Contato

Ajude-nos a atualizar este espaço. Mande as suas sugestões para luiz.monteiro@mfccuritiba.com.br

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Correio INFA 75

infa logoFamília modesta 1família pobre 3 corFamília antiga 2casal-de-idosos1
instituto da família -Fundado em 1971 pelo Movimento Familiar Cristão – MFC Rio de Janeiro    
correio infa # 75 - www.infa.org.br


O Vaticano acaba de divulgar o documento preparatório do próximo Sínodo dos Bispos, previsto para outubro de 2014. Neste texto, que deverá ser trabalhado em várias instâncias da comunidade eclesial, Roma propõe pautas de reflexão sobre a instituição familiar. Estas depois serão encaminhadas aos padres sinodais, que terão, assim, oportunidade de escutar as bases da Igreja sobre a temática do Sínodo.

E a família, como vai?


Maria Clara Lucchetti Bingemer
ADITAL

O documento começa destacando os problemas "inéditos” sobre a família e o casamento que a Igreja tem de enfrentar hoje. Não é de admirar que por aí comecem as preocupações do Vaticano. Nos últimos tempos, poucas instituições têm conhecido tão profundas e radicais mudanças como esta que, 
para a Igreja, sempre foi a célula mater da evangelização.

O texto, apresentado em seis línguas, declara em sua parte inicial: "Hoje se perfilam problemáticas até há poucos anos inéditas, desde a difusão dos casais de fato, que não acedem ao matrimônio e às vezes excluem esta própria ideia, até as uniões entre pessoas do mesmo sexo, às quais não raramente é permitida a adoção de filhos”.

Embora reafirme as linhas de força do ensinamento tradicional católico sobre a família, quais sejam: o matrimônio indissolúvel e a primordialidade da procriação como fim do casamento entre o homem e a mulher, sente-se um tom de maior abertura e uma atitude de maior escuta do que em ocasiões anteriores.
Sente-se um tom de maior abertura e uma atitude de maior escuta da Igreja 

Sem afastar-se daquilo que considera pontos não negociáveis de sua doutrina sobre o matrimônio e a família, a Igreja demonstra preocupação com os fiéis que, por viverem situações matrimoniais e familiares irregulares, encontram-se afastados dos sacramentos.

Alude, por exemplo, ao fato de que muitos adolescentes e jovens, "nascidos de matrimônios irregulares”, poderão "nunca ver os seus pais aproximar-se dos sacramentos”. E declara que "na época em que vivemos, a evidente crise social e espiritual torna-se um desafio pastoral, que interpela a missão evangelizadora da Igreja para a família, núcleo vital da sociedade e da comunidade eclesial”.

A partir daí, o documento salienta a importância do desafio que a partir da família é apresentado hoje à Igreja para realizar sua missão de evangelizar. O texto deixa transpirar ainda uma preocupação evidente com o sofrimento que muitos católicos, vivendo em situação matrimonial e familiar irregular, experimentariam pelo fato de não poderem se aproximar dos sacramentos. A preocupação de que isso os faça sentir-se marginalizados deixa entrever a esperança de que o Sínodo se empenhará por encontrar vias de solução para tal problema, flexibilizando uma atitude que até os dias de hoje nunca admitiu muitos questionamentos.

Alude ainda a "situações matrimoniais difíceis”, como a convivência ‘ad experimentum’(experimental), as "uniões livres de fato”, os "separados e os divorciados recasados”, para perguntar – com preocupação maternal - "como vivem os batizados a sua irregularidade”. E pergunta-se ainda se a simplificação do processo de reconhecimento da "nulidade do vínculo matrimonial” poderia oferecer uma "contribuição positiva real para a solução das problemáticas das pessoas interessadas”.

Há um ponto, porém, que me parece central na reflexão que o Sínodo possa fazer sobre a família. Trata-se da identidade desta instituição que é chamada a entrar em diálogo com a Igreja. Esta, investida da missão de proclamar a Boa Notícia do Evangelho, está hoje mais que nunca chamada a não esquecer que a família não existe para si mesma ou para construir-se e comprazer-se na sua própria excelência comunitária. Embora os laços afetivos e a convivência relacional sejam fundamentais para o crescimento pessoal, o equilíbrio emocional e a realização das plenas potencialidades dos membros do núcleo familiar, toda família estará fracassando em sua vocação não apenas cristã, mas humana, se sucumbir à tentação do modelo burguês, fechado em si mesmo, confinado à esfera do privado, instaurando uma dicotomia malsã entre o privado do interior do lar e a dimensão pública do mundo e da sociedade.

A família existe no mundo e para o mundo. E é atenta às necessidades e prioridades deste mundo e desta sociedade que deve desenvolver sua identidade e suas prioridades formativas e ativas. A família não é um fim em si mesma, mas existe para que o mundo seja melhor e mais humano. O documento de preparação nos permite esperar que este ponto forme parte integral e constitutiva do acontecimento sinodal que acontecerá no próximo ano.

