 2015

Liturgia do 4º Domingo da Páscoa - 26/04/2015



 
4º DOMINGO DA PÁSCOA

DOMINGO DO BOM PASTOR


  

PRIMEIRA LEITURA (At 4,8-12)


Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, 8Pedro, cheio do Espírito Santo, disse: Chefes do povo e anciãos: 9hoje estamos sendo interrogados por termos feito o bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. 10Ficai, pois, sabendo todos vós e todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré, — aquele que vós crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos — que este homem está curado, diante de vós.

11Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes, e que se tornou a pedra angular. 12Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


RESPONSÓRIO (Sl 117)


— A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular.

— Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / Eterna é a sua misericórdia!/ É melhor buscar refúgio no Senhor,/ do que pôr no ser humano a esperança;/ é melhor buscar refúgio no Senhor,/ do que contar com os poderosos deste mundo!

— Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes/ e vos tornastes para mim o salvador!/ A pedra que os pedreiros rejeitaram/ tornou-se agora a pedra angular./ Pelo Senhor é que foi feito tudo isso;/ que maravilhas ele fez a nossos olhos!

— Bendito seja, em nome do Senhor,/ aquele que em seus átrios vai entrando!/ Vós sois meu Deus, eu vos bendigo e agradeço!/ Vós sois meu Deus, eu vos exalto com louvores!/ Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!/ Eterna é a sua misericórdia!


SEGUNDA LEITURA (1Jo 3,1-2)


Leitura da Primeira Carta de São João:
Caríssimos: 1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.

2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


EVANGELHO (Jo 10,11-18)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus: 11Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. 12O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa.13Pois ele é apenas um mercenário que não se importa com as ovelhas.

14Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem,15assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas.

16Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor.

17É por isso que meu Pai me ama, porque dou a minha vida, para depois recebê-la novamente. 18Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que recebi de meu Pai.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!


HOMILIA

Dom Sérgio da Rocha

Arcebispo de Brasília


O 4º Domingo da Páscoa é conhecido como Domingo do Bom Pastor, pois nele sempre se proclama um trecho do capítulo dez do Evangelho segundo João, que nos apresenta Jesus como o Bom Pastor. A cada ano, são destacados traços do Bom Pastor que nos motivam a colocar nele a nossa fé, deixando-nos conduzir por ele e escutando a sua voz, como ovelhas do seu rebanho. A doação da vida do Bom Pastor se manifesta, de modo especial, na cruz. Neste Tempo Pascal, nós estamos celebrando a vitória do Pastor - Cordeiro imolado, que vence a morte e nos dá a vida. Contudo, não se pode pertencer ao rebanho aceitando apenas o pastor. Aqueles que seguem o Bom Pastor devem aceitar também as demais ovelhas do rebanho, os outros discípulos, como irmãos a serem amados através de gestos concretos de caridade, serviço e doação da própria vida. Por isso, valorize a Igreja e participe da sua paróquia, procurando colaborar no cuidado pastoral da comunidade.

No Domingo do Bom Pastor, nós somos convidados a rezar especialmente por aqueles que colaboram no pastoreio do rebanho de Jesus, o Bom Pastor, prolongando a sua presença e missão, de modo especial, através do sacerdócio e da vida religiosa. Por isso, a cada ano, neste Domingo, celebramos a Jornada Mundial de Oração pelas Vocações. Não bastam as iniciativas espontâneas para valorizar e promover as vocações, embora elas sejam sempre muito importantes. É preciso organizar o serviço de animação vocacional nas paróquias, criando equipes paroquiais de pastoral vocacional. Além disso, não pode faltar o testemunho da beleza e do valor do sacerdócio e da vida consagrada, assim como, o reconhecimento da importância da vocação dos cristãos leigos na Igreja e na sociedade. Necessitamos de leigos atuantes na Igreja, que sejam sal da terra luz do mundo.

Lembremos, hoje, que o cultivo das vocações é dever da inteira comunidade dos fiéis, a começar pela oração permanente pelas vocações, segundo a palavra de Jesus: pedi ao Senhor da messe que envie operários para a messe(Mt 9, 38). Agradecemos a todos os que se dedicam ao serviço vocacional em nossa Igreja, especialmente, aos formadores dos Seminários, aos animadores da Pastoral Vocacional e aos que contribuem para a Obra das Vocações Sacerdotais. Necessitamos de maior auxílio espiritual e material, principalmente na sustentação de nossos Seminários.

