O Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) emitiu uma nota sobre as manifestações populares que tomaram conta das principais cidades brasileiras. A entidade reconheceu a legitimidade dos protestos, mas condena qualquer tipo de destruição e violência.
O CNLB também pede que os "Poderes Constituídos" reconheçam e legitimem as manifestações e que os meios de comunicação estejam a serviço do bem comum.
Leia na integra a nota emitida pela CNLB:
O Conselho Nacional do Laicato do Brasil -
CNLB, vem a público manifestar o reconhecimento e apoio às manifestações
populares que vêm ocorrendo em todos os recantos do país, excluindo,
veementemente, toda e qualquer ação e reação de destruição e violência por
parte de manifestantes e do Estado.
"A
violência e a injustiça são, hoje, o sinal mais evidente do fracasso da nossa
sociedade no plano ético." ( CNBB 50, 117 ).
Reconhecemos o que tem sido realizado pelas
Administrações Públicas em todos os níveis, porém, é incontestável que grandes
mudanças têm sido adiadas sem motivo e situações de injustiça e corrupção têm
sido mantidas e reproduzidas em detrimento de políticas públicas inadiáveis.
"A
Democracia é aprendizado e conquista, dá trabalho e sofrimento, mas vale a
pena!". A
"indignação ética" é própria da cidadania e sinaliza um crescimento
de qualidade cívica da juventude e do povo brasileiro em geral.
Que os chamados "Poderes constituídos"
não apenas respeitem e reconheçam a legitimidade das manifestações, mas
"obedeçam" ao clamor que vem das ruas, da cidade e do campo. Que os
Meios de Comunicação Social estejam a serviço do bem comum: "A sociedade tem direito a uma informação fundada sobre a
verdade, a liberdade, a justiça e a solidariedade."(Catecismo da
Igreja Católica, 2494).
Que a segurança seja garantida dentro dos
princípios éticos. "A justiça sem a
força é impotente; a força sem a justiça é tirânica. É preciso juntar a justiça
e a força; para consegui-lo é preciso fazer com que o que é justo seja forte e
o que é forte seja justo". (Pascal).
Conclamamos a todas e a todos a participarem, com
verdadeiro espírito de cidadania, com coragem e disposição , deste momento
histórico brasileiro, na perspectiva de uma Pátria livre, soberana, justa e
solidária.
Brasília, 26 de junho de 2013
MARILZA
JOSÉ LOPES SCHUINA
PRESIDENTE
DO CNLB
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