O Santo Padre agradeceu a Deus pela peregrinação a Assis, na última sexta-feira, na festa de São Francisco.
"Naquele tempo, os apóstolos disseram ao Senhor: Aumenta a nossa fé", disse o Papa citando o Evangelho deste domingo. "Também nós como os apóstolos temos de pedir ao Senhor para aumentar a nossa fé pequena e frágil", frisou o pontífice que exortou os fiéis na Praça São Pedro a repetirem com ele: Senhor aumenta a nossa fé. "Qual é a resposta do Senhor", perguntou Francisco acrescentando:
"A resposta é: Se vocês tivessem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a esta amoreira: Arranque-se daí, e plante-se no mar. E ela obedeceria a vocês. A semente de mostarda é muito pequena, mas Jesus disse que basta ter uma fé pequena, porém verdadeira e sincera para realizar as coisas humanamente impossíveis e impensáveis."
O Santo Padre frisou que "todos nós conhecemos pessoas simples, humildes, mas com uma fé fortíssima, que realmente move montanhas! Pensemos, por exemplo, em algumas mães e pais que enfrentam situações muito difíceis ou nos doentes até mesmo terminais que transmitem serenidade para aqueles que vão visitá-los. Essas pessoas, por causa de sua fé, não se vangloriam do que fazem, aliás, como diz Jesus no Evangelho, elas dizem: Somos servos inúteis. Fizemos o que devíamos fazer."
A seguir, sobre o mês missionário disse:
"Neste mês de outubro, especialmente dedicado às missões, pensemos nos missionários, homens e mulheres que para anunciar o Evangelho superaram obstáculos de todos os tipos, deram realmente a vida, como São Paulo diz a Timóteo: 'Não se envergonhe, portanto, de dar testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro; pelo contrário, com a força de Deus, sofre comigo pelo Evangelho."
"Cada um de nós, na própria vida cotidiana deve testemunhar Cristo com a força de Deus, a força da fé. Ser cristãos com a vida, com o nosso testemunho", disse ainda o Papa.
"De onde obtemos essa força? De Deus na oração. A oração é o respiro da fé: numa relação de confiança, num relacionamento de amor, não pode faltar o diálogo e a oração é o diálogo da alma com Deus. Outubro é também o mês do Rosário, e neste primeiro domingo é tradição recitar a Súplica a Nossa Senhora de Pompéia, Beata Virgem Maria do Santo Rosário. Unamo-nos espiritualmente a este ato de confiança em nossa Mãe e recebamos de suas mãos o Rosário. O Rosário é uma escola de oração, o Rosário é uma escola de fé."
Após a oração mariana do Angelus, Francisco recordou o seminarista italiano Beato Rolando Rivi, beatificado neste último sábado, em Modena, morto em 1945, por ódio à fé, quando tinha apenas 14 anos. A sua culpa foi a de vestir uma batina nesse período de violência desencadeada contra o clero, que levantou a voz para condenar, em nome de Deus, os massacres do imediato pós-guerra.
"A sua fé em Jesus venceu o espírito do mundo! Agradecemos a Deus por este jovem mártir, testemunha heróica do Evangelho. Quantos jovens de 14 anos, hoje, têm diante de si este exemplo: um jovem corajoso, que sabia para onde ir, conhecia o amor de Jesus em seu coração e deu a sua vida por Ele. Um exemplo bonito para os jovens", frisou o Papa.
A seguir, o Santo Padre recordou as vítimas do naufrágio na ilha de Lampedusa, sul da Itália, na última quinta-feira, pedindo um momento de oração silenciosa pelos homens, mulheres e crianças que morreram. "Deixemos o nosso coração chorar. Rezemos em silêncio", destacou.
Enfim, o Santo Padre saudou a comunidade peruana de Roma que levou em procissão até a Praça São Pedro a imagem do Senhor dos Milagres, saudou também os fiéis provenientes do Chile e da Alemanha, e um grupo de mulheres de Gubbio, na Itália, além da Comunidade Romana de Santo Egídio e os doadores de sangue de Verona.
Texto proveniente do site da Rádio Vaticano
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