Neste Ano da Vida Consagrada, nós louvamos a Deus, de modo especial, pelas pessoas consagradas, expressando-lhes a nossa cordial gratidão pela presença fraterna e missão entre nós. Suplicamos a Jesus, o Bom Pastor, para abençoar a todos os consagrados e consagradas. Sejam sempre sinais do amor de Deus, testemunhando a alegria do Evangelho!


ORAÇÃO

                             
Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir, apesar de sua fraqueza, a fortaleza do Pastor. Amém!

Editado por JorgeMacielNews

sábado, 25 de abril de 2015

Nota da CNBB sobre o momento nacional

“Entre vós não deve ser assim” (Mc 10,43).
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunida em sua 53ª Assembleia Geral, em Aparecida-SP, no período de 15 a 24 de abril de 2015, avaliou, com apreensão, a realidade brasileira, marcada pela profunda e prolongada crise que ameaça as conquistas, a partir da Constituição Cidadã de 1988, e coloca em risco a ordem democrática do País. Desta avaliação nasce nossa palavra de pastores convictos de que “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (EG, 183).
O momento não é de acirrar ânimos, nem de assumir posições revanchistas ou de ódio que desconsiderem a política como defesa e promoção do bem comum. Os três poderes da República, com a autonomia que lhes é própria, têm o dever irrenunciável do diálogo aberto, franco, verdadeiro, na busca de uma solução que devolva aos brasileiros a certeza de superação da crise.
A retomada de crescimento do País, uma das condições para vencer a crise, precisa ser feita sem trazer prejuízo à população, aos trabalhadores e, principalmente, aos mais pobres. Projetos, como os que são implantados na Amazônia, afrontam sua população, por não ouvi-la e por favorecer o desmatamento e a degradação do meio ambiente.
A lei que permite a terceirização do trabalho, em tramitação no Congresso Nacional, não pode, em hipótese alguma, restringir os direitos dos trabalhadores. É inadmissível que a preservação dos direitos sociais venha a ser sacrificada para justificar a superação da crise.
A corrupção, praga da sociedade e pecado grave que brada aos céus (cf. Papa Francisco – O Rosto da Misericórdia, n. 19), está presente tanto em órgãos públicos quanto em instituições da sociedade. Combatê-la, de modo eficaz, com a consequente punição de corrompidos e corruptores, é dever do Estado. É imperativo recuperar uma cultura que prima pelos valores da honestidade e da retidão.  Só assim se restaurará a justiça e se plantará, novamente, no coração do povo, a esperança de novos tempos, calcados na ética.
A credibilidade política, perdida por causa da corrupção e da prática interesseira com que grande parte dos políticos exerce seu mandato, não pode ser recuperada ao preço da aprovação de leis que retiram direitos dos mais vulneráveis. Lamentamos que no Congresso se formem bancadas que reforçem o corporativismo para defender interesses de segmentos que se opõem aos direitos e conquistas sociais já adquiridos pelos mais pobres.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215/2000, por exemplo, é uma afronta à luta histórica dos povos indígenas que até hoje não receberam reparação das injustiças que sofreram desde a colonização do Brasil. Se o prazo estabelecido pela Constituição de 1988 tivesse sido cumprido pelo Governo Federal, todas as terras indígenas já teriam sido reconhecidas, demarcadas e homologadas. E, assim, não estaríamos assistindo aos constantes conflitos e mortes de indígenas.
A PEC 171/1993, que propõe a redução da maioridade penal para 16 anos, já aprovada pela Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça da Câmara, também é um equívoco que precisa ser desfeito. A redução da maioridade penal não é solução para a violência que grassa no Brasil e reforça a política de encarceramento num país que já tem a quarta população carcerária do mundo. Investir em educação de qualidade e em políticas públicas para a juventude e para a família é meio eficaz para preservar os adolescentes da delinquência e da violência.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, em vigor há 25 anos, responsabiliza o adolescente, a partir dos 12 anos, por qualquer ato contra a lei, aplicando-lhe as medidas socioeducativas. Não procede, portanto, a alegada impunidade para adolescentes infratores. Onde essas medidas são corretamente aplicadas, o índice de reincidência do adolescente infrator é muito baixo. Ao invés de aprovarem a redução da maioridade penal, os parlamentares deveriam criar mecanismos que responsabilizem os gestores por não aparelharem seu governo para a correta aplicação das medidas socioeducativas. 
O Projeto de Lei 3722/2012, que altera o Estatuto do Desarmamento, é outra matéria que vai na contramão da segurança e do combate à violência. A arma dá a falsa sensação de segurança e de proteção. Não podemos cair na ilusão de que, facilitando o acesso da população à posse de armas, combateremos a violência. A indústria das armas está a serviço de um vigoroso poder econômico que não pode ser alimentado à custa da vida das pessoas. Dizer não a esse poder econômico é dever ético dos responsáveis pela preservação do Estatuto do Desarmamento.
Muitas destas e de outras matérias que incidem diretamente na vida do povo têm, entre seus caminhos de solução, uma Reforma Política que atinja as entranhas do sistema político brasileiro. Apartidária, a proposta da Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, da qual a CNBB é signatária, se coloca nessa direção.
Urge, além disso, resgatar a ética pública que diz respeito “à responsabilização do cidadão, dos grupos ou instituições da sociedade pelo bem comum” (CNBB – Doc. 50, n. 129). Para tanto, “como pastores, reafirmamos ‘Cristo, medida de nossa conduta moral’ e sentido pleno de nossa vida” (Doc. 50 da CNBB, Anexo – p. 30).
Que o povo brasileiro, neste Ano da Paz e sob a proteção de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, supere esse momento difícil e persevere no caminho da justiça e da paz.

