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segunda-feira, 17 de junho de 2013

A Razão da Nossa Esperança

A fé professada é a mesma fé celebrada e vivenciada – afirma, em diferentes passagens, a carta apostólica Porta Fidei do papa Bento XVI. A nossa liturgia, especialmente a celebração da eucaristia, é a “meta para a qual se encaminha a ação da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força”. Podemos afirmar: celebra quem crê, e quem crê testemunha com a vida o que celebra na fé! O conteúdo da “fé professada, celebrada, vivida e rezada” nos faz “refletir sobre o próprio ato com que se crê”. Nasce daí o compromisso que cada crente se propõe assumir.
Em geral, todos os católicos sabem de memória o Credo. Alguns fazem dele sua oração diária. É uma forma de não esquecer o compromisso assumido com o batismo. E a essa altura o papa cita santo Agostinho: “O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferistes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor. E vós o recebestes e o proferistes, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele”.
Não há outro conselho nem outra orientação mais pertinente para a vivência particular e comunitária do Ano da Fé. Redescobrir o Creio, os conteúdos em que cremos, que professamos, celebramos e testemunhamos.
Que o mesmo Senhor, nosso salvador, nos ajude diariamente, pelo nosso trabalho, a oferecer aos que vivem conosco as razões da nossa esperança.

D. Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo Emérito de Salvador

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