Pelo nome temos um compromisso social, com direitos e deveres de cidadania, de construção do bem e de harmonia na sociedade. Como cristão, a tarefa se amplia em relação à pertença a Igreja. Recebendo um nome, Jesus solidariza-se com toda a humanidade, tornando-se homem e Deus. Isto foi profetizado e agora tornado realidade.
A realização do bem nunca deve passar pelo caminho do poder tirânico, da violência e do desrespeito. É importante ler, ou reler, os textos da Sagrada Escritura, encontrando neles as motivações para a construção do que seja melhor para ajudar na convivência. Nas diferenças, devemos contar sempre com as interferências divinas.
Para Deus não há distinção entre as pessoas. Ninguém é melhor ou pior do que o outro por ter estas ou aquelas qualidades naturais. A diferença está na forma como são assumidos ou realizados os compromissos e obrigações. Talvez a marca maior esteja na simplicidade e na humildade ao desempenhar as tarefas na comunidade.
O grande alvo a ser perseguido é a fraternidade entre as pessoas e os povos. Onde há fraternidade, há também paz, respeito, justiça, honestidade e vida feliz. Uma sociedade assim confirma a presença do Reino de Deus, Reino que constrói história de vida e defende a identidade pessoal de todas as pessoas.
A prática de justiça e de vida cristã deve ser uma marca e fazer a diferença na convivência fraterna. Jesus disse: “Convém que cumpramos toda a justiça” (Mt 3, 15). Fazer a justiça significa estar em sintonia com a vontade de Deus, fazer a vontade do Pai e agir em conformidade com os princípios do batismo. Os frutos não podem ser outros que não seja a fraternidade.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)
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