Aparecida, 21 de abril de 2015.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB
Dom José Belisário da Silva, OFM
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Confira o resultado das últimas eleições da 53ª AG

primeiro dia 53 AG

Desde o dia 15, bispos de todo o Brasil estão reunidos na 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Nesta quarta-feira, foram realizadas as últimas votações dos representantes das 12 Comissões Episcopais. Abaixo, a relação das Comissões:

Comissão da Comunicação
Dom Darci José Nicioli
Foi eleito no segundo escrutínio para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) o bispo titular de Tito e auxiliar de Aparecida (SP), dom Darci José Nicioli. Ele recebeu 207 votos, ultrapassando a maioria absoluta requerida de 138.

Comissão para a Juventude
Dom Vilsom Basso
O bispo auxiliar de Caxias do Sul do Maranhão (MA), dom Vilsom Basso, SCJ, foi eleito no primeiro escrutínio para presidir a Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Vilson Basso recebeu 171 dos votos do total de 273 votantes, alcançando assim a maioria absoluta requerida de 138 votos para o cargo.

Comissão Vida e Família
Dom João Bosco Barbosa
Dom João Bosco recebeu 150 votos de um total de 267 votantes, superando a maioria absoluta requerida de 135 votos.

Comissão para Cultura e Educação
Dom João Justino
O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom João Justino de Medeiros Silva, foi eleito no segundo escrutínio para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom João Justino recebeu 227 votos do total de 280 votantes, alcançando assim a maioria absoluta requerida de 141 votos para o cargo.

Comissão Episcopal Pastoral para o serviço da Caridade, Justiça e Paz
Dom Guilherme Werlang
Foi reeleito no segundo escrutínio. Ao receber 184 votos dos 283 válidos, dom Guilherme ultrapassou a maioridade absoluta necessária de 143 votos para ser eleito. O bispo já é presidente da comissão que trabalha junto às Pastorais Sociais desde 2011.

Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso
Dom Francisco Biasin
O primeiro escrutínio para a Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizado ainda na noite de ontem, 21, reelegeu o bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ), dom Francisco Biasin, para presidente da comissão.

Comissão da Liturgia
Dom Armando Bucciol
Dom Armando recebeu 223 dos 281 votos válidos, ultrapassando a maioria absoluta de 142, exigida no primeiro escrutínio.

Comissão para Doutrina da Fé
Dom Pedro Cipollini
Dom Pedro Cipollini recebeu 188 votos de um total de 285 votantes, superando a maioria absoluta requerida no segundo escrutínio, que era de 144 votos. A comissão foi presidida pelo presidente eleito da CNBB, dom Sérgio da Rocha, no período entre 2011-2015.