A teóloga é autora de "Ser cristão hoje" (Editora Ave Maria).http://agape.usuarios.rdc.puc-rio.br/
Copyright 2013 – MARIA CLARA LUCCHETTI BINGEMER – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização. Contato: agape@puc-rio.br>


__________________________________________________________________


Já se constata que, com exceção da América Latina, no mundo inteiro, o número de pobres tem aumentado. Isso ocorre não como uma fatalidade do destino ou acidente da natureza e sim como consequência do modo de organização injusta da sociedade. O Capitalismo é, por natureza, excludente e por seu próprio modo de ser agrava a diferença entre pobres e ricos.

A erradicação da pobreza


Marcelo Barros
Monge Beneditino
Adital
Atualmente, se considera mais próspera a empresa que menos necessita de funcionários, porque assim dá mais lucro. Então, o desemprego se torna destino de uma imensa multidão de homens e mulheres que têm suas condições de vida deterioradas. Nesses dias, um relatório do Instituto da ONU que pesquisa o clima informou: as péssimas condições de tráfego de nossas cidades têm agravado os problemas de saúde da população e a realidade econômica já difícil de nossos países. A ONU declara que, com 300 bilhões de dólares, poderia superar a pobreza no mundo. Ora essa soma é apenas a terceira parte do que as grandes potências gastam com armamentos e a indústria da guerra.

Nenhum dos países ricos está disposto a diminuir esses gastos. No plano econômico, há três anos, os governos destinaram 180 bilhões de dólares para salvar bancos privados em crise por causa da corrupção de seus dirigentes que, aliás, em nenhum momento, tiveram diminuídos seus astronômicos salários. O papa Francisco tem chamado a atenção para o fato de que se a bolsa de Londres ou Tóquio perde 10% é uma calamidade. Mas, se, como ocorreu na semana passada, centenas de africanos perdem a vida nas praias de Lampedusa, a maioria da sociedade europeia não dá a menor importância a isso.

Na Itália, a Universidade do Bem Comum tem proposto que os movimentos sociais e grupos da sociedade civil comecem a pressionar para que, em todos os países, passe a ser considerada ilegal toda política que gera ou aumente a pobreza. Por trás de todo processo de empobrecimento, há uma estrutura iníqua de distribuição desonesta da riqueza.

A pobreza que se espalha no mundo atual atenta contra ao menos cinco dos direitos fundamentais proclamados pela ONU em 1948. Há quase 70 anos, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, a ONU já afirmava que toda pessoa humana tem direito à segurança alimentar, à moradia, ao trabalho, à saúde e à educação.

Atualmente, mesmo países que tradicionalmente garantiam alguns desses
direitos básicos de seus cidadãos destruíram o chamado "estado de bem estar social” e, hoje, têm sucateado seus serviços de saúde, de educação e de assistência social.

A pobreza pode ser combatida por medidas conjunturais, mas se não vamos até a raiz doente da árvore, não conseguiremos curá-la. Se um sistema social está envenenado não pode ser sanado pelo uso do mesmo veneno que o deixou mal. Não será o Capitalismo que pode tirar o mundo dessa crise estrutural. Conforme a ONU, na América Latina, os países que, nos anos recentes, mais conseguiram diminuir a pobreza e a desigualdade social foram os que optaram claramente pelo novo processo bolivariano, especificamente a Venezuela, o Equador e a Bolívia.

Essa própria realidade grita à consciência da humanidade e de toda pessoa que busca aprofundar um caminho espiritual. Só a solidariedade social e política poderá nos unir no grande mutirão para libertar a humanidade da pobreza, da fome e da desigualdade social. Quem segue a fé cristã vê nesse caminho uma antecipação do projeto divino para o mundo, mesmo se ainda parcial e com defeitos. Conforme o evangelho, Jesus afirmou: "O reino de Deus não virá de fora. Ele está entre vós e em vós” (Lc 17, 21).
__________________________________________________________________

 Anísio Teixeira, o educador

“Só existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública.”

“Educar é crescer. E crescer é viver. Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra.”

“Choca-me ver o desbarato dos recursos públicos para educação, dispensados em subvenções de toda natureza a atividades educacionais, sem nexo nem ordem, puramente paternalistas ou francamente eleitoreiras.”

“Sou contra a educação como processo exclusivo de formação de uma elite, mantendo a grande maioria da população em estado de analfabetismo e ignorância.”



MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO – MFC – CONDIR-NORTE
I Seminário Regional de Formação
Tema: “Espiritualidade: expressão do amor, fruto da partilha (ref: a parábola do bom samaritano – Lc 10, 29 – 42).
Assessor convidado: Pe. Arnaldo (MFC – Bahia)
Data: 24 a 26 de janeiro de 2014 – São Luiz - MA
Informações e inscrições: [DDD 098]
Sebá Leão – 3226 2532 / Jorge Leão – 8852 4665 / Assis e Dinha – 8197 7015


Nenhum comentário:

Postar um comentário