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quinta-feira, 16 de abril de 2015
53ª Assembleia Geral: missa é dedicada aos novos bispos
O núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D’Aniello, presidiu a missa do segundo dia da 53ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Concelebraram os bispos de Tefé (AM), dom Fernando Barbosa dos Santos, e de Zé Doca (MA), dom João Kot, representando os novos bispos nomeados desde a última AG.
Em sua saudação aos membros do episcopado, padres, religiosos e fiéis, o núncio apostólico apresentou novamente aos novos bispos suas “felicitações e os votos de um frutuoso ministério episcopal”.
Dom Giovanni explicou em sua homilia a proposta da liturgia da 2ª Semana do Tempo Pascal de seguir o “denso e ao mesmo tempo belíssimo” discurso de Jesus a Nicodemos. “O Senhor está transmitindo o ensinamento a este mestre da religião judaica referente às realidades celestiais, ou seja, relacionadas à vida divina, portanto à Sua própria vida”, disse.
A Nicodemos, segundo dom Giovanni D’Aniello, foi possível “ascender por este discurso ao conhecimento das realidades do alto reveladas pelo Salvador”.
“Aquele que vem do alto está acima de todos. Quem é da terra, pertence à terra e fala coisas da terra”, leu-se no Evangelho. Dom Giovanni fez uma reflexão sobre a natureza divina encontrada no Cristo e a terrena, que impõe no ser humano um limite “marcado por uma natureza carnal corrompida pelo pecado e uma espiritualidade embaçada”. De Cristo vem a proposta de um “renascimento e uma renovação total, tendo como paradigma a sua própria imagem de Filho de Deus”.
“E é justamente a síntese entre o homem e o divino, presente em Cristo, a que somos chamados a restaurar em nossa humanidade por meio desse renascimento do alto. A identidade de Cristo é essencialmente ligada com o Pai e sua natureza divina com a terra. Sua natureza divina e humana resplende a mesma perfeição que vem de Deus”, explicou.
“A nossa natureza, moldada com a terra, pela nossa desobediência foi manchada com a lama dos interesses mundanos”, afirmou D’Aniello. Segundo o núncio, a consequência do pecado é a mácula da “primitiva semelhança divina com a qual Deus nos havia adornado na criação”.
Conforme dom Giovanni Cristo “é o critério decisivo para se participar da vida divina”. O núncio apostólico disse ser necessário da parte dos bispos e dos fiéis reafirmar a fé em Cristo Filho de Deus. “Aquele que tem todo o poder sobre a vida e a morte e por conseguinte torna mais crível a fé, a fim de que outros se sintam atraídos e tenham acesso à vida divina dom de Deus por meio de Cristo”, acrescentou.
Ao final, orientou que “diante do desígnio de salvação estabelecido por Deus e oferecido aos seres humanos, seus filhos não podem ficar indiferentes” e que Cristo se coloca diante do homem com um imperativo que “não admite meios termos ou posições dúbias”. Disse ainda que o convite pascal do ressuscitado é de “levar mais a sério seu discurso sobre as coisas do alto”.
“Para que isso se realize é necessário aceitar o testemunho que Cristo nos dá, o que significa reconhecer as palavras e as verdades anunciadas por ele e que nos colocam em relação direta com seu pai”, disse.
Fonte: Secretaria da Presidência da CNBB
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