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domingo, 3 de julho de 2011

HOMILIA 03-07-2011

Nestes dias em que homenageamos os Apóstolos Pedro e Paulo (02 e 03/07/2011), aprendemos que a missão da Igreja é a mesma de Jesus, ou seja, empenhar-se pela dignidade do povo. Tanto na Missa da Vigília quanto na do dia perceberemos que o evangelho pregado por Paulo é de origem divina. Assim, precisamos testemunhar muito amor antes de assumir compromisso com o povo de Deus. Deste modo, compreenderemos que a testemunha de Jesus incomoda e, a exemplo do mestre, sofre ameaças, até de morte. Contudo, após reconhecermos que a missão está cumprida, como cristão, devemos encarar com fidelidade o fim da vida e, com serenidade, devemos acolher e estender o perdão, dom de Deus.

02 e 03/07/2011 SÃO PEDRO E SÃO PAULO, Apóstolos
Cor Litúrgica: Vermelha

Missa da Vigília (Dia 2 a partir da tarde)

1ª Leitura: Leitura do Livro dos Atos dos Apóstolos 3, 1-10
Salmo: 18A (19)
2ª Leitura: Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Gálatas 1,11-20
Evangelho: João 21, 15-19

Missa do dia (Dia 03)

1ª Leitura: Leitura do Segundo Livro dos Atos dos Apóstolos 12, 1-11
Salmo: 33 (34)
2ª Leitura: Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo 4,6-8.17-18
Evangelho: Mateus 16, 13-19

Irmãos e irmãs, eu vos anuncio e proclamo o evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, escrito pelo evangelista Mateus.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: "Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem?" Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas". "E vós", retomou Jesus, "quem dizeis que eu sou?" Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus então declarou: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus".


Apenas um breve comentário

Esta narrativa da "confissão de Pedro" se completa e encontra seu sentido pleno com a narrativa seguinte sobre o primeiro "anúncio da paixão", com o diálogo conflitivo entre Jesus e Pedro. Estas narrativas são encontradas nos três evangelhos sinóticos, Marcos, Mateus, e Lucas, porém com destaques próprios em cada um destes evangelistas. 

Marcos, que é o primeiro dos evangelhos canônicos a ser escrito, situa a passagem narrada no momento em que Jesus encerra seu ministério entre os gentios da Galiléia e das regiões vizinhas, iniciando o caminho para Jerusalém, em ambiente de exclusividade judaica, onde se dará o confronto final com os chefes de Israel. 

Marcos se preocupa em mostrar que Jesus rejeita o título messiânico, indicativo de ambição e poder, afirmando-se como o simples e humilde humano, cheio do amor de Deus e comunicador deste amor que dura para sempre. Um sinal de seu despojamento é a sua vulnerabilidade à morte programada pelos chefes do Templo e das sinagogas. 

Lucas, por sua vez, despreocupa-se com a situação temporal e geográfica do episódio narrado, colocando-o em um momento de oração de Jesus, e conclui sua narrativa, como Marcos, registrando a rejeição sumária de Jesus ao título messiânico. 

No texto de Mateus, acima, encontramos duas de suas características dominantes. Mateus acentua a dimensão messiânica de Jesus e já apresenta sinais da instituição eclesial nascente. 

Mateus escreve na década de 80, quando os discípulos de Jesus oriundos do judaísmo estavam sendo expulsos das sinagogas que até então freqüentavam. Mateus pretende convencer estes discípulos de que em Jesus se realizavam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel. Daí o acentuado caráter messiânico atribuído a Jesus por Mateus. 

Os cristãos, afastados das sinagogas, começam a estruturar-se em uma instituição religiosa própria, na qual a figura de referência é Pedro, já martirizado em Roma. Embora no Segundo Testamento se perceba conflitos entre Pedro e Paulo (cf. Gl 2,11-14), a liturgia os reúne em uma só festa. Pedro é lembrado pelo seu testemunho corajoso diante da perseguição e Paulo, por seu empenho missionário em territórios da diáspora judaica. 

Tanto na Missa da Vigília quanto na do dia, o que se pretende é agradecer a Deus a vida e a missão destes dois apóstolos que, de modo especial, não se deixaram vencer pelas dificuldades, porque seguiram firmes o caminho de Jesus. Sabemos que, por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo e, unidos pelo martírio, recebem por toda a terra igual veneração.

Oração
Pai, consolida minha fé, a exemplo dos apóstolos Pedro e Paulo que, em meio às provações, souberam dar, com o seus martírios, testemunhos consumados de adesão a Jesus.

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