Animação Bíblico-catequética
Dom Peruzzo
Foi eleito em primeiro escrutínio para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-catequética. Ele recebeu 221 votos, ultrapassando a maioria absoluta requerida de 142.

Comissão para Ação Missionária 
Dom Esmeraldo Barreto
O bispo auxiliar de São Luís (MA), dom Esmeraldo Barreto de Farias, foi eleito no segundo escrutínio para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Dom Esmeraldo recebeu 219 votos do total de 277 votantes, alcançando assim a maioria absoluta necessária de 140 votos para o cargo.

Comissão para o Laicato
Dom Severino Clasen
O episcopado do Brasil, reunidos na 53ª Assembleia Geral da CNBB, reelegeu o bispo de Caçador (SC), dom Severino Clasen, nesta terça-feira, 21, como presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato. Dom Severino recebeu 159 dos 285 votos válidos.

Comissão dos Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB
Dom Jaime Spengler
Dom Jaime recebeu 205 votos de um total de 283 votantes, superando a maioria absoluta requerida no segundo escrutínio, que era de 143 votos. A comissão foi presidida pelo arcebispo de Palmas (TO), dom Pedro Brito Guimarães, no quadriênio 2011-2015.

Secretário geral da CNBB
Dom Leonardo Steiner
O bispo foi reeleito no segundo escrutínio, após receber 228 votos, ultrapassando assim, os 194 que corresponderam aos dois terços necessários para a eleição.

Vice-presidente da CNBB
Dom Murilo Krieger
O arcebispo de Salvador (BA) e primaz do Brasil, dom arcebispo Murilo Sebastião Krieger, foi eleito vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na tarde da segunda-feira, 20 de abril, durante a 53ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP). O novo vice-presidente foi escolhido por maioria absoluta, no terceiro escrutínio, após receber 199 do total de 286 votos válidos.

Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
Dom Sérgio da Rocha
O novo presidente foi escolhido ainda no primeiro escrutínio, após receber 215 votos, superando assim os 196 que corresponderam aos dois terços necessários para a eleição.

Fonte: Arquidiocese de Curitiba

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Família e o Sínodo da Família


“Eu sou o pão da vida” diz Jesus no Evangelho. “Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim, nunca mais terá sede”. Esta promessa é para nós, nós somos os beneficiários, a nós Jesus doa sua vida divina que vence o mal e a morte. Ele é o “enviado do Pai” para realizar esta promessa. E ainda afirma que toda pessoa que vê o Filho e nele crê, quem se reconhece conectado com Jesus graças ao batismo, ligado com Ele pelos sacramentos da Eucaristia, da Penitência e de toda a vida da Igreja, quem O reconhece presente, este tem a vida eterna. E, além disso, o ressuscitará no final de tudo.

