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domingo, 12 de outubro de 2014

Liturgia de Solenidade a Nossa Senhora Aparecida - 12/10/2014




28º DOMINGO COMUM
“NOSSA SENHORA APARECIDA”





PRIMEIRA LEITURA (Est 5,1b-2;7,2b-3)


Leitura do Livro de Ester:
Ester revestiu-se com vestes de rainha e foi colocar-se no vestíbulo interno do palácio real, frente à residência do rei. O rei estava sentado no trono real, na sala do trono, frente à entrada. Ao ver a rainha Ester parada no vestíbulo, olhou para ela com agrado e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão, e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro.

Então, o rei lhe disse: “O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça? Ainda que me pedisses a metade do meu reino, ela te seria concedida”. Ester respondeu-lhe: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida - eis o meu pedido! - e a vida do meu povo - eis o meu desejo!”.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!


RESPONSÓRIO (Sl 44)


- Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!

- Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!

- O povo de Tiro vos traz seus presentes, os grandes do povo vos pedem favores. Majestosa, a princesa real vem chegando, vestida de ricos brocados de ouro.

- Em vestes vistosas ao Rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo; entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real.


SEGUNDA LEITURA (Ap 12, 1.5.13a.15-16a)


Leitura do Livro do Apocalipse de São João:
Apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. Quando viu que tinha sido expulso para a terra, o dragão começou a perseguir a mulher que tinha dado à luz o menino. A serpente, então, vomitou como um rio de água atrás da mulher, a fim de a submergir. A terra, porém, veio em socorro da mulher.

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!

EVANGELHO (Jo 2,1-11)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, † segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galiléia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”.

Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água.

O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho bom até agora!” Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

REFLETINDO A PALAVRA
“NAS CURVAS DE UM RIO”
Padre Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

VELAS QUE SE ACENDEM
Celebramos festa de N. Senhora Aparecida. É um momento muito importante, como diz a oração da missa: “Concedei que o povo brasileiro, fiel a sua vocação e vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia à pátria definitiva”. A paz e a justiça conduzem à vida eterna. Vamos procurar entender essa celebração com a simbologia dos primeiros milagres. Além do encontro, que já foi um milagre comprovado pela pesca abundante, nós conhecemos o milagre das velas que se acendiam e se apagavam sem intervenção das pessoas.  No meio das dificuldades do tempo, cercados de pobreza e de vida trabalhosa, a veneração da imagem da Imaculada Conceição, foi um estímulo à vida daqueles pobres pescadores. A devoção lhes fez reconhecer um tempo novo que iluminava seus olhos. O sofrimento não apaga a fé de um povo simples e devoto. Deus se recordou de sua humildade. Deus escolhe os humildes para confundir os fortes. O Conde de Assumar comeu os peixes e se foi. Os pescadores foram alimentados de esperança. Ester, a rainha teve a ousadia de crer que a oração poderia mudar os planos do rei. A oração do povo dobra o coração de Deus. O Espírito Santo acendeu a luz nos corações que se apagavam no sofrimento. A pesca infrutífera foi vencida pela rede que mais uma vez ia ao fundo do rio. Numa destas encheu o barco de vida e as redes de peixes. Aquele objeto tosco e enegrecido acendeu a esperança. A intercessão de Maria continua no meio do povo. Benditas curvas do rio Paraíba que nos deram tal presente. A esperança iluminou os olhos.

O ESCRAVO E AS CORRENTES
A imagem de Nossa Senhora Aparecida é uma síntese das três raças: negra de cor, branco de tipo, cabelo de índia. É a mulher grávida que aparece no Apocalipse sempre pronta a dar à luz para que haja a libertação de todos os sofredores. O escravo Zacarias que fugira e fora capturado, deve ter sofrido muito. Ao passar diante da capela da Senhora Aparecida, pediu para fazer uma oração. Que terá pedido? Mais que atender a súplicas, ela lhe deu a liberdade. As correntes caíram. Ela, Mãe do Senhor do mundo, liberta o escravo sofrido, já sem esperanças em meio aos sofrimentos. É um símbolo maravilhoso que sintetiza os ensinamentos sobre Maria que socorre os escravos do mal. Intercede diante de seu Filho pelos filhos sofredores. Este milagre anima a transformar a devoção em um meio de libertação de todos os tipos de escravidão. Não há escravidões que não tenham solução. O que há é falta de libertadores. A devoção será vazia se não vai ao encontro dos acorrentados da vida. As curvas do rio nos trouxeram a alegria.

A CEGA E O CAVALEIRO
Há dois milagres que se parecem: A ceguinha que veio de longe e ao chegar perto do santuário recebe a cura e vê a igreja. O cavaleiro cego pela falta de fé e pelo desrespeito às pessoas e lugares santos, recebe um milagre. Queria entrar na Igreja a cavalo. Este se recusa e sua ferradura se prende à pedra da entrada. O homem orgulhoso é abre os olhos à fé. Diante do amor de Maria, manifestado nesta bela imagem, nossos olhos se abrem para ver a grandeza de Deus e a desgraça que o orgulho provoca em nós. Os milhões de romeiros que por ali passam podem ter os olhos abertos para conhecer as coisas de Deus e das pessoas como um caminho de fé. Um cientista ateu, vindo a Aparecida, viu a longa fila dos romeiros que queriam passar diante da imagem, disse: Não podem todos eles estar errados e eu certo. Abriram-se seus olhos.


ORAÇÃO

                             
Ó Deus, todo - poderoso, ao rendermos culto à Imaculada Conceição de Maria, mãe de Deus e senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, fiel à sua vocação e vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia à pátria definitiva. Amém!


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