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Impossível “construir” a paz sem agir. Tornou-se rotina usarmos discursos, cantos e orações para pedir a paz e, pronto, temos a consciência tranquila. Se nossa solidariedade e discursos não se tornarem ativos, perderemos o direito de cantar na Igreja: “Vinde povos da terra, para juntos a paz celebrar. Não queremos o ódio e a guerra, mas a Paz, a Justiça cantar”. Se não agirmos, continuaremos surdos aos apelos do Sermão da Montanha, porque “a fé sem as obras é morta” (Tg 2,17).
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A família e a construção da paz
“Felizes os que promovem a paz! Serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).
Deonira L. Viganó La Rosa
Terapeuta de Casal e de Família. Mestre em Psicologia
Como agir? De mil maneiras: construindo relações cotidianas pacíficas, convivendo com os oprimidos, sendo mediadores entre eles e as classes mais ricas e participando de permanentes ações políticas. Comece com o que está mais próximo de você.
Reforce sim, a responsabilidade por seus atos, mas, livre-se da arma da culpa que talvez você carregue engatilhada desde criança. E, creia, ela lhe tira a paz interior.
Medo da diferença, medo do outro. “Não temais”, repetiu muitas vezes Jesus. Você precisa libertar-se deste medo que alimenta no mais profundo de si mesmo. Quanto maior o seu medo, mais você outorga a si o direito à crueldade. Tudo o que você tem medo de expressar vai se reforçando subterraneamente e pode jorrar de forma brutal, nas horas mais inoportunas e sobre as pessoas a quem você menos gostaria de magoar. O medo não convive com a paz. O perfeito amor exclui o temor.
Desarme-se também em relação aos que, com honestidade, praticam religião diferente da sua. Ouvi, há pouco tempo, uma senhora de um grupo de Igreja afirmando que empreenderia qualquer esforço para acabar com o namoro de sua filha, porque o rapaz era de religião diferente da sua.
Armas no chão, flores nas mãos, senhora! Há mais de um caminho para Deus. Quem disse que o seu é o melhor?
Aposente as armas da dominação autoritária e escravizante
Os casais se separam cada vez mais, num confronto permanente. Ninguém até agora parece saber como entrar na paz interior e exterior. Está sendo difícil passar da dominação para a cooperação. Esta passagem exige esforço consciente.
Parece anedota, mas nesta época pós-movimento feminista, ainda morre diariamente, no Brasil e no mundo, um alto número de mulheres, assassinadas pelos maridos, em absurdos conflitos familiares. É grande o número de menores estuprados por pais, padrastos, parentes ou vizinhos.
Hoje, a maior parte da humanidade está mergulhada no processo de busca da sobrevivência e as relações são permeadas de competição, de dominação, de luta. O planeta Terra vive em guerra aberta e encoberta, em guerra armada, em guerra econômica, psicológica e mesmo amorosa.
de tratar a todos, dentro e fora de casa, e envolvendo-nos até o pescoço na luta por uma sociedade mais justa, pois a paz é fruto da justiça (Is 32, 17).
Desconfie de quem isola a paz familiar da paz social
Não pretenda dar vida à sua família, como se ela tivesse realidade por si só, com independência das estruturas sociais e das interações família-sociedade. Querer construir uma família melhor, sem ter em conta as condições sócio-econômico-culturais, é uma ficção. É alienação. O desconhecimento das interações entre a instituição familiar e a instituição social tem como resultado a redução de certas problemáticas a dados ilusórios. Procure ler, envolver-se, participar. O individual, o comunitário e o social são interdependentes e se co-produzem. Neste âmbito, construiremos a paz.
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Papa Francisco ensina
“Amor pelo povo e humildade, virtudes necessárias para quem governa”
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“Não se pode governar sem amor ao povo e sem humildade! E cada homem e mulher que toma posse de um serviço de governo deve colocar-se esta questão: Eu amo o meu povo para servi-lo melhor? Sou humilde e ouço todos, as diferentes opiniões, para escolher o melhor caminho? Se não se fazem estas questões o seu governo não será bom. O governante, homem ou mulher, que ama o seu povo é um homem ou uma mulher humilde.”
“Nenhum de nós pode dizer: Mas eu não me meto nisto, eles que governem. Não, não, eu sou responsável pelo governo deles e devo fazer o melhor para que governem bem e devo participar na política como puder. A política – diz a Doutrina Social da Igreja – é uma das formas mais altas da caridade, porque serve o bem comum. Eu não posso lavar as mãos, eh! Todos devemos fazer alguma coisa.” “Um bom católico mistura-se na política, oferecendo o melhor de si mesmo, para que o governante possa governar. Mas qual é a coisa melhor que nós podemos oferecer aos governantes? A oração! É aquilo que Paulo diz: Oração para todos os homens e para o rei e por todos aqueles que estão no poder. Mas, Padre, aquela pessoa é má, deve ir para o inferno. Reza por ele, reza por ela, para que possa governar bem, para que ame o seu povo, para que sirva o seu povo, para que seja humilde. Um cristão que não reza pelos seus governantes, não é um bom cristão! Mas, Padre, como vou rezar por este? Esta é pessoa que não está bem... Reza para que se converta! Rezar! E isto não o digo eu. Quem o diz é S. Paulo, a Palavra de Deus.” |
A sabedoria de Platão
Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.
A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro.
Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo.
Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.
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Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.
De todos os animais selvagens, o homem jovem é o mais difícil de domar.
Todo homem é poeta quando está apaixonado.
O que faz andar o barco não é a vela enfunada, mas o vento que não se vê.
Calarei os maldizentes continuando a viver bem; eis o melhor uso que podemos fazer da maledicência.
Muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua.
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