A vida eterna de que fala Jesus é uma qualidade nova de vida já aqui nesta terra. Jesus quer doar a nós uma vida que tenha significado e beleza, que valha a pena, para vivermos com gosto e com alegria (a alegria do Evangelho da qual nos fala o Papa Francisco). Jesus repete muitas vezes essa promessa, por exemplo, quando afirma: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10). A grande maioria de nós que agora participamos desta Santa Eucaristia podemos testemunhar que a promessa de Jesus é verdadeira.
O Papa Francisco convocou dois Sínodos, reunindo bispos do mundo inteiro para refletir sobre a família. Ele está preocupado com o mundo atual, que se torna uma babilônia e perde o melhor da vida, perdendo a beleza do amor vivido numa família, constituída por um homem e uma mulher, aberta para gerar filhos e educá-los. E, ao mesmo tempo, o Papa está preocupado com tantas feridas que são produzidas quando o amor é vivido longe do desígnio de Deus.
Em outubro passado, realizou-se o Sínodo Extraordinário e no próximo Outubro haverá o XIV Sínodo ordinário. Todas as comunidades católicas do mundo participaram da preparação, enviando suas contribuições.
Podemos visualizar três grandes tarefas para o Sínodo: 1. Apresentar de maneira renovada o Evangelho da Família, isto é a beleza do amor, caminho para aquela vida em abundância, a vida eterna de que falava o Evangelho de hoje. 2. Enfrentar as feridas, as situações de sofrimento que se criam exatamente pelas maneiras precárias de viver o amor nos dias atuais. 3. Incentivar a dimensão social da família para que possa dialogar com a sociedade, tema não incluindo nos Lineamenta.
Quando acabou de ser criado por Deus, Adão se deparou com a sua solidão originária. Não encontrou nenhum animal que lhe servisse para companhia. Então Deus Disse: “não é bem que o homem esteja só. Vou fazer uma auxiliar que lhe corresponda.” (Gn 2,18).
O ser humano foi pensado por Deus desde o princípio para viver em companhia: “homem e mulher Ele os criou”, diz a Sagrada Escritura, o ser humano tem uma estrutura relacional. A condição para a realização da pessoa é “ser para o outro”. O desejo de felicidade pode encontrar a própria satisfação somente através do outro. No entanto, a diferença sexual foi usada muitas vezes para o homem oprimir a mulher. A Igreja está empenhada em corrigir essa mentalidade antiquada que está sendo superada. Isto não elimina a diferença, mas a supera no respeito e na paridade de direitos e de oportunidades, encontrando novas formas de cooperação entre eles e com as novas gerações.  
Em seguida, a Sagrada Escritura nos diz: “Façamos o homem como nossa imagem, como nossa semelhança”. (Gn 1, 26) Para São João Paulo II, o que mais se assemelha à Santíssima Trindade aqui na terra é a família. De fato, na Trindade existe o Pai, existe o Filho e existe o Espírito Santo que é o amor. A dinâmica interna da Trindade é o dom total de si. O Pai se doa ao Filho, o Filho se doa ao Pai e o Espírito é o próprio amor entre os dois. A comunhão entre pessoas imita a Santíssima Trindade e a relação esponsal entre marido e mulher é a mais importante expressão dessa comunhão. A fecundidade, sinal da maturidade humana, encontra aí o seu ambiente mais apropriado e é o fruto deste amor que se doa.
O amor vivido como dom sincero de si é algo grande, que exige algum sacrifício, alguma renúncia. Mas não devemos ter medo disso, pois é a porta estreita que abre o acesso à realização.
Doar a própria vida para o bem e a felicidade de outro não é fácil. Por isso, devemos olhar a Jesus, Ele se doa a nós. São Paulo na carta aos Efésios diz: “Maridos, amai vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5, 25). Por isto, são tão importantes os sacramentos do matrimônio e da Eucaristia. Estes tornam presente Jesus: a Eucaristia no pão e vinho consagrados, e o Sacramento do Matrimônio torna presente a morte e a ressurreição de Jesus na vida da família. Por isso, a família é uma pequena Igreja, doméstica. Ele se doa a nós (tomai e comei, isto é meu corpo...), ele abraça o amor e o fortalece, tornando-o capaz de acolhimento e perdão, de fidelidade e dá força para recomeçar.
Mas quando o amor é vivido como um lazer e os vínculos são percebidos não como uma graça, mas como uma amarra, quando é rejeitada a responsabilidades pelo outro e recusa-se a gerar filhos, ou quando o amor é vivido com a fragilidade própria dos afetos, não enraizado em Cristo, mesmo quando as intenções ao casar eram as melhores, o individualismo se infiltra, falta paciência, falta misericórdia, então se criam feridas: separações, divórcios, abandonos, solidão, conflitos e brigas que machucam os adultos e ainda mais as crianças.
 Papa Francisco recomenda acompanhar as famílias, acompanhar as pessoas que mais sofrem. A Igreja já disse (na Sacramentum Caritatis) que os divorciados e recasados não estão fora da comunhão eclesial e já indicou as muitas formas como podem participar da vida da Igreja, ainda que não seja possível o acesso à comunhão sacramental.
Não devem ser ignoradas as forças que lutam para desqualificar a família, reduzindo seu significado. Necessitamos nos ajudar para conquistar um olhar mais crítico e usar o poder do dedo para desligar o televisor ou mudar de canal, o poder da palavra para manifestar nossa experiência, para promover uma família consciente do seu valor, uma família cidadã. Para isso vale a pena constituir Associações de Famílias.
A mídia laica tende a empurrar o debate do Sínodo aos polos extremos, apresentando-o como luta entre rigoristas e liberais, como se a problemática fosse apenas o direito dos recasados a receber a eucaristia. Sem descartar esse problema, as situações são muito mais complexas e demandam um grande esforço pastoral para acompanhar casais. O Papa nos recomenta acompanhar as famílias, acompanhar as pessoas que mais sofrem. A Igreja já disse (na Sacramentum Caritatis) que os divorciados e recasados não estão fora da comunhão eclesial e já indicou muitas formas para participar da vida da Igreja, sendo, no entanto, impossível o acesso à comunhão sacramental. Esse tema também, mesmo não sendo central, será discutido no Sínodo.
Abre-se um extraordinário espaço para a Pastoral Familiar e para Movimentos e Novas Comunidades, para testemunhar a beleza e a conveniência da família conforme ao desígnio de Deus, lugar onde as exigências humanas encontram maior correspondência.
A todas as famílias que nos acompanham, recomendamos: convidem Jesus e Maria para que tomem parte de sua vida de família, como fizera o casal de Canaã. E assim, quando faltar o vinho, quando a alegria e o gosto de conviver desaparecem, a Virgem Maria poderá dizer a Jesus: falta o Vinho. E a nós ela diz: Façam tudo o que Ele vos disser. E poderemos, então, presenciar o milagre de uma vida de família que cresce e vai renovando-se na paz e na abundância que Jesus deseja para nós, para que tenhamos a vida eterna.  Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Dom João Carlos Petrini
Bispo de Camaçari (BA)

terça-feira, 21 de abril de 2015

Arcebispo de Curitiba é eleito para presidir a Comissão para Animação Bíblico-catequética

Foi eleito em primeiro escrutínio para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para Animação Bíblico-catequética o arcebispo de Curitiba (PR), dom José Antônio Peruzzo. Ele recebeu 221 votos, ultrapassando a maioria absoluta requerida de 142.
A comissão foi presidida no último quadriênio 2011-2015 por dom Jacinto Bergmann.
Currículo
Nascido em Cascavel (PR) em 1960, dom Peruzzo foi ordenado sacerdote em 1985. Estudou Filosofia na Universidade Católica do Paraná, Teologia no Studium Theologicum de Curitiba (PR) e concluiu seu mestrado em Ciências Bíblicas no Pontifício Instituto Bíblico de Roma. O bispo também é doutor pela Pontifícia Universidade São Tomás de Aquino, em Roma.
Em agosto de 2005 foi nomeado pelo papa Bento XVI bispo de Palmas-Francisco Beltrão (PR), onde permaneceu até o início de 2015, quando o papa Francisco o nomeou arcebispo metropolitano de Curitiba.
Dom Peruzzo tem como lema episcopal “Fazei discípulos... ensinai”.
Fonte: CNBB

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Arcebispo de Brasilia é o novo presidente da CNBB

O arcebispo de Brasília (DF), dom Sérgio da Rocha, foi eleito na manhã desta segunda-feira, 20, como presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O novo presidente foi escolhido ainda no primeiro escrutínio, após receber 215 votos, superando assim os 196 que corresponderam aos dois terços necessários para a eleição.
Currículo de dom Sérgio
O arcebispo de Brasília e novo presidente da CNBB nasceu em Dobrada, no estado de São Paulo, em 1959 e foi ordenado presbítero na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão (SP) em 1984.
Foi nomeado bispo pelo papa João Paulo II em 2001, como auxiliar de Fortaleza (CE) e sua ordenação episcopal foi realizada em agosto do mesmo ano, na Catedral de São Carlos (SP), pelos bispos ordenantes dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, dom Joviano de Lima Júnior e dom Bruno Gamberini.
Em janeiro de 2007 o papa Bento XVI o nomeou como arcebispo coadjutor da arquidiocese de Teresina (PI). Também pelo papa Bento XVI, em 2011, foi nomeado para arcebispo metropolitano de Brasília.
Dom Sérgio estudou Filosofia no Seminário de São Carlos (SP) e Teologia na Pontifícia Universidade de Campinas (SP). O arcebispo é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (SP) e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.
Dom Sérgio tem como lema episcopal “Omnia in Caritate” – “Tudo na caridade”

domingo, 19 de abril de 2015

Liturgia do 3° domingo da Páscoa - 19/04/2015

 

 3º DOMINGO DA PÁSCOA




PRIMEIRA LEITURA (At 3,13-15.17-19)


Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos:
Naqueles dias, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: 13O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó, o Deus de nossos antepassados glorificou o seu servo Jesus. Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos, que estava decidido a soltá-lo. 14Vós rejeitastes o Santo e o Justo, e pedistes a libertação para um assassino. 15Vós matastes o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas.

17E agora, meus irmãos, eu sei que vós agistes por ignorância, assim como vossos chefes. 18Deus, porém, cumpriu desse modo o que havia anunciado pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo haveria de sofrer.19Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


RESPONSÓRIO (Sl 4)


— Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!

— Quando eu chamo, respondei-me, ó meu Deus, minha justiça!/ Vós, que soubestes aliviar-me nos momentos de aflição,/ atendei-me por piedade e escutai minha oração!

— Compreendei que nosso Deus faz maravilhas por seu servo,/ e que o Senhor me ouvirá quando lhe faço a minha prece!

— Muitos há que se perguntam: Quem nos dá felicidade?/ Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face!

— Eu tranquilo vou deitar-me e na paz logo adormeço,/ pois só vós, ó Senhor Deus, dais segurança à minha vida!


SEGUNDA LEITURA (1Jo 2,1-5a)


Leitura da Primeira Carta de São João:
1Meus filhinhos, escrevo isto para que não pequeis. No entanto, se alguém pecar, temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. 2Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos pecados do mundo inteiro.

3Para saber que o conhecemos, vejamos se guardamos os seus mandamentos.4Quem diz: Eu conheço a Deus, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. 5aNaquele, porém, que guarda a sua palavra, o amor de Deus é plenamente realizado.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


EVANGELHO (Lc 24,35-48)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 35os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: A paz esteja convosco!

37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho.

40E, dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés.

41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: Tendes aqui alguma coisa para comer? 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles.

44Depois disse-lhes: São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.

45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!


HOMILIA

Dom Sérgio da Rocha

Arcebispo de Brasília


Neste tempo pascal, o Evangelho nos mostra como encontrar Jesus Ressuscitado, à luz da experiência realizada pelos discípulos. Eles tiveram dificuldades para reconhecer a presença do Ressuscitado (Lc 24,37), mas ele se colocou no meio deles, desejando-lhes a paz e com eles fez refeição, comprovando estar vivo.

No itinerário de fé em Jesus Ressuscitado, dois aspectos se sobressaem, segundo o texto meditado. O primeiro é o fato de estarem reunidos ouvindo o testemunho dos dois discípulos de Emaús, que lhes contaram o que tinha acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão (Lc 24, 35). O testemunho foi e continua a ser muito importante para a fé em Cristo Ressuscitado. Por isso, ao final desse episódio, Jesus se dirige aos Apóstolos afirmando: vós sois testemunhas de tudo isso (Lc 24, 48). A humanidade necessita do testemunho de uma fé viva na ressurreição, através do anúncio do mistério pascal, mas também da vivência do Evangelho na vida cotidiana. O testemunho acontece por meio da acolhida e da vivência da Palavra, conforme ressalta o texto da Primeira Carta de São João, proclamado na primeira leitura. Quem afirma conhecer a Deus, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele (1Jo 2,4).

O segundo aspecto se refere à compreensão das Escrituras. Lucas destaca queJesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, mostrando o cumprimento do que estava escrito sobre ele na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos (Lc 24,44-45). Reunidos em comunidade, eles compreendem, com Jesus e por causa dele, o sentido das Escrituras. Necessitamos, hoje, cultivar esta atitude de escuta da Palavra de Jesus, através da Igreja e com a Igreja, especialmente, quando nos reunimos em comunidade para celebrar a Eucaristia. Logo depois do texto proclamado, encontra-se a promessa do envio do Espírito Santo para que os discípulos fossem revestidos da força do alto (Lc 24,49). Por meio do Espírito Santo, o Senhor Ressuscitado nos dá sabedoria para compreender a sua Palavra e força para dar testemunho.

Nos Atos dos Apóstolos, encontramos o testemunho corajoso de Pedro, anunciando a ressurreição de Jesus ao povo. Deus o ressuscitou dentre os mortos, e disso nós somos testemunhas (At 3,16). O testemunho cristão leva à conversão e a vida nova. Quem crê no testemunho dos Apóstolos, transmitido através da Igreja, se dispõe a trilhar um caminho de conversão e de discipulado, tornando-se também testemunha de Cristo.


ORAÇÃO

                             
Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Amém!

Editado por JorgeMacielNews