A habilidade de conhecer-se é importante
Ao falar sobre autoestima positiva, ressaltamos como é importante reconhecer em nós nossas qualidades e pontos fracos, saber bem quem somos para que, ao ouvir um comentário a nosso respeito, possamos, de fato, amadurecer sobre as situações ocorridas.
Ao ouvir uma crítica a nosso respeito, vale muito a pena pensar: “O que está envolvido naquela crítica?”, “Existe alguma verdade naquilo?”. Claro que existem pessoas que são especialistas em apenas criticar e, muitas vezes, não estão bem consigo, então disparam comentários a todo momento.
Se falam de mim, posso pensar: “Existe algum aprendizado nisso?”. Falo isso especialmente quando um comentário nos irrita, quando nos tira a paz. Certamente, você já viveu essa situação. Por isso a habilidade de conhecer-se é tão importante. Quanto mais entendemos nossas reações, melhor podemos lidar com elas quando passamos por esta situação.
Muitas vezes, em nossa vida somos criticados desde pequenos. Quando isso ocorre, já temos uma certa sensibilidade ou ainda nos tornamos muito inseguros; qualquer coisa que se diga a nosso respeito, já é motivo para um mal estar e até mesmo uma dificuldade de questionar os motivos daquela crítica.
A força do diálogo e a coragem de perguntar nos aproxima do outro e, com isso, propicia uma melhor compreensão das situações que para nós são motivos de insegurança. Imagina se você se sente mal com algo em sua aparência, no modo de falar ou de cuidar dos filhos, por exemplo, e você é alertado por alguém que conheça? Poxa, isso pode lhe dar uma imensa dor de cabeça e preocupação!
Por um momento, deixe o sentimento de lado e observe o conteúdo do que lhe foi dito; a partir daí, entender os motivos será um pouco mais fácil.
Ao formar os filhos é também um ato de amor e cuidado ensiná-los a enfrentar as diferenças, lidar com os amigos e com aqueles que podem não gostar deles, e claro, com as críticas. Às vezes, como pais, protege-se tanto o filho que não se admite que sejam apontados, comentados, enfim, evita-se, isola-se, estimula-se a competição e não se prepara a criança para lidar com o mundo real.
Quando nos abrimos a ouvir o que o outro fala a nosso respeito, ganhamos a oportunidade de estarmos olhando para nossa vida, excluindo os fatos irreais, mas tendo a grande chance de fazer diferente.
Elaine Ribeiro
Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova
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