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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Correio INFA 73


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instituto da família  -  fundado em 1971 pelo movimento familiar cristão – MFC rio de janeiro    

15 de outubro, Dia do Professor
Nascemos de uma relação e nos fazemos em relação. Humanizar-se é uma tarefa que fazemos com os outros, nunca contra e nem apesar dos outros. Fora da relação não existe vida humana. Relação é interagir com o outro, não como o mesmo, como qualquer um, de qualquer modo. Aprender e ensinar só podem ser entendidos em relação: constituem-se na relação e constituem relações. Por isso é que a educação é acima de tudo construção de relações e é parte essencial à vida humana, acontece o tempo todo, em todo lugar e ao longo de toda a vida.


Professor/Professora/Alunos
Relações

Nei Alberto Pies, professor das redes municipal e estadual RS
Paulo César Carbonari, professor universitário RS



O professor e a professora são seres em relação, mediador/a da construção de aprendizagens. É ele/a um colaborador para construir condições para a sistematização das informações, hoje amplamente disponíveis, para a orientação do estudo, para a promoção do diálogo e da convivência que transformam informações em conhecimento e conhecimento em práticas vitais.
O centro da vida escolar deveria estar não nas tarefas mas na relação professor-aluno

Nada vale o conhecimento que se fecha em si mesmo; nada vale a vida que não é partilhada; nada vale aprender se não for para compartilhar com os outros. Professor/a é com os outros, no educar educando-se e no educar-se educando.

O centro da vida escolar deveria estar na relação. Não nas tarefas, nos livros, nas técnicas, nos conteúdos, nos horários, nas normas, nas estruturas, enfim, nas coisas. Não aprendemos nunca das coisas, aprendemos dos outros, da relação que estabelecemos com os outros. As coisas todas são necessárias e importantes, mas elas só subsidiam, nunca substituem as relações. Por isso é que talvez o maior desafio que temos nos dias de hoje nos quais não estamos imersos em muitas “quinquilharias pedagógicas” seja o de reencontrar o caminho da relação. Não se trata de não tomar em conta as boas coisas que auxiliam esta relação, mas se trata de escolher somente aquelas coisas que se prestam a oportunizar boas relações de aprendizagem.

Isto porque, a relação entre o sujeito-professor e o sujeito-educando é o núcleo central da tarefa pedagógica. E se é pela relação que nos humanizamos e aprendemos, o sentido maior da educação é ser mediação para a humanização das pessoas pela construção de relações humanas e humanizadoras. Se assim, a educação poderá fazer a diferença e não correrá o risco de se converter em lugar para a mesmice e a repetição.


Sua maneira de trabalhar contagia as pessoas
Adital

Diante da correria que este século XXI nos joga (ou talvez nos impõe), é importante refletirmos sobre a forma como realizamos nossas atividades. Por que esta forma é importante? Porque hoje não basta satisfazer, é necessário encantar. E neste entendimento de encantar, partimos do princípio que você tenha sintonia e prazer com a atividade que realiza, e busca abordagens interativas na relação com as pessoas. As palavras assim escritas até parecem utopia, coisa de poeta. Eu afirmo com toda tranquilidade que não é nem uma coisa nem outra.

No meu trabalho como professor, creio fortemente que é necessário provocar conexões e paralelos com a vida e o contexto dos meus alunos, até porque são eles minha maior (e melhor!) fonte de exemplos. Compreendendo estes mesmos exemplos, posso traçar linhas de raciocínio que ligam a teoria e a prática; assim, fica mais fácil refletirmos a razão das coisas e como podemos, enquanto seres humanos, interferir nas situações. Isso todo professor tem potencial para fazer, não tenho dúvida. Minha abordagem se amplia a partir do momento em que eu capto possibilidades de aprendizagem em fatos (coisas, textos ou figuras) que muitos não dão valor e que aos olhos dos "intelectuais” são pura perda de tempo: televisão, facebook (e internet em geral), jornais. E você? Como pode ampliar a maneira como vê o mundo para trazer melhores resultados para si e para a empresa?

Posso resumir, ousadamente, em uma palavra: disposição. Disposição de ouvir, de parar e contemplar coisas simples, de fazer com que uma atividade chata possa irradiar sensações e interesse por parte das pessoas que estão ao teu redor. Não estou pedindo que a cada cinco minutos você conte piadas para fazer as pessoas sorrirem; peço, antes de qualquer fantasia, para você achar sentido no seu trabalho e impregnar de sentido suas palavras e ações. Ahhh…Como muda quando temos este espírito! As pessoas, mesmo que não queiram, notam alguma coisa de "errado” em você. No início elas entendem que essa coisa (comportamento) não é normal, que é errado, como se você tivesse ganhado na loteria, ou um aumento de salário ou algo de sobrenatural muito bom. Isso é simplesmente a atitude cotidiana de fazer as coisas acontecerem com desejo e cor incomuns.

O mundo está acostumado com estereótipos, padrões de personalidade, modelos de pensar "corretamente” e estranham os indivíduos que têm coração diferente. Ainda são poucos os que têm coração diferente, mas a realidade pode melhorar. Aceita o convite?!


Ser professor
*       Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou...
*       Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original...
*       Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender...
*       Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado.
*       Ser professor é ter a capacidade de "sair de cena, sem sair do espetáculo".
*       Ser professor é apontar caminhos, mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